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EVANDRO CORDEIRO

COLUNA DO EVANDRO | Semana decisiva: MDB quer Zamora vice de Mara e Jenilson candidato ao Senado no lugar da Jéssica; Gladson precisa decidir vice

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Essa semana é decisiva para a montagem de chapas. Até sexta-feira, 5 de agosto, cada partido terá que está com seus candidatos todos agasalhados nos seus devidos lugares. Com exceção de PSD e PSOL, os demais ainda estão espiando para anteontem, como dizia minha avó. O próprio governador Gladson Cameli (PP) ainda não tem um vice definido, uma vez que Alan Rick (UB) precisará esperar pela movimentação do presidente de seu partido, o Senador licenciado Márcio Bittar, assim como o MDB, que nem vice tem, muito menos candidato ao Senado. Fontes do partido confirmam que o desejo é ter o fazendeiro Fernando Zamora (PRTB) como vice de Mara Rocha e Jenilson Leite, do PSB, candidato a Senador no lugar de Jéssica Sales, que anunciou sua renúncia da briga pelo Senado, em razão de convalescer de um câncer. Nem Flaviano Melo, nem outras lideranças emedebistas querem falar sobre na manhã desta segunda-feira, primeiro de agosto. Os dedos estão cansados de ligar para eles. Só quem atende é o pessoal do andar de baixo. Há informações, contudo, segundo as quais faltaria pouco para o acerto com Zamora. A condição seria ele levar para chapa maioria do pessoal do agronegócio, o que não estaria sendo fácil em decorrência de parte deles está apoiando a reeleição do governador Gladson, além de outros acertos em relação a estrutura financeira. Fala-se até em valores. O caso do convite a Jenilson Leite é um tanto diferente. Está sendo tratado mais discretamente. Á coluna, Flaviano disse, no final de semana, quando me atendeu, que nada tratou foi com o Senador Márcio Bittar.

Que susto!

Pois é, a morte ainda nos dá sustos. Tão corriqueira como o verão, mesmo assim faz a gente desabar quando ronda numa circunferência em que a vista alcança. Neste domingo, 31 de julho, no início da tarde cai do sofá com a notícia da partida, sem barulho, do meu amigo e irmão Ely Alves, conhecido na praça esportiva do Acre inteiro como “Velho”. Partiu sem combinar com a gente, como diria Rolando Boldrin.

Ely Alves, o “Velho”, faleceu no domingo, 31, de infarto

O “Velho”, de velho, não tinha nada. Só aquelas passadas lentas lhe faziam parecer um antigo na vida. Ele era novo demais com seus sonhos. Partiu abruptamente, traído justamente por aquele órgão de seu corpo que, pelo que a gente sabe, não traia a ninguém, o inexplicável coração. Muitos têm morrido recentemente de forma equivalente e isso tem nos assustado de tal maneira. Corre até a boca miúda que, depois da Covid, a ocorrência de infarto virou rotina. Não tenho números, mas pelo noticiário oral é fato. Não há argumento, portanto. É um susto atrás do outro.

Mas quero centrar no susto que a partida do “Velho” Ely me deu. Foi danoso. Precisei ir na drogaria tomar alguma coisa para amenizar a pressão, espairecer. As minhas razões são muitas, como são as razões de centenas de pessoas que lamentam desde ontem a ‘passagem’ dele. De Mâncio Lima a Assis Brasil tem luto, porque o “Velho” foi diferente em vida e não poderia ser indiferente na morte. Tinha qualidades de saltar os olhos, embora humano com defeitos, também. Uma das virtudes desse moço: era a essência da empatia. Flagrei muitas vezes ele buscar de onde não tinha para socorrer um desvalido. Era o “Velho” do esporte e da vida. Ele adorava o desporto, mas se sacrificava por causas fora das quadras e dos campos, com igual desenvoltura. Um homem bom, que me deu a honra da amizade, da parceria honesta, sobretudo quando precisei. Em 2020, por exemplo, ao disputar as eleições para vereador, me socorri a ele, porque nele tinha muito daquilo que os políticos precisam e o “Velho” me emprestou o melhor, seu indiscutível prestígio.

De tanta convivência, eu não poderia ter estado longe horas antes do ‘desaparecimento’ dessa lenda. No sábado, 30, ficamos a tarde e início da noite juntos, numa alegria que só entendi quando recebi a notícia de sua baixa a campa fria. Era a despedida do nosso “Velho”. Nem ele, nem nós, desconfiávamos, como sempre acontece antes das partidas. Tenho orgulho de dizer que ele bebeu a última Coca-Cola da minha garrafa de vidro, um exemplar raro que encontramos na lanchonete mais improvável da Custódio Freire. Ele comeu a panqueca, bebeu a Coca e foi simbora. Simbora pra casa e menos de 24h depois, simbora dessa terra de desigualdade. Só tem um pitoresco detalhe: não foi sem deixar, a mim e a nossos colegas de futebol amador, e a todos que o admiravam, as lições mais incríveis.

Vai simbora, “Velho”, porque aqui tu deixou um legado de quem ama o esporte, as pessoas e a vida. A gente levou um susto, é bem verdade, mas as horas estão se passando e vai dando para entender que a gente começa a morrer no dia que nasce, impreterivelmente, só não sabemos quanto tempo durará essa morte. Tomara que eu possa, antes da minha partida, fazer pelos meus pariceiros ao menos um pouco daquilo que você fez, sempre pautado pelo amor de Cristo, sobre o qual nós falamos no último jogo.

Vai que é tua, “Velho” Ely! Deus é bom o tempo todo.

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