POLÍTICA
‘É um sonho nosso para as mamães do Acre’, afirma governador Gladson Cameli ao anunciar licitação da nova maternidade de Rio Branco
A cópia do aviso de licitação de número 8/2022, com abertura das propostas prevista para o próximo dia 16, está numa folha de papel surrado nas mãos do governador Gladson Cameli há 24h, pelo menos. Ele está desde ontem mostrando para quem encontra pela razão mais elementar: a empresa vencedora do certamente vai construir um dos maiores sonhos dele: a nova Maternidade de Rio Branco, um hospital imenso, moderno, que vai resolver de uma vez por todas a situação das mamães nos que antecedem e no próprio dia do parto. “Olha, esse é um sonho que eu queria já ter realizado, mas a pandemia não deixou”, disse por telefone, de Brasília, um governador super empolgado.
A nova Maternidade é uma obra faraônica que consumirá dos cofres públicos, só em sua primeira etapa, nada menos que R$ 28 milhões. O edifício que abrigará a Maternidade mais moderna do norte será erguido naquele espaço entre as avenidas Amadeo Barbosa e Presidente Médici, a antiga pista de pouso do aeroporto que atendeu a capital do Acre até o final dos anos 1990. Pela empolgação do governador, terminou a abertura dos envelopes ele quer logo homologar, se estiver tudo legal, e dar imediatamente a ordem de serviço. “Sonho isso para as nossas mamães”, afirmou.
COMO VAI SER A NOVA MATERNIDADE
Segundo os técnicos da Secretaria de Saúde do Estado, o projeto da Nova Maternidade é resultado da cooperação entre SESACRE/UNOPS, visando ampliar o atendimento materno-infantil do Estado, habilitando novos leitos e concentrando a cobertura assistencial no eixo materno infantil, atendendo todos os preceitos e normas estabelecidos pelo Ministério da Saúde, proporcionando como resultado uma atenção mais digna e humana as mulheres e às crianças que para ela acorrem de forma espontânea ou referenciada.
A Nova Maternidade de Rio Branco estará localizada no 2º distrito da cidade, nas imediações da Av. Amadeo Barbosa e a Av. Presidente Médici, Bairro Areal.
Durante a 1ª Fase serão construídos os setores do Ambulatório, Farmácia Hospitalar, Centro de Diagnóstico por Imagem – CDI, Laboratório, além da infraestrutura predial e de serviço, totalizando 3.280,10 m², somando a Edificação Principal e demais Edificações anexas de suporte e infraestrutura, orçados em R$ 28.346.534,64 (Vinte e oito milhões, trezentos e quarenta e seis mil, quinhentos e trinta e quatro reais e sessenta e quatro centavos).
Na 2ª Fase a construção de 8.849,91m2, terá distribuído em Térreo, 1º, 2º e 3º Pavimentos os setores de Almoxarifado, Banco de Leite Humano, Endoscopia Digestiva e Respiratória, Enfermaria Obstétrica, Lactário, Processamento de Roupa – SPR, Central de Material Esterilizado – CME, Central de Parto Normal, UCI Canguru, UCI Convencional, Centro Cirúrgico Obstétrico, UTI Neonatal, Apoio para UTI e UCIs, Agência Transfusional, Centro Cirúrgico Obstétrico, bem como ambientes de apoio, como o Vestiário Central Funcionários.
Para a 3a Fase, está prevista a construção do Pronto Atendimento Materno – PAM, Enfermaria Obstétrica e Farmácia Satélite.
Por fim, na 4a Fase de implantação é composta pela implantação da Casa da Mãe Gestante, Núcleo de Educação com Auditório, Enfermaria Obstétrica, UTI Adulto, com isso serão concluídas as obras do Hospital Maternidade para o município de Rio Branco.
Ao todo, serão entregues mais de 150 leitos de Enfermarias Clínicas e Obstétricas; 16 Salas PPP; 07 salas cirúrgicas e de parto cesariano; 10 leitos de UTI Adulto; 30 Leitos de UTI Neonatal; 30 de UCI Convencional (UCINCO) e 15 Leitos UCI Canguru (UCINCA), totalizando 75 leitos de Unidade Neonatal; 01 Casa de Gestante, Bebê e Puérpera com 20 camas para a referência do partos e gestações de alto risco.
Bárbara Heliodora, construída pelo governador Guiomard dos Santos, está deficitária
Construída durante o governo de José Guiomard dos Santos, a Maternidade Bárbara Heliodora (MBA) foi oficialmente inaugurada em 7 de setembro de 1950. A princípio, tinha capacidade para 30 pacientes, dois berçários, gabinete de admissão de gestantes, sala de operação, sala de parto, apartamento para particulares, gabinete de higiene pré-natal, sala administrativa e de médicos, quartos para enfermeiros, lavanderia, rouparia, despensa, cozinha, copa e refeitório.
O projeto foi considerado um exagero na época, pois seria construída em uma área afastada e o índice de natalidade naqueles tempos era de dois a três nascimentos por dia, mas o então governador era um visionário e pensou na unidade com estrutura para suportar o crescimento da cidade.
A escolha do nome, segundo se conta, seria em homenagem à Bárbara Heliodora, uma das principais líderes da famosa Inconfidência Mineira e à mãe de Guiomard Santos, que também se chamava Bárbara.
Inicialmente, 120 servidores atuavam na MBA. Além das tradicionais parteiras, nomes conhecidos da sociedade acreana atuaram como médicos, como Ary Rodrigues, Laélia Alcântara e José Barral y Barral.
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