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ARTIGO

Entre as personalidades do Juruá, Ere Hidson encontra dona Renê, viúva do ex-deputado Francisco Thaumaturgo

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Dona Renê Assis Thaumaturgo, professora aposentada, nascida em 1927 no dia de Santo Reis, 6 de janeiro, é uma personalidade do Vale do Juruá. A história dar a ela lugar de honra, ainda mais pelo marido com quem conviveu por mais de meio século. Ele é Francisco Thaumaturgo, ex-deputado estadual, já falecido.


Dona Renê conta que, por ironia do destino, conheceu o odontólogo Thaumaturgo, o “Chicó”. Primeiro, de cara, achou ele antipático, mas, como se diz no popular: julgou o livro pela capa. “Ou seja, não conhecia o homem, mas fui ao consultório acompanhar uma amiga, fui abordada por ele, que disse: não paga pra entrar, só pra sair. Eu respondi, pois nem pago pra entrar, nem pra sair, pois vou esperar minha amiga aqui fora”, conta, bem humorada. O dentista dela era outro, o Dr Emiliano, lembra. Mas foi tudo da boca pra fora, de ambas as partes. O negócio terminou foi em casamento. Em 1944, plena Segunda Guerra Mundial, os dois disseram sim diante de um religioso em Cruzeiro do Sul.


Juntos, dona Renê e o ex-deputado Thaumaturgo geraram uma prole de gente boa e inteligente. São eles:

  • Dion Assis Thaumaturgo (im memorian);
  • Francisco Thaumaturgo Filho (im memorian), funcionário público, ex-presidente da Teleacre;
  • João Thaumaturgo Neto, funcionário público;
  • Weber Assis Thaumaturgo, professor;
  • Felner Assis Thaumaturgo, economista e formado em Direito;
  • Graça Maria Assis Thaumaturgo, professora ; e
  • Eile Maria Assis Thaumaturgo, pedagoga.


Sobre o marido ela conta que a convite do então professor José Augusto de Araújo, que viria a ser o primeiro governador eleito do Acre, em 1964 destituído do cargo pelo regime militar, pra ser candidato a deputado estadual pelo PTB, Thaumaturgo acabou eleito e reeleito para cumprir dois mandatos e dar sua contribuição na parte bonita da história do Acre. Saudosa, a viúva lembra da festa que era a política, mesmo em um período do bipartidarismo. “Era tudo muito saudável, no sentido de ter até as torcidas organizadas de cada partido, como se fosse torcidas de clube de futebol, mas uma coisa que destaca: o respeito que as pessoas tinham pelas outras. Era um ambiente saudável onde moças, rapazes, homens, mulheres, idosos, crianças, todos participavam. Tempos bons”, rememora.

Ex-deputado estadual Francisco Thaumaturgo, marido de dona Renê


Vivendo em Rio Branco há 61 anos, dona Renê esbanja simpatia, alegria e, sobretudo, lucidez no alto de seus 96 anos. Alega sentir muita saudades de sua cidade natal, Cruzeiro do Sul. “Amigos lá deixei, saudades eu senti partindo”, diz ela, parafraseando o cantor e compositor Roberto Carlos.


Em sua longa lista de amigos, deu destaque a alguns, mesmo correndo risco de cometer alguma injustiça. E vai citando: Celene Lourenço, professora; Odaísa, professora; Analia, casada com o Nilson Negreiros.


Se tem uma coisa que faz bem a dona Renê é receber visitas de pessoas desconhecidas dela, que dizem: “Oh, dona Renê, lembra de mim?… que bom que tô vendo a senhora tão bem aos 96 anos. Me sinto feliz por isso, pois se tenho algum inimigo, não o conheço”, diz. Francisco Thaumaturgo, o Chicó, seu marido, outra lenda do Juruá, faleceu em 2013 aos 99 anos.

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