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POLÍCIA

Em relato, filha de Antônia Matos conta os últimos momentos juntas e clama por justiça

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Da redação do Acre News/ Foto: Reprodução

A dor da perda e o sentimento de justiça. Assim pode ser definido o longo relato feito em Rede Social pela jovem Nudymilla Albuquerque, filha única de Antônia Luciana Lima de Matos, de 41 anos, autônoma assassinada supostamente pelo cunhado após uma visita à própria irmã em Rio Branco, na segunda-feira (12).

A mulher que veio de Rondonópolis, no Mato Grosso, para visitar os parentes no Acre ficou desaparecida por três dias. Inicialmente à Polícia, o acusado Diego Marques, confessou o crime e informou o local onde o corpo foi deixado, numa área de mata na BR-364 nas proximidades das 4 Bocas em Senador Guiomard. Antônia de Matos foi encontrada no dia 15. Diego mudou o depoimento horas depois alegando que faccionados teriam confundido Antônia com informante de facção rival.

Ontem (19), Nudymilla quebrou o silêncio e relatou como era a vida de Antônia de Matos antes de ser morta e como foram os últimos momentos juntas.  “Busco cada segundo respostas para minhas perguntas, minha mãe amava viver a vida, uma mulher de fibra, extrovertida, carinhosa. Eu sei o quanto ela me amava!”, escreveu.

No dia que completou uma semana do caso que chocou o estado, a moça descreveu o sentimento de perda. “Hoje faz uma semana que perdi minha amada mãezinha, e não tenho palavras para mensurar o pesadelo que vivi durante esses dias, faz uma semana que sua vida foi arrancada de uma forma tão cruel, a princípio meu coração tinha esperanças daquela última mensagem que enviei “Mãezinha cadê você?” fosse visualizada, logo depois meu coração cheio de angústia juntamente com tudo que eu já estava sabendo me tiraram totalmente a esperança de poder abraça-la”, acrescentou. 

Ainda no relato, Nudymilla reclamou da falta de suporte por parte da Polícia no início das oitivas do caso.  “Todas as evidências eram óbvias, tudo me machucava e eu só orava para encontrar o corpo da minha mãe (…) Começamos nossas buscas por conta própria já que a (POLÍCIA CIVIL) não nos deu suporte nenhum. Cada minuto que passava meu desespero aumentava, imaginava o corpo dela no sol, na chuva. Eu não conseguia dormir imaginando tudo, e quando por fim “ele” foi pego e eu pude vê com meus próprios olhos as marcas de unhas deixando claro que minha mãe lutou pela vida, é quando implorei olhando nos olhos dele para dizer onde o corpo dela estava eu vi o quão frio é aquele homem”, enfatizou.

O ponto auge da publicação da jovem ficou pela cena descrita ao encontrar o corpo da própria mãe, jogado numa área de mata.  “Encontramos seu corpo ali, fazia um dia tão lindo o sol radiante, mas foi o pior dia da minha vida, sinto o cheiro do teu perfume para esquecer-se daquele cheiro. Tudo gerou dor, te encontrar daquele jeito e imagino tudo que você sofreu. Ele nos tirou o direito de velar teu corpo, busco respostas para nossas perguntas, e a principal delas o por quê de ter feito isso com você!”, descreveu.

Após essa passagem, Nudymilla volta às atenções para falar do marido de sua tia, Diego Marques, acusado de ter assassinado a autônoma. “Ele confessou para a polícia militar onde estava o corpo da minha mãe e depois mudou seu depoimento, nada que ele diga ou faça vai mudar o meu desejo por justiça. Temos provas que minha mãe na manhã de segunda ainda estava viva. Nossa advogada já vai entrar com essas provas que não batem com o depoimento dele. Ele não me tirou apenas a minha mãe, tirou a avó do meu filho, tirou a filha de uma mãe que sofre tanto quanto eu”, disparou.

Já finalizando seu relato, a jovem torna a enaltecer o amor pela mãe e pediu justiça. “Seguimos com nossas vidas, pedindo para que a justiça de Deus seja feita. Me pego lembrando-se de tudo que vivemos juntas, da mãe que você foi, e dos sonhos que foram interrompidos, do quanto amávamos se aventurar, todos nossos momentos juntas passam como um filme, infelizmente não tive tempo de agradecer por todo amor e cuidado comigo e com seu neto! te amo, te amo, te amo… Você jamais será esquecida mãezinha!!! Que a Justiça seja feita”, concluiu.

Luciana Lima de Matos foi enterrada no Cemitério Morada da Paz, em Rio Branco, no mesmo dia em que foi encontrada sem vida. Antes, porém, o corpo passou por uma autópsia no Instituto Médico Legal (IML), não houve velório, e o corpo foi enterrado às 10 horas devido às condições cadavéricas.

Segundo a polícia, o acusado pelo crime, Diego Marques, era foragido da Justiça de Rondônia, tem passagens na polícia por vários crimes como homicídio e também estupro. Além disso, ele usava tornozeleira eletrônica, mas tinha rompido o aparelho. Ele permanece preso, segundo a Polícia Civil.

Foto: Reprodução

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