A Federação de Teatro do Estado do Acre, FETAC, comemorou a semana do teatro, no último dia 31 de março, com várias live’s, onde todos os grupos filiados participaram com uma peça em comemoração a semana do teatro. Na oportunidade tambem homenagearam João Veras, que é musico, escritor, diretor teatral, autor de peças e dramaturgo, além de Eloy de Castro, acreano por opção, músico, instrumentista, cantor e compositor.
Mas a homenagem mais emocionante com certeza foi a destinada ao professor Elias Júnior, instrumentista, cantor intérprete, chefe regional dos escoteiros, fundador do grupo Quinteto de Ouro, grupo musical que foi o maior sucesso na década de 70.
Dinho Goncalvez e Marilia Bonfim, comandaram a live, onde os músicos Tony Ferreira e Baby, fizeram uma justa homenagem ao professor Elias. Tony, Leonel e Elais tocarem juntos por quase uma década. “Nossos sentimentos à familia”, disse Tony ao Acrenews, uma das pessoas mais ligadas ao mestre Elias, que perdeu a vida na semana passada para a Covid-19.
Ao receber o diagnóstico de câncer, em março de 2020, quando a pandemia do coronavirus explodia no mundo, a apresentadora de TV e pastora evangélica Chrísna da Silva Lima Oliveira, 37 anos, a Chrisna Lima, viu seu mundo em vertigem. O sorriso mais rasgado da televisão acreana, a voz límpida e aguda, além da autoestima da pastora que prega como um João Batista no deserto, desmoronaram numa concatenação de orquestra sinfônica. “Veio o pânico”, conta ela, um ano depois, bem mais relaxada e certa de que a vitória está chegando.
Numa conversa por telefone com o Acrenews, Chrisna Lima, que já voltou as atividades na imprensa, onde ela é uma das top de linha, contou pequenos trechos de sua história de vida. Como começou na imprensa, a faculdade, a vida de pastora e, por fim, avalia, como profissional e pastora, o que vai ser o mundo depois do câncer na tireoide e da pandemia do coronavirus.
Vamos ao nosso bate-papo:
Acrenews – Quem é a Chrisna Lima? Onde nasceu e onde se formou jornalista?
Chrisna Lima – Sou de Rio Branco, nasci em Rio Branco, Acre. Me formei em jornalismo na Ufac. Sou a primeira mulher a se formar na faculdade federal.
Acrenews – Quando pintou na sua cabeça essa ideia de jornalismo, de televisão?
Chrisna Lima – Na verdade, jornalismo foi a minha segunda opção de faculdade. Queria muito fazer psicologia, porém não tinha dinheiro na época para pagar a faculdade particular e só tinha o curso de psicologia em faculdade particular. O mundo perdeu uma psicóloga, mas ganhou uma jornalista (sorriso). Aí no decorrer da universidade logo me encantei com o jornalismo de TV. Logo eu sempre sonhei em apresentar aquele tradicional jornal da noite onde a família senta na frente da TV para poder se informar das notícias do dia. Sempre projetei isso para minha vida profissional.
Acrenews – Mas você deve ter sido incentivada por alguém para entrar nesse negócio de jornalismo. Quem, quem…?
Chrisna Lima – Por incrível que pareça, as pessoas que mais me incentivaram na profissão foram os meus colegas cinegrafistas. O Jean Antônio, da TV Rio Branco, o Francisco Teixeira (Chico Galo), também da Rio Branco, e o Jessé Moreno, da TV 5, falavam todo dia nisso. Eles foram essenciais na minha profissão, sempre dando força para produzir o melhor material. Sou muito grata a eles.
Acrenews – Você acaba de vencer um câncer. Você tem problemas para tocar nesse assunto? Que drama foi esse que você viveu, menina?
Chrisna Lima – Nenhum. Na verdade eu ainda estou no caminho para vencer o câncer. Recebi o diagnóstico da doença no início da pandemia, em março de 2020. Junto com o diagnóstico veio o medo o pânico de nunca mais poder ter uma vida normal como eu tinha antes. Tive medo de perder cabelo, ficar sem ter condições de me mover em cima de uma cama, tive medo de ficar debilitada com os tratamentos, tive medo de perder o emprego, deixar de trabalhar devido às condições físicas e, principalmente, não poder viver o que eu tinha planejado. Com o passar do tempo e mais esclarecimentos sobre a doença, um câncer de tireóide, passados pelos meus médicos, percebi que era possível vencer o câncer e ter uma vida quase que normal.
