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ECONOMIA

Custo da cesta básica de alimentos cai no Acre, mas feijão segue aumentando

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O Governo do Estado, por meio Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão do Acre (Seplag), divulgou na última terça-feira, 21, o boletim que mostra que o valor da cesta de alimentação continua apresentando queda (-1,33%), com aumento nos preços das cestas de limpeza doméstica (3,11%) e higiene pessoal (5,27%), quando comparadas ao custo das cestas em abril, em Rio Branco (AC).

Os dados foram coletados em 71 estabelecimentos comerciais, como mercados varejistas de grande, médio e pequeno porte, açougues e panificadoras, distribuídos em 40 bairros da capital.

O custo total da cesta básica alimentar para um indivíduo foi de R$ 495,42, uma queda de -1,33% em relação a abril, conforme tabela abaixo. Houve redução de preços em quatro itens da cesta, sendo do tomate o mais expressivo (-19,37%), seguido pela banana (-4,24%), arroz (-3,21%) e carne (-1,08%). Os demais produtos apresentaram alta, com destaque foi para o feijão (16,47%) e manteiga (7,35%).

Em abril, o feijão foi o item com maior percentual de aumento de preço, cerca de 16,47% em relação a abril, enquanto que o tomate (-19,37%) e a banana (-4,24%) foram os itens que mais apresentaram queda.

A queda acentuada no preço do tomate corrobora o padrão observado no mês de maio para esse item, conforme o último relatório do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para as 17 capitais onde a pesquisa da cesta básica alimentar também é realizada.

O número de horas de trabalho necessário para um trabalhador adquirir os produtos da cesta básica alimentar foi de aproximadamente 89 horas e 55 minutos, cerca de uma hora e 12 minutos a menos em relação ao tempo necessário medido em abril.

Para adquirir uma cesta básica de limpeza doméstica um trabalhador terá que trabalhar 11 horas e 26 minutos, o que representa 21 minutos a mais quando comparado com o mês de abril.

Já o custo total da cesta de higiene pessoal para um indivíduo foi de R$ 21,77, um aumento de 5,26% em relação a abril. Houve elevação nos preços de todos os produtos, com destaque para o item barbeador descartável, que registrou variação positiva de 9,88%, seguido pelo sabonete (9,49%) e papel higiênico (3,37%), conforme tabela abaixo.

A quantidade de horas de trabalho necessárias para um trabalhador adquirir uma cesta básica de higiene pessoal foi de aproximadamente 3 horas e 57 minutos, o que representa 11 minutos a mais quando comparado com mês de abril.

A participação do valor das três cestas básicas continua significativa no rendimento de um indivíduo que recebia em maio de 2022 um salário mínimo de R$ 1.212, sendo de aproximadamente 47,90%, um decréscimo de 0,30% em relação a participação das cestas em abril de 2022, conforme o gráfico abaixo.

Para uma família-padrão de dois adultos e três crianças, foi estimado um gasto mensal de R$ 1.733,96 com a cesta alimentar, R$ 220,51 com a cesta de limpeza doméstica e R$ 76,19 com a cesta de higiene pessoal, totalizando R$ 2.030,66 por mês.

Revertendo esse valor em quantidade de salário mínimo necessário para a subsistência dessa família, o custo estimado para aquisição das três cestas em maio de 2022 foi de 1,68 salários mínimos. Para comprar as três cestas, em maio um trabalhador comum precisou trabalhar cerca de 105 horas e 18 minutos.

Após cinco meses de pesquisa, é possível observar a evolução do custo total e de cada cesta para um indivíduo comum. Conforme o gráfico abaixo, entre janeiro e maio o padrão de elevação do custo da cesta alimentar se destaca das demais, que apresentaram estabilidade, aumento e até queda.

A participação do valor das cestas no salário mínimo de um trabalhador também acompanhou o aumento de preços, com destaque para a cesta alimentar, que saiu de 36,77% em janeiro para 40,88% em abril, conforme gráfico abaixo. As demais cestas mantiveram leve queda de janeiro para fevereiro, com elevação desse mês para março e, por conseguinte, de março para maio.

A soma da participação das cestas no salário de um trabalhador comum saltou de 43,50% em janeiro para 47,87% em maio, evidenciando o impacto do aumento de preços dos alimentos, fertilizantes e combustíveis no Brasil e no mundo, agravado pela continuidade da guerra entre Ucrânia e Rússia.

Porém, apesar do aumento constante, no mês de maio o custo da cesta alimentar em Rio Branco (R$ 495,42) permanece abaixo da cesta de Aracaju (R$ 548,38), a mais barata no ranking de 17 capitais elaborado pelo Dieese.

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