Encontro de vereadores com Alan Rick expõe divisão no MDB e pressiona partido a definir apoio para 2026

O recente encontro dos vereadores de Rio Branco — Eber Machado, Fábio Araújo e Neném Almeida — com o senador Alan Rick (Republicanos) acendeu o sinal de alerta no diretório estadual do MDB, que tenta consolidar posição na disputa pelo governo do Acre em 2026. A reunião, articulada por assessores do senador, tratou da sucessão estadual e revelou divergências internas sobre o rumo da legenda.

Neném Almeida afirmou que o convite partiu da equipe de Alan Rick e garantiu que nenhum dos pré-candidatos — Mailza Assis (Progressistas) nem Tião Bocalom (PL) — participou do diálogo. “Não sou candidato ao governo”, esclareceu o parlamentar, ressaltando que o MDB deve apresentar nomes próprios tanto para o governo quanto para o Senado, lembrando o bom desempenho do partido no pleito anterior.

Dentro da sigla, há duas correntes em disputa: uma defende a candidatura independente, e outra sinaliza apoio à chapa formada por Alan Rick e Mailza Assis. “Queremos estar no centro desse debate”, reforçou Almeida, indicando que o MDB busca protagonismo na composição das alianças.

A direção estadual do partido mantém conversas com todas as forças políticas, mas ainda não homologou apoio a nenhuma candidatura ao Palácio Rio Branco. O conselho político do MDB insiste em indicar um nome de vice em alguma das chapas majoritárias, ou disputar uma das vagas ao Senado Federal, argumentando que o partido manteve votação expressiva nas eleições anteriores.

Entre os nomes avaliados estão a ex-deputada federal Jéssica Sales, cotada para uma aliança oposicionista, e o engenheiro Leonardo Melo, que poderia integrar uma composição com a atual vice-governadora. A decisão final deve ocorrer até o próximo mês, quando a legenda pretende sacramentar seu posicionamento e definir o papel que ocupará na corrida eleitoral de 2026.