Acrenews – Quando terminará essa batalha?
Chrisna Lima – Neste próximo mês de maio vou passar pela última etapa do meu tratamento, que é a iodoterapia, uma espécie de quimioterapia bem mais leve, onde pode acabar completamente com qualquer recurso de célula cancerígena que ainda estiver no meu corpo.
Acrenews – Você é pastora, ministra mensagens incríveis – eu já ouvi. Essa sua vida com Deus, seus recursos espirituais, tem sido importante nessa luta contra o câncer?
Chrisna Lima – A fé foi e ainda é muito importante na guerra contra esta doença. Foi através da fé que eu consegui ter esperança de dias melhores depois de ter ficado sem chão.
Acrenews – Essa doença deve ter lhe proporcionado momentos de absolutas experiências espirituais, momentos fortes com Deus. Como tem sido isso?
Chrisna Lima – Tenho vivido experiências de milagres em minha vida. Quando fiz a cirurgia, em 30 de novembro de 2020, para a retirada da tireóide, com esvaziamento cervical, uma das sequelas que poderiam me acomopanhar era perder a voz por seis meses a um ano. E o milagre que eu vivi foi justamente esse: fiquei sim sem voz, só que pelo período de sete dias. Totalmente impossível de acontecer devido a gravidade da minha cirurgia. A previsão era a voz retornar ao normal de 3 a 6 meses. Fiquei, sim, com a voz rouca e fraquinha, mas foi por 7 dias apenas.
CHRISNA LIMA NA INFÂNCIA
Acrenews – Depois de uma experiência dessas o que você enxerga para a frente em relação a sua carreira e em relação a vida como um todo, também depois da pandemia?
Chrisna Lima – Eu não sei te responder sobre meu futuro no jornalismo. Na verdade estou extremamente realizada de chegar onde cheguei. Foi o que eu sempre sonhei e planejei para minha vida profissional, então daqui para frente o que vier já estou extremamente satisfeita. Eu só tenho gratidão a todos os meus colegas de trabalho, de profissão, que todos os dias continuam me enviando mensagens de apoio e de fé.
O músico acreano Alberan Morais lança hoje (10) às 20 horas no seu canal no You Tube o documentário “Alberto Lôro com emoção”. O documentário foi financiado pela Lei Aldir Blanc, Governo Federal através da Fundação Elias Mansour-FEM e Governo do Acre.
A obra narra a história musical de um dos mais brilhantes artistas cruzeirenses como também destaca seu legado deixado por este brilhante músico às futuras gerações buscando depoimentos de ativistas culturais, amigos, parentes e de pessoas simples, propondo uma dialética de melhor compreensão da vida e da obra deste talentoso músico que encantou gerações.
A proposta do trabalho é centralizada na manutenção da memória e da história de um cantor acreano que deixou muita poesia, amor e identidade regional na sua obra, sempre retratando seu lugar e valorizando suas origens.
O documentário dirigido pelo cineasta Adalberto Queiroz e editado por Enilson Amorim estará sendo exibido hoje através deste link: https://youtu.be/4w7QX7q_ufQ
Logo após a exibição do documentário, Alberam Morais juntamente com o cineasta Adalberto Queiroz, estará realizando uma Live no seu canal para falar sobre este lindo trabalho que visa homenagear seu irmão falecido em 2019. O bate-papo será mediado pelo historiador Enilson Amorim.
O deputado federal Alan Rick (DEM), que é jornalista e escritor, escreveu um poema para o filho Pedro, recém-nascido. Pedro veio ao mundo em meio a um drama grego: a mãe, Michele, com Covid, precisou ser submetida a um parto de emergência. Os médicos só tinham essa alternativa para salvar mãe e filho. A seguir o poema:
Chegaste assim, de repente Como uma notícia alvissareira E assim, maravilhosamente! Meu coração virou fogueira!
Mas aprouve a Deus nos provar Ante a enorme tribulação Mamãe pela vida, a lutar E anjos conosco em oração
Os dias pareciam durar Anos de sofrimento Mas a fé que a dor ia passar Era nosso maior sentimento
E Deus que é tão justo e bondoso Tanta gente a suplicar… Com seu amor grandioso Mamãe voltou a respirar
Juntos fomos te buscar Pra realizar esse sonho Pra sempre cuidar e amar E fazer nossos dias risonhos.