ARTIGO
Em artigo, ex-vereador e jornalista Tancremildo Maia escreve sobre o que chama de fase mutante do MDB
A FASE MUTANTE DO MDB: De oposição à aliado de todos
Ê lasqueira…
Na década de 1980, o Acre passava por um período de transformação política e econômica. O estado estava se consolidando como uma unidade federativa após ter sido elevado à categoria de Estado em 1962. Durante essa época, o PMDB era um partido político importante no Brasil, tendo sido fundado em 1980 como uma oposição ao regime militar.
Como ex-partidário e participante da história política do partido MDB, desde 1982, participei da vida política partidária do Glorioso PMDB, tive a honra de ser um dos coordenadores da campanha daquele ano histórico e de luta, contra o candidato da Situação onde conseguimos eleger Nabor Teles da Rocha Junior como Governador, Mário Maia como Senador e a maiorias dos Deputados Federais e Estaduais. Hoje com o coração partido faço uma reflexão sobre um partido e o que aconteceu e vem acontecendo com o Partido, aqui no Acre e no Brasil, pois a um dia não muito distante era chamado de Glorioso, tínhamos em nossos quadros as maiores figuras política pós Revolução de 64. Ulisses, Tancredo, Teotônio, Mario Covas, e muitos outros, aqui na Província, nem se fala! Minha avó, Olívia Pinheiro, sempre nos ensinava que não devemos meter a colher no pirão dos outros, porém diante do quadro em que vivemos não posso deixar de manifestar-me, principalmente quando vemos que o MDB elege seu novo Presidente por aclamação o Vagner Sales. Paro, analiso e penso: Poxa como pode chegar onde chegamos! Um dia o MDB já foi o maior partido do Acre! Ninguém me contou, eu estava presente. Depois de conseguirem aniquilar com a carreira política do ex-Prefeito, ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal e eterno Presidente é maior liderança do MDB, saudoso, Flaviano Flávio Baptista de Melo, atingiram seu objetivo maior, o de ter o comando partidário uma liderança do Vale do Juruá. Nada contra o Vale, todavia o que é que está por disso. Hoje a de se perguntar. Donde viemos, o que somos e para onde vamos. Um adendo. Mas por que estou escrevendo tudo isso já que nem mais sou filiado ao MDB? Simples, pois ombro a ombro com Ulisses Guimarães, Mario Maia, Nabor Júnior, Rui Lino e muitos outros que aprendi. “A LUTA CONTINUA”. Hoje, irreconhecível, e, para que não desapareça do mapa política do Acre o azul de suas fileiras, pois de tanto unir-se ao vermelho encontra-se roxo, perdendo por completo a sua identidade, como um partido aguerrido, passando a ser regido por uma familiocracia dos Sales.
Ê lasqueira…
TPMAIA
Administrador Público;
Ex-Vereador;
Jornalista.