Em sua coluna desta sexta-feira, 12, Valterlucio Bessa Campelo avalia pesquisas e escreve: “Alan com ventos a favor”

Alan Rick com vento a favor

Valterlucio Bessa Campelo

Há alguns dias, após uma pesquisa eleitoral específica para a capital, em que o senador Alan Rick aparece em primeiro lugar, ouvi de um amigo que aquele seria o teto do Alan e daí em diante a tendência seria cair. Ouvi também, e li de alguns analistas, que durante a campanha mesma, o dinheiro derramado e a força das máquinas administrativas – governo estadual e prefeituras, seriam capazes de rapidamente catapultar os outros pretendentes (Mailza e Bocalom) equilibrando o jogo.

Bem sei que alguns dos que homenageiam o derrame de dinheiro nas campanhas públicas o fazem em benefício próprio, ou seja, querem morder uma fatia desse bolo, sei também que o jogo ainda não está com suas peças todas escaladas – falta a definição do status eleitoral do governador Gladson Cameli (pode ser inviabilizado no TSJ), e o cenário nacional pode ter influência pelas bandas do Acre, dependendo dos candidatos à presidência. Quanto ao aludido “teto” do Alan, não creio que saibamos qual é, basta ver os números da pesquisa publicadas hoje.

A pesquisa a que me refiro é essa (VER AQUI), na qual o Alan Rick aparece com 39,8 % seguido de Bocalom com 17,6% e Mailza Assis com 16,8%, mostrando uma larga distância do primeiro em relação ao segundo e terceiro, a rigor, tem mais que a soma dos dois adversários e tendência ascendente. Também é possível ver o crescimento da vice-governadora, que pela primeira vez aparece em empate técnico com o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, cujos números andam recuando, muito provavelmente pela avaliação descendente de sua administração em Rio Branco.

Segundo a pesquisa, Alan Rick ganha em todos os municípios pesquisados, portanto se trata de uma performance sólida, abrangente, bem estabelecida, mercê de seu desempenho como deputado e senador, voltado para temas gerais e complexos como a questão dos médicos formados no exterior, dos resíduos sólidos e do saneamento básico, por exemplo, mas, também, a partir de suas emendas, para setores básicos e populares, com atendimento indistinto a todos os municípios e setores da sociedade.

Além disso, tomemos um dado importante que é a sua baixa rejeição – a menor no grupo pesquisado. Em português claro isso significa que o senador não fez bobagem, não tem o nome preso a qualquer ilícito ou investigação, não abraçou causas equivocadas e, principalmente, mantém coerência com o discurso de campanha, com o eleitor que o elegeu e com o seu partido, do qual sai apenas por força de contingências que não pode controlar. Quer dizer, sem telhado de vidro, a sua capacidade de convencer o eleitor indeciso é maior que a dos concorrentes.

Por outro lado, no contexto da polarização, o seu posicionamento como cristão, homem de direita e apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro tem uma certa elegância, sem perder a firmeza. É dizer que Alan Rick defende Bolsonaro, seu governo, a anistia aos manifestantes de 08 de janeiro etc., mas não cabe naquela caixinha que a esquerda indecentemente criou para nela enfiar seus adversários. Sua condição de candidato ao governo, sem oponentes viáveis do lado esquerdo, lhe permite não exacerbar o discurso e manter-se à direita com clareza e discernimento.

Outro ponto a considerar é que Alan Rick vem de três experiências eleitorais vitoriosas e três mandatos impecáveis, ano a ano reconhecidos por publicações que acompanham o congresso nacional e pelo próprio eleitor que o reelegeu. As campanhas seguidas lhe deram, sem dúvida, lastro emocional e estratégico para conduzir com a frieza necessária seu projeto político.

Some-se a tudo isso, a própria persona do Alan Rick, construída desde os tempos de jornalista. Com uma presença jovem, no auge do vigor físico e intelectual, dedicado intensamente ao seu trabalho tem-se, seguramente, um candidato fortíssimo como proclamam os resultados de todas as pesquisas realizadas até este momento. Serva pedem et eris primus.

Valterlucio Bessa Campelo escreve às segundas-feiras no site AC24HORAS, terças, quintas e sábados no  DIÁRIO DO ACRE, quartas, sextas e domingos no ACRENEWS e, eventualmente, no site Liberais e Conservadores do jornalista e escritor PERCIVAL PUGGINA, no VOZ DA AMAZÔNIA e em outros sites.