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Diferença salarial entre homens e mulheres no Acre é uma das mais baixas do país, apenas 9,1%

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O Acre está entre os estados com menor desigualdade salarial de gênero do país, com diferença média de 9,1% entre os rendimentos de homens e mulheres, segundo o 4º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, divulgado nesta segunda-feira (3) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em parceria com o Ministério das Mulheres. A média nacional mostra que as mulheres recebem 21,2% a menos, o equivalente a R$ 1.049,67 de diferença mensal.

O relatório analisou 19,4 milhões de vínculos trabalhistas, com base na RAIS, abrangendo 54 mil empresas com mais de 100 empregados. A remuneração média das mulheres é de R$ 3.908,76, enquanto a dos homens chega a R$ 4.958,43. Os estados com maiores diferenças salariais são Paraná e Rio de Janeiro (28,5%), seguidos de Santa Catarina e Mato Grosso (27,9%). Já os menores índices estão no Piauí (7,2%), Amapá (8,9%) e Acre (9,1%).

Durante o lançamento, o ministro Luiz Marinho destacou os avanços trazidos pela Lei de Igualdade Salarial, mas ressaltou os desafios ainda presentes, como a pejotização e o perfil conservador do Congresso, que, segundo ele, dificultam o fortalecimento dos direitos trabalhistas. “Há um preconceito com o trabalho e uma tentativa de barateá-lo”, afirmou.

A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, reforçou que “é direito das mulheres a igualdade salarial” e que a mudança cultural segue sendo um dos maiores entraves. Representantes da ONU Mulheres lembraram que, globalmente, a desigualdade salarial é de 20%, e que as mulheres negras recebem até 46% menos que os homens brancos.

No recorte nacional, 39% das mulheres atuam em empresas com mais de mil empregados, e os melhores salários femininos são pagos em empresas com 500 a 999 trabalhadores. Persistem, porém, diferenças expressivas entre mulheres negras e homens não negros, com disparidade de 33,5% nos salários de admissão e 53,3% na remuneração média.

O MTE informou que, em 2025, realizou 787 ações de fiscalização, alcançando cerca de 1 milhão de trabalhadores, com 154 autos de infração já emitidos. Das 54.041 empresas obrigadas a publicar o relatório de igualdade salarial, 38.233 cumpriram a exigência até outubro.

Entre as políticas corporativas mais adotadas estão o incentivo à promoção de mulheres (38,9%), flexibilidade de jornada (44%), auxílio-creche (21,9%) e licença parental estendida (20,9%). O estudo conclui que a redução do abismo salarial no Acre reforça que ações concretas de equidade podem elevar a renda e a produtividade nacional.

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