COLUNA DO EVANDRO Mazinho Serafim, o político e o empresário mais marcante da história de Sena Madureira, não sofreu derrota; seu grupo vem forte em 2026

Milito na imprensa do Acre desde muito jovem. Já se vão mais de três décadas, bem ou mal aproveitadas, é tempo a perder de vista. Fiz muita besteira, mas também produzi coisa boa, creio. Conheci um mundo. O jornalismo universalisa a gente a muque, mesmo antes da faculdade. Conheci um mundo de gente e me deparei com os mais controversos personagens e com pessoas que nos obrigam a tratá-las com diferença daquelas que passa desapercebidas. Foram muitos, a rigor. Mas hoje quero citar uma destas figuras, um político acreano de nome Osmar Serafim de Andrade, popularizado pelo pronome reduzido para Mazim Serafim. É um empresário bem sucedido, antes de ser político. Fez fortuna com seu seu trabalho no ramo da castanha e mais recentemente passou a investir no café. Visionário de destaque, sua sala, na famosa Casa do Seringueiro, em Sena Madureira, tornou-se o escritório do conselho para pretensos novos investidores. Ele sabe muito sobre negócios na Amazônia e ajuda a todos que querem aprender, sem distinção. Sua fama mais explorada, principalmente por adversários, no entanto, é um paradoxo do que é esse homem, que conheci ao longo da minha carreira. E vou tentar explicar melhor. Espalharam sobre ele uma fama de valente, de mau político, de outros quitas, os quais desconfiei, porque são combinações estranhas para quem há 20 anos tem mandatos seguidos e ainda elege quem quer ao seu redor. Algumas vezes escrevi sobre ele com receio, confesso. Sempre passei meio ao longe, abastecido que era com infames informações. Um dia, tomando um picolé na Sorveteria Pinguim, em Rio Branco, dei de cara com esse homem. De primeira esperei uma sapatada quando puxei assuntos, predominantemente políticos. Esperei o contato, o contato não veio. Pelo contrário. Estava conversando com um dos sujeitos mais doceis da minha geração, no mundo político do Acre. Me convidou para prestar alguns serviços na prefeitura, sobre a qual também havia má fama, espalhada pelos algozes. Vim pra cá, trabalhar e curia a gestão dele. Sou meio Bereano. O tempo me surpreendeu. Me deparei com uma gestão de muita disciplina e respeito com a coisa pública. Aqueles eventos espalhafatosos que ele faz, gerando receio de que a coisa é bagunçada, não passa do jeitão dele. As coisas em Sena Madureira, sob o comando do Mazim, são feitas sob muita ordem e organização. Os feitos de sua gestão dizem tudo. Muita rua pavimentada, logradouros públicos reformados, escolas novas, ramais tráfegaveis, servidores públicos respeitados, com salários em dia, e fornecedores sem nenhuma razão para reclamar do seu Osmar, ou!!, do Mazim. Ele paga a todos, sempre em dia. Valente? Brigão? Só se for preciso, para defender algum munícipe dele. Pense num cabra brabo. Ninguém maltrata um senamadureirense e ficará impune, se o Mazim souber. A cidade e o campo desse município se tornaram a terra onde quer seu cadáver enterrado, no dia que Deus determinar sua partida, me disse um dia durante um almoço em um restaurante em Rio Branco. Hoje o Mazim amanheceu com um certo amargo na boca, pelo fato de não ter feito seu sucessor na prefeitura, depois de oito anos de muita prosperidade no Vale do Iaco, com sua arrochada e audaciosa gestão. Não deixará um aliado sentado na sua cadeira, mas nela sentara alguém que precisará trabalhar muito se quiser superar os feitos do Osmar, o Mazim, que está bem longe de ter sofrido uma derrota política. Seu grupo segue enraizado no município com diversos vereadores e outras lideranças comunitárias, além de ter um deputado estadual e uma federal, somados a uma penca de vereadores e ao menos uns dois ou três prefeitos pelo meio desse Acre. Mazim é uma força política estadual, mais viva que se possa imaginar. 2026 está bem ai. Ah, e eu, que tinha medo dele, virei amigo, depois de descobrir quem é esse homem, um gentlelman que chora, principalmente quando dar de cara com alguem necessitado, quando não pode atender as demandas de seus irmãos. Perdi o medo do seu Osmar, aliás, do Mazim. Conheci o homem, perdi! Virei fã.