ARTIGO
Em artigo, policial penal, que também é jornalista, faz uma análise sobre os perigos da profissão
Polícia Penal: Perigos da profissão
Aldejane Pinto
Diante da crise instalada no presídio de segurança máxima do estado, pode-se aferir os riscos e perigos de quem atua na profissão Policial Penal.
A grosso modo, observa-se que tudo parecia bem até que, de repente, se instala uma rebelião. Resultado: um Policial ferido e outro tomado como refém com uma arma na cabeça.
Além do mais, criminosos da mais alta periculosidade que pareciam adormecidos nas grades, se transformam em leões e conseguem pôr as mãos em armas de grosso calibre e munições. Não é fácil ser polícia em nenhum lugar do planeta, o sinal de alerta deve estar ligado 24 horas por dia.
Imagine que os maiores sanguinários do estado estão furiosos e de armas em punho, decididos a matar seus inimigos de facção (nos pavilhões ao lado), e quem mais aparecer em sua frente. O resultado pode ser desastroso. Diante disso, ser policial penal exige habilidade tática e emocional. A profissão é perigosa.
É com esse tipo de sujeito: assassino, traficante, estuprador, faccionado, assaltante, e maníacos traiçoeiros de toda ordem que nós PPs lidamos todos os dias em que trilhamos os pavilhões do presídio. A profissão é estressante, tóxica e arriscada. Quem não tem as manhas não entrar não!
Policial Penal, portanto, é um profissional digno e merecedor do reconhecimento social e do Estado. É um servidor empenhado em controlar e manter neutros aqueles que a justiça considera incapazes de viver livres em sociedade, e que o policial penal assume a responsabilidade de controlá-los e protegê-los, porém, como um barril de pólvora, a qualquer momento, o ambiente de trabalho pode explodir, literalmente.
Por Aldejane Pinto, policial penal há quase 15 anos.