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GOSPEL

Entenda de forma definitiva quem é Jesus para os judeus

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As diferenças entre o cristianismo e o judaísmo em relação às crenças sobre Jesus são profundas e têm raízes históricas que moldaram as tradições e práticas de ambas as religiões. Essas diferenças frequentemente resultam em tensões e mal-entendidos, especialmente em locais de significância religiosa compartilhada, como Jerusalém.

Jesus no Cristianismo

Para os cristãos, Jesus Cristo é o Messias, o Filho de Deus, enviado para salvar a humanidade dos seus pecados. O cristianismo baseia-se nos ensinamentos de Jesus, registrados no Novo Testamento da Bíblia. Jesus é visto como o Salvador, cuja morte e ressurreição são fundamentais para a fé cristã. Os cristãos acreditam que através do sacrifício de Jesus, eles têm a promessa de vida eterna e a reconciliação com Deus.

As principais celebrações cristãs, como o Natal e a Páscoa, comemoram respectivamente o nascimento e a ressurreição de Jesus. A figura de Jesus é central na prática e na teologia cristã, sendo reverenciado como divino.

Jesus no Judaísmo

No judaísmo, Jesus é visto de forma muito diferente. Para os judeus, Jesus não é o Messias nem o Filho de Deus. Alguns o reconhecem como um profeta ou um mestre (rabino), mas ele não ocupa um lugar central na fé judaica. O judaísmo ainda aguarda a vinda do Messias, que, segundo suas crenças, trará uma era de paz, reconstruirá o Templo de Jerusalém e reunirá todos os judeus na Terra Prometida.

A fé judaica baseia-se nos ensinamentos do Tanakh (o equivalente ao Antigo Testamento cristão) e na tradição rabínica, sem incluir os escritos do Novo Testamento. As práticas e rituais judaicos, como as festividades de Páscoa (Pessach), Yom Kipur, e o Shabat, são focados na história e nas leis do povo judeu, sem a figura de Jesus como parte dessas observâncias.

Conflitos e Tensões

As divergências de crença entre o cristianismo e o judaísmo têm sido fonte de tensões históricas. Em locais como Jerusalém, essas diferenças podem se manifestar de forma mais intensa. O Muro das Lamentações, um dos locais mais sagrados do judaísmo, é um exemplo de um espaço onde as sensibilidades religiosas são particularmente elevadas. Tentativas de pregação cristã nesse local podem ser vistas como uma falta de respeito ou uma provocação pelos judeus, que consideram o espaço exclusivamente dedicado às suas práticas religiosas.

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