Dinheiro anunciado por Flávio Dino no Acre já estava na conta, informa secretário de Segurança

O secretário de Segurança Pública, Américo Gaia, decidiu mostrar planilhas que comprovam que os R$ 91 milhões prometidos ao Acre pelo Ministro da Justiça Flávio Dino, em visita a Brasileia, na semana passada, na verdade já estavam na conta do Estado. O dinheiro é a soma de repasses desde o ano de 2019 até 2022, período do presidente Jair Bolsonaro. No ano passado, por exemplo, foram destinados ao Acre mais de R$ 30 milhões.

Desse montante de R$ 91 milhões, uma das tabelas aponta que R$ 65 milhões já estão sendo executados pelo estado com compras de pistolas, munições, uniformes, embarcações para os bombeiros e Gefron, cursos de capacitação, equipamentos como câmeras para vídeo monitoramento, compras e até locação de viaturas. Tem ainda obras como a sede do Gefron que está sendo construída no trevo de Senador Guiomard. Segundo o secretário de segurança, esse dinheiro já tem destino, o restante, R$ 26 milhões também já tem projetos, plano de trabalho e até empenho. “O que não tem mesmo é dinheiro novo. O Ministério da Justiça só dar baixa quando o recurso é gasto, por isso, tem -se a ideia de que o dinheiro está sobrando. Na verdade, já estamos em execução de cada centavo”, relatou Gaia.

O secretário decidiu mostrar essas tabelas porque havia questionamentos de que o governo vai receber mais R$ 91 milhões, e precisa preparar os projetos. “Esse dinheiro estava parado na conta do estado por causa da demora da licitação e do envio de documentos”, explicou.

Quanto a fala do Ministro, que o Acre deve gastar rápido para receber mais recursos, o secretário disse que é impossível, justamente por causa da burocracia administrativa que acompanha o poder público. As licitações demoram por vários motivos, o principal deles é a demora do fornecedor em entregar o produto.

Já na parte da fala que relata que vem mais dinheiro, o Ministro pode estar falando dos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública, um dinheiro que os estados recebem para a manutenção das equipes e operações e até hoje o governo federal ainda não repassou.

Da redação do Diário do Acre, com informações do A Tribuna