COLUNA DO EVANDRO — Por mais que insista, Bocalom dificilmente terá chance de disputar a reeleição pelo PP; ficou claro nesta sexta

Na política o que se escreve de manhã as vezes não se sustenta até a tarde, diz o surrado mas congruente provérbio. Os cenários mudam tão radicalmente que as vezes ainda surpreendem. Por esse prisma é possível afirmar que o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, pode, sim, disputar a reeleição pelo PP, porque até que ele consolide esse projeto ainda tem um bom tempo. Segundo a legislação eleitoral um candidato precisa se filiar em um partido até seis meses antes das eleições. Pode ser que daqui pra lá haja um grande entendimento e o velho Boca consiga ficar no partido onde informa está há cerca de 50 anos, quando este ainda era Arena. Por outro lado, pela empolgação da equipe que está assumindo a direção do antigo PDS, no momento não é possível enxergar ambiente para o atual prefeito. Ninguém o peitou, ainda assim o clima de festa em torno de novas aventuras parece bem claro. O PP teria outras pretensões para a capital que não passariam por uma reeleição do atual. O projeto em curso é ousado e segundo disse a nova presidente, a deputada federal Socorro Neri, este será materializado sob forte influência profissional, como exige um partido da magnitude do Progressistas, numa clara direção para novos horizontes. A decisão do PP nesse sentido não é nenhum crime, é a política no seu dia-a-dia desde os gregos. Os aliados de hoje são adversários amanhã, e vice-versa, como sempre foi. Se não der certo, Bocalom com certeza sai. Vai em busca de outra sigla para disputar com chances a reeleição, afinal tem a máquina e dois verões até a votação, em outubro de 2024. Ao PP cabe construir uma alternativa, com nomes já em evidência como o do chefe da Segov estadual, Alysson Bestene, festejado nos bastidores, e porque não o do próprio vereador N Lima, que levantou essa lebre essa semana. Calma como uma madre superiora, a nova presidente chega com todo o respaldo, pronta para conduzir a sigla em um momento importante, as eleições de 2024, e falando otimista como nunca sobre o pleito próximo. Além do prefeito da capital, ela conjectura a formação de um ambiente favorável não apenas para a reeleição dos atuais três vereadores da sigla, “mas de cinco, se possível”. Pela empolgação dela e da turma toda na cerimônia de posse, o PP vem de roupa nova por aí.