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Defesa de Gladson diz que pedido de venda antecipada de bens “é absurdo”
Os advogados do governador Gladson Cameli divulgaram uma nota na tarde desta terça-feira, 29, rebatendo o pedido do Ministério Público Federal e Polícia Federal feito ao Superior Tribunal de Justiça no último final de semana para que o avião e carros do chefe do Palácio Rio Branco avaliados em quase R$ 5 milhões fossem vendidos antecipadamente com o objetivo de ressarcir os cofres públicos caso ele seja condenado.
“É absurdo o pedido de venda antecipada de bens de uma pessoa que não foi sequer denunciada, em uma investigação que patina há anos, sem conclusão. A Constituição Federal dispõe, no art. 5º, inciso LIV, que ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”, argumentaram os advogados de defesa Ticiano Figueiredo, Pedro Velloso, Tarcísio Vieira de Carvalho Neto e Telson Ferreira.
“A tentativa de venda precipitada de bens, antes mesmo da conclusão do caso, é nada além de uma atitude temerária e desesperada, com o fim de gerar fatos midiáticos”, enfatiza a defesa de Cameli.
O Subprocurador-Geral da República Carlos Frederico Santos, do Ministério Público Federal, peticionou um parecer atendendo um pedido da Polícia Federal para ser procedida à alienação antecipada de bens do governador Gladson Cameli que foram arrolados na Operação Ptolomeu, que teve a sua terceira fase desencadeada em março de 2023 e visa desarticular uma suposta quadrilha que desviava recursos públicos do Estado.
O pedido do MPF solicita da Ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, autorização para que os bens que vão desde avião a carros avaliados em quase R$ 5 milhões de propriedade de Cameli sejam vendidos antecipadamente visando ressarcir os cofres públicos caso o chefe do Poder Executivo seja condenado, apesar de até o momento não ter sido indiciado pela PF e denunciado pela PGR.