EVANDRO CORDEIRO
COLUNA DO EVANDRO O namoro ainda é escondido, mas está rolando entre MDB e PP; se colocarem alianças, esvaziam quaisquer outras chapas
O MDB está, sim, namorando com o PP, leia-se com Mailza Assis, a vice de Gladson Cameli (PP) preparada por um aparato político para disputar o Governo em 2026. Como as tratativas são ainda muito discretas, cum termos ainda em ajustes, está difícil achar alguém que assuma de público, mas notícia sem uma fonte com nome também é jornalismo. De acordo com o que ouvi, precisa esperar mais um pouco para um anúncio, em função do peso que tem a aliança e a figura que vai dar a palavra final, o governador. Essa é a justificativa dos interlocutores. Como uma aliança dessa natureza não seria nenhuma aberração política, uma vez que nesse jogo adversários são algozes hoje, namorados amanhã e casados depois de amanhã, quando acontecer poderá se conjecturar que a tal engorda, robustece, dar capilaridade a uma candidatura de Mailza. O MDB não é qualquer um. Foi mais parada dura na última eleição que o PT, por exemplo. Além disso, no caso de uma arrumação dos emedebistas com os progressistas, o resultado seria devastador para quaisquer outras chapas dispostas a guerrear pelo Governo ano que vem. Esvaziaria geral. Tem mais, segundo fontes: O grupo Mailza tem mais fome. Está de olho no MDB e em outras siglas. Ninguém está sendo dispensado de uma boa conversa. Nem mesmo o senador Alan Rick (UB), recentemente desligado da aliança pela exoneração de indicados seus no Estado. Pois bem. Mailza não está para brincadeiras. Aquele jeito de mãezona, que cuida das crianças, esconde uma personalidade que por enquanto só seu entorno conhece. As aparências,no caso dela, enganam legal. Se não bastasse, a meiga vice tem padrinhos que dispensam comentários, o julgar o principal deles, o governador Gladson, um trator eleitoralmente falando, um fenômeno eleitoral que enlouquece sua pequena oposição, a quem só resta lançar sobre ele apelidos, um deles prosaico para quem pretende ofender alguém, o de dançarino, como se fosse demérito mexer o esqueleto, ainda mais como ele gosta de fazer, em ocasiões inusitadas, como com as velhinhas do Sentadinho. Quando acordar para 2026, os adversários de Cameli é quem vão dançar, assistindo sua candidata fechada com os principais grupos do Icurian, em Assis Brasil, a Foz do Breu, no Juruá. Não esqueçam do que aconteceu na reeleição de Bocalom ano passado.
Articulador
Nos bastidores do Palácio Rio Branco circula um ‘monstro’ das articulações políticas, o ex-deputado Luiz Calixto, secretário de Governo. Gigante.
Os acreanos foram embora
Li um artigo bem escrito pelo Irailton Lima, figura de proa do PT, por meio do qual analisa o Acre como uma terra que nunca foi desejada como local para se ficar. Os forasteiros passam por aqui só pra ganhar dinheiro e ir embora. E o articulista conclui escrevendo que só seremos top de linha quando os acreanos de verdade tomarem o Estado. Por enquanto, os acreanos que chegaram lá terminaram seus mandatos e foram embora, para falar apenas sobre política.
Notícia que não interessou
Cláudio Humberto foi o único jornalista do Brasil a divulgar nesta terça-feira uma notícia que deveria ter sido manchete de toda a imprensa brasileira, o ato de devolução do dinheiro que as empreiteiras devolveram ao país, no âmbito da Lava Jato. Lula, tinha que ser ele, foi quem autorizou a devolução da quantia exorbitante.
Barulho nas redes
O vereador Éber Machado (MDB) anda fazendo um barulho medonho, gravando vídeos, como se isso fosse lhe levar para a Assembléia Legislativa, ato contínuo. Ele sabe que pra chegar lá tem que ter é dinheiro.
Sobre os ovos da dengue
Com relação aos ovos do bem do mosquito da dengue, não tem nada escandaloso nesse negócio. É só ouvir o secretário Rennan Bitts para se chegar a essa conclusão. Foi uma alternativa encontrada para combater essa desgraça que é transmitida pela picada dum mosquito. Os ovos do bem viram mosquitos que comem os ovos dos mosquitos do mal. Acertei na explicação dos ovos? Claro. É isso mesmo.
Drama
O ex-senador Jorge Viana (PT) tem um dilema para 2026. Construir um palanque para sua candidatura ao Senado. Como o PT nacional, por meio de seu partido está difícil um nome para o Governo. Para se juntar objetivamente em função dessa tarefa, ele tem apenas PT e PCdoB.
Chapa Gladson/Bittar
Se não bastasse a ausência de um palanque forte, Jorge Viana (PT) ainda terá outro obstáculo para 2026, a chapa casada para o Senado entre Gladson Cameli (PP) e Márcio Bittar, por enquanto ainda no União Brasil.
Fusão
Uma possível fusão entre PSDB e Podemos vai resultar numa chapa muy louca para deputado federal. Tem Minoru, Luiz Gonzaga e Nei Amorim. Quem será o puxador de votos?
Só boato
As notícias de redes sociais sobre um suposto rompimento do prefeito de Brasileia, Carlinhos do Pelado (PP), com o grupo da ex-prefeita Fernanda Hassem não passam de boato. Quem garante é o deputado Tadeu, irmão dela. “O Carlinhos vai surpreender as pessoas em dois quesitos: trabalho e lealdade”, disse.
Elogios ao Alysson
Ouvi elogios para a chegada de Alysson Bestene na secretaria de Educação da prefeitura de Rio Branco até de vereador da oposição. Alysson é uma figura afável, mas principalmente um exímio administrador. Sua passagem na saúde do Estado diz tudo.
Ainda dá campanha no Juruá
Nos corredores empresariais o que se comenta são os acordos de campanha das eleições 2024 descumpridos. Um super secretário do vale do Juruá teria assumido compromissos que não está cumprindo e isso tem reação. Um suposto dossiê estaria sendo montado para ser divulgado em breve. Resta saber se o prefeito Zequinha Lima (PP) tem conhecimento desses compromissos.