Samba no pé e a história do Acre na ponta da língua, segundo o ritmo da bateria. Assim o bloco Sambase entra na avenida para o desfile dos grupos de foliões, marcado para 4 de março, em Rio Branco, durante a programação do Carnaval da Família 2025, que reúne governo do Acre, Prefeitura de Rio Branco e iniciativa privada. O desfile dos blocos será realizado na última noite de Carnaval, quando os quatro grupos desfilam na Avenida Getúlio Vargas, disputando o concurso.
E, para que os foliões conheçam um pouco mais de cada um desses grupos, a Agência de Notícias detalha os sambas-enredos de cada um. Eles disputam as quatro colocações, com premiações de R$ 6.375; R$ 5.375; R$ 4.375 e R$ 3.375, além de troféus.
Intitulado “Um grito de liberdade que ecoa na história”, o enredo foi escolhido democraticamente pela comunidade, segundo conta o presidente da Sambase, Isliano Ferreira, mais conhecido por “Sandrinho da Base”.
“O desfile trará a força e a bravura dos seringueiros liderados por Plácido de Castro, celebrando a luta que transformou o Acre em território de sonhos e esperança”, conta.
Com composição de Jullinho Marinheiro, Sandrinho da Base e Neyzão do Cavaco, as vozes que interpretam essa canção, além dos criadores Julinho e Sandrinho, são Agleisson Madureira e Paulo Heverton. Na avenida, serão 300 pessoas no bloco, sendo 50 na bateria e três carros alegóricos.
O bloco, que nasceu em 1978 no bairro da Base, em Rio Branco, reúne três títulos no currículo, tendo sido o campeão de 2023, e está confiante na vitória. (Ouça o samba-enredo clicando aqui)
Confira a letra completa:
Escorre o suor no rosto do seringueiro
Valente guerreiro veio pra desbravar
No coração da floresta, o sonho brilha no olhar
Cansado da opressão, para a Bolívia o povo disse não.
Chora, seringueira,
Começou a revolução, Plácido veio para comandar as batalhas.
Em Puerto Alonso, a vitória conquistada
O Tratado assinado
Pátria amada, mãe gentil, o Acre foi comprado pro Brasil
Mas essa história também teve um triste fim:
Vinha montado em seu cavalo, foi emboscado; Plácido foi tombado.
A estrela altaneira, representante nossos heróis,
Trêmula nossa bandeira
Hasteada noite e dia no calçadão da Gameleira.
Vem na pancada, bateria, bate forte esse surdão.
Vamos juntos na avenida, salve a revolução.
Sambase entoa no seu canto,
Bato no peito com orgulho: sou acreano!
Ecoou na selva o grito de um povo guerreiro,
Que derramou seu sangue de herói pra esse chão ser território brasileiro.
Ecoou na selva o grito de um povo guerreiro,
Que derramou seu sangue de herói pra esse chão ser brasileiro.