RAIMUNDO FERREIRA
Coluna do professor e arquivista Raimundo Ferreira, da Ufac: “Se relacionar é preciso”
SE RELACIONAR É PRECISO
- Raimundo Ferreira
Provavelmente não está acontecendo na prática com a mesma intensidade conforme as discussões e até campanhas orientam e incentivam às pessoas a se relacionarem de forma mais humanizada, exercitando ações do politicamente correto, práticas do não preconceito às pessoas consideradas fora do padrão dito convencional entre outras barreiras, porém, apesar dos chamamentos, que se apresentam até como modismo, facilmente podemos identificar pessoas das mais diversas origens, formação e classes sociais, se manifestando e exercendo, tanto em silêncio quanto em ações veladas, atitudes e comportamentos diferentes, declarando por exemplo, que não gostam dos modos de alguém, que suas índoles não se afinam com determinadas pessoas e que por estas e outras razões, preferem evitar contatos com esse tipo de gente, que nas suas avaliações são consideradas enfadonhas e desagradáveis. Por mais estranho que possa parecer, esses entendimentos e comportamentos são bastante comuns e resistem bravamente aos chamamentos da atualidade e infelizmente ainda podem perdurar por longo tempo, de certo modo mantendo uma categoria apegada à ignorância e à alienação e insistindo em não aceitar conviver de forma civilizada e pacífica com os seus semelhantes. Na nossa avaliação, do no auto de suas ignorâncias estas pessoas sentem-se superiores às outras e esquecem de realizarem uma autoavaliação e consequentemente descobrirem que os mesmos pontos de vistas e os mesmos julgamentos negativos que elas praticam, poderão também serem realizados de forma inversa em relação à elas próprias, ou seja, poderão estarem sendo atingidas pela mesma artilharia de reprovação e rejeição destilada. Assim sendo,
observando a realidade sobre os relacionamentos humanos acima dos detalhes domésticos, percebemos que, além destas pessoas estarem se comportando de forma irracional, estão contribuindo fortemente para descaracterizar os comportamentos entre a raça humana, que é constituída à imagem e semelhança do Criador. Conforme somos sabedores, de acordo com a capacidade criativa e de observação, cada pessoa se relaciona com o mundo a sua volta de forma totalmente particular e ainda por cima suas características individuais são diferentes, no entanto, estas particularidades e diferenças precisam serem respeitadas e aceitas como sendo características intrínseca dos seres humanos, não havendo portanto, qualquer razão e/ou justificativa para que alguém sinta-se superior e egoísta ao ponto de descriminar seu semelhante.