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Em encontro com Comitê Global da GCF Task Force, povos indígenas trocam experiências de saberes e ações

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Um grande encontro entre lideranças de povos originários brasileiros e de outros países foi realizado, nesta quarta, 21, na Comissão Pró-Indígena (CPI), na Estrada Transacreana, em Rio Branco, Acre. O objetivo foi o compartilhamento de experiências ligadas à segurança alimentar, preservação florestal e governança.

O evento Rotas, que faz parte da 15º GCF Task Force, levou participantes do evento para diversas localidades do estado, para verem diferentes experiências de sustentabilidade.

A secretária extraordinária de Povos Indígenas e presidente do Comitê Global da GCF, Francisca Arara, foi quem organizou a visita à CPI, pretendendo mostrar projetos bem-sucedidos envolvendo a organização não governamental, o governo do Acre e as comunidades indígenas.

Secretária Francisca Arara foi a anfitriã do evento. Foto: Aleksandro Soares

“O Comitê Global faz parte da Força-Tarefa dos Governadores e estamos aqui na CPI para mostrar a governança e as salvaguardas que nós temos em relação aos povos indígenas, mostrando os desafios e avanços. O objetivo é mostrar como essas políticas podem influenciar na GCF. É preciso um alinhamento para respeitar os territórios e os direitos do povos originários. O Acre tem essa cultura de dialogar e ter a participação das nossas comunidades indígenas”, explicou.

Da Coordenação Executiva da CPI, Vera Olinda recebeu as lideranças indígenas no espaço da ONG na Transacreana, fruto de reflorestamento, e falou dos resultados do trabalho que desenvolve.

Lideranças indígenas participaram do evento. Foto: Aleksandro Soares

“O Centro de Formação dos Povos da Floresta é uma escola. O resultado principal que temos alcançado é dotar os indígenas de conhecimento e ferramentas tecnológicas para a gestão dos seus territórios. O nosso propósito é que os alunos possam debater aqui sobre diversos temas, refletir, analisar, demonstrar aqui e replicar nos territórios. Os nossos modelos de formação contribuem com sistemas e quintais agroflorestais e a criação de aves e peixes para a segurança alimentar das comunidades indígenas”, disse Vera.

Um dos palestrantes para os visitantes foi José Marcondes Puyanawa, da Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (Amaiac). A atividade é fundamental para a preservação das florestas nas terras indígenas e ações ligadas à agricultura sustentável, criação de animais e combate ao desmatamento e queimadas.

“A gente ainda não conseguiu o reconhecimento da nossa categoria pelos serviços que realizou. Mas esse trabalho é de suma importância para a gestão territorial e ambiental dentro dos nossos territórios. A formação dos nossos agentes agroflorestais indígenas acontece aqui na CPI, gerando grandes benefícios para as nossas comunidades”, resumiu a liderança Puyanawa.

A visão dos participantes da experiência Rotas na CPI

Representando a Articulação dos Povos indígenas do Amazonas e a Rede das Mulheres Indígenas, Rosemari, do Povo Arapaço, do Amazonas, considerou os temas debatidos como essenciais.

“O mundo está vivendo um momento de desafios com as mudanças climáticas. E precisamos avaliar, como indígenas, o que estamos fazendo para amenizar essas mudanças que impactam nas nossas vidas. Para a nossa associação, é importante participar desse diálogo, por meio das trocas de experiências. Aqui eu vejo uma ação acontecendo com a participação da juventude, com iniciativas geotecnológicas, que são ferramentas necessárias para o monitoramento nos territórios indígenas”, refletiu.

Visitantes puderam conhecer um pouco mais dos costumes e necessidades indígenas durante a rota. Foto: Aleksandro Soares

O norte-americano Steve Swartzman, do Fundo de Defesa de Meio-Ambiente (EDF), que tem colaborado com projetos para a preservação do meio ambiente no Acre desde os tempos de Chico Mendes, avaliou a importância da troca de experiências na CPI.

“A EDF acha um grande privilégio apoiar não só essa reunião, mas todo o processo de consultas aos povos indígenas, sobre a possibilidade de participarem do programa do Estado do Acre, para receberem recursos pela redução de desmatamento. Eu estive aqui faz muitos anos e me lembro como era esse espaço da CPI antes do projeto de reflorestamento. Essa mudança precisa ser divulgada para o mundo. Assim como a formação de jovens e lideranças indígenas que acontecem aqui. Essa é uma demonstração da resiliência das culturas indígenas”, afirmou Steve.

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