Comerciante habilidoso, cozinheiro de mão cheia, Ibrahim Murad também fez o Juruá e Ere Hidson conta a história

Ele nasceu em 25 de março de 1930 em Belém do Pará com o nome de batismo de Russem Ibrahim da Silva Murad.
Filho de pai Libanês e mãe brasileira.
Nascido no Brasil, foi ainda criança para o Líbano, com apenas 5 anos.

Voltou a morar no Brasil, com um pouco mais de 20 anos.

E chegou em Cruzeiro do Sul, em 1961, para trabalhar na atividade comercial com compras de pele de animal silvestres.

Atividade essa, que era legalizada na época, que passou a ser proibida logo depois da revolução de 1964.

Casou-se em 1967, com Regina Norma Rosas.

Com quem teve 3 filhos;
Gamal Hussem Rosas Murad(In Memorian)

Márcio Hussem Rosas Murad./Bancário.

Márcia Florinda Russem Rosas Murad/Enfermeira.

Depois que parou a atividade pela qual a levou a Cruzeiro do Sul, teve outros tipos de empreendimentos.

Tentou uma adaptação no Peru, precisamente em Pucallpa.

Mas, não ocorreu e voltou para Cruzeiro do Sul, e montou uma loja de confecção.

Um pouco inquieto, sem paciência para o médio-longo-prazo, resolveu ir para Brasília.

Já no Distrito Federal, comprou uma casa em Taguatinga, mas, não se adaptou novamente, e logo em seguida voltou a Cruzeiro do Sul novamente.
Trazendo consigo na bagagem uma fábrica de “Vip/Geladinhos” mas, também não se firmou nesse ramo, pois queria dinheiro imediato nos seus empreendimentos.

“Na época da compra de peles, o Ibrahim chegava a emprestar dinheiro para o Banco do Brasil”
Porque o comércio de pele na época, corria muito dinheiro.

Com um talento especial para culinária, Ibrahim montou alguns restaurantes em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, seu toque especial de mestre-cuca, seu carro-chefe, era a comida árabe.

Arrendou por muitos anos, o Saudoso Clube Samabaia nos seus tempos áureos e anos de glória.

Afeto as boas amizades, fazia amizade com muita facilidade, e tinha seu currículo, a marca da generosidade, da mão-amiga, uma pessoa altruísta por convicção, bem ao estilo Maçon de antigamente, que foi.

Conhecido por ter o coração grande, ele era capaz de tirar a roupa do corpo e doar a quem mais precisava.

Quando chegou em Cruzeiro do Sul, no início dos anos 1960, na época que havia as batalhas políticas para passar o Acre território a condição de estado que estamos até hoje.

Foi eleito vereador em Cruzeiro do Sul na primeira legislatura em 1963.

Teve grande amigos na política e até foi compadre do Governador José Augusto de Araújo, nessa época.

“José Augusto de Araújo, era padrinho do Gamal Russem. Filho mais velho de Ibrahim com Norma Rosas”

Teve amizade e convívio com o Governador Jorge Kalume.

Por Último, também com o Governador Orleir Cameli. Tanto o Orleir Político, como também empresário.

Foi amigo também de Chiquinho Cameli, irmão mais velho de Orleir.

E também de Eládio Cameli, empresário sólido, um grande Cruzeirense e pai do atual Governador do Acre, Gladson Cameli.

A familia Cameli, sempre honrou a amizade com Ibrahim, Foram amigos dando demonstração, inclusive o Eládio deu de presente um carro para Ibrahim.

Também foi amigo das famílias Árabes de Cruzeiro.

Família Badarane/Mamede.

Família Alfredo Said.

Família Said Assem.

Deputado Federal Nosser Almeida Tobu.

Abdul Carim Almeida Tobu/Próspero Comerciante.

Said Almeida/Pai de Magide Almeida.

Próprio Magide Almeida, pioneiro dos clubes de bailes em Cruzeiro, com iluminação Luz Negra, uma grande novidade na época.

E tantos outros amigos que não é possível nominar, pois é um número infinito de amigos.

Mas, nem tudo são flores. Ibrahim também teve o hábito da jogatina, cartas de baralho. Perdeu mais da metade de seu patrimônio na jogatina.

Faleceu em 2005 em Rio Branco aos 75 anos.

Deixou um legado incomensurável, por ser uma pessoa altamente generosa e altruísta.