POLÍTICA
Em apenas quatro anos como senadora, Mailza Assis conseguiu ser vice-campeã em liberação de emendas para o Acre
A vice-governadora do Acre, Mailza Assis (PP), precisou de apenas quatro anos no mandato de senadora, entre 2018 e 2022, para se destacar entre a bancada federal acreana, também, em liberação de emendas. O estilo discreto e conservador dela esconde, na verdade, uma gigante nas articulações de bastidores. Foram mais de R$ 90 milhões, todos pagos, distribuídos entre Governo e prefeituras, só em 2023. Ao todo, as emendas dela somam meio bilhão a serem pagos nos próximos anos.
Mailza Assis pode ser considerada uma política de carreira curta no que diz respeito a mandato. Foram quatro anos no Senado, onde assumiu na qualidade de primeira-suplente do então senador Gladson Cameli, eleito governador em 2018, e um como vice-governadora dele mesmo, reeleito em 2022 com ela na chapa. A rigor, em um ano ela assumiu a gestão várias vezes e caso Cameli decida disputar o Senado, em 2026, Mailza se tornará governadora em definitivo, por pelo menos uns oito meses.
Nesse pouco tempo sentada em cadeiras importantes, Mailza conseguiu algumas proezas, enquanto vive as promessas de Deus em sua vida, como gosta de lembrar. Foi destaque no Senado, onde se posicionou no chamado alto clero, levada pelo forte PP nacional. Como vice, serenou na vida do atual governador, queixoso do infortúnio que viveu com o anterior. “Vivo em paz com ela, que ao invés de dividir nosso Governo, ela soma”, elogia Cameli.
De fato Mailza está longe de ser uma vice apagada, além da tranquilidade que deu ao Palácio Rio Branco. Conduz uma agenda extensa em seu nicho eleitoral, os evangélicos, e ainda estendeu as atividades do gabinete para outros quinhões. Vem ganhando credibilidade junto a movimentos sociais e continuou estreitando sua relação com os municípios, por meio de seus prefeitos e outras lideranças, iniciada na época de senadora.
Para coroar a carreira curta e bem ativa, a atual vice-governadora tem nas mãos a soma de seu trabalho no parlamento. Foram bem articulados R$ 90 milhões liberados para o Acre, um montante gigante, colocando ela na história em segundo lugar no trabalho de alocação de verbas. O primeiro é o senador Márcio Bittar (UB), que além de bom parlamentar, foi relator do orçamento em 2021, posição privilegiada para quem gosta de trabalhar e ajudar o Estado com recursos financeiros.