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GERAL

“Eu quero devolver a autoestima do povo xapuriense”, diz prefeito Maxsuel, o político que acabou com o último reduto petista no Acre

Publicado

em

Jorge Natal, especial para o AcreNews

Xapuri, cujo nome homenageia um dos povos originários, os Chapurys”, é um dos locais mais fascinantes da Amazônia. De suas paisagens exuberantes, da opulenta riqueza nos tempos áureos da borracha, que lhe deu o título de “A Princesinha do Acre, passando pelo palco de lutas sociais, com projeção internacional, é um dos lugares que mais se ressente de uma administração proativa e consequente. O local foi castigado pela corrupção, pelo clientelismo e pelo extremismo político.

Mesmo estando situada em uma das regiões mais prósperas do Acre, em se tratando de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), é um dos piores municípios da Região Norte e metade de sua população vivia abaixo da linha da pobreza. Sem contar que a cidade parecia ter sido bombardeada e boa parte da população vivia com a sensação de quem teve até a esperança roubada. Era o retrato do caos.

O assistencialismo e a politicagem criaram um parasitismo à custa do erário. Os “benefícios” criavam vínculos de dependência mútua, ou seja, o munícipe tinha o pedido atendido e os prefeitos mantinham o domínio político sobre ele. Mas agora isso faz parte do passado. Uma nova forma de governar começou com o prefeito Maxsuel Maia, de 39 anos, o político pôs fim ao último reduto petista no estado. “O nosso lema é ouvir a população, tratar com respeito o dinheiro público, inverter prioridades e atender de forma coletiva”, enumerou o alcaide.

Formado em História e Direito, ele já foi policial penal e advogado na área criminal. “Eu estou prefeito por causa de um único propósito, que é servir a população”, destacou ele, que quer colocar o município na rota do desenvolvimento. “Temos recursos naturais abundantes, terras férteis, uma localização estratégica e estamos vivendo um boom de desenvolvimento, cujo o principal responsável por isso é o governador Gladson Cameli”, assim concebe Maia.

Em seu gabinete, ele recebeu a nossa reportagem para falar dos primeiros sessenta dias de sua gestão, do novo momento em que vive o Progressistas, da ética na política e do resgate da autoestima do povo xapuriense. “Iremos governar de mãos dadas com a população e, num médio espaço de tempo, seremos uma referência para a Região Norte”. Vejam os principais trechos entrevista:

O Acre News – O senhor foi um advogado bastante atuante. Como a política entrou na sua vida?
Maxsuel Maia – Foi por gratidão. O meu pai adoeceu e o deputado Manoel Moraes viabilizou uma vaga de UTI para ele. Na eleição seguinte, eu procurei o deputado e o filho dele para declarar apoio. Depois da eleição, o Manuel Morais me convidou para ser o chefe de gabinete dele. E aí criamos vínculos políticos, tínhamos causas e colocamos todas as nossas energias para ajudar os acreanos, principalmente o povo da minha região. Ao término do mandato, fizeram-me a proposta para ser candidato a prefeito, eu aceitei e ganhei uma eleição acirradíssima.

O Acre News – O senhor pode explicar como foi essa disputa?
Maxsuel Maia – Eu concorri contra o ex-deputado, Antônio Pedro (UB), e também contra o candidato do PT, o professor Erivelton Soares. Foi uma eleição extremamente difícil. Ganhamos do candidato da esquerda por 152 votos. Tiramos 36,48%, o professor Erivelto obteve 35,02% e o Antônio Pedro 28,50% dos votos válidos. Esse resultado não poderia ser diferente. Somos um município tradicionalmente petista, com o candidato deles sendo beneficiado pela máquina. Todos sabemos que é difícil derrubar quem está na cadeira. Nós desbancamos o último reduto do PT no Acre. Ah, e o outro candidato tirou uma votação muito próxima da gente.

O Acre News – O que o senhor fez para ganhar as mentes e os corações dos eleitores?
Maxsuel Maia – Nós propusemos uma mudança, uma renovação nos procedimentos políticos e administrativos. Também levamos propostas para alavancar a nossa economia, notadamente a agricultura familiar. Todavia, o carro-chefe dos nossos discursos foi levar esperança para o xapuriense, que estavam andando de cabeça baixa, ou seja, com a autoestima baixa. Dissemos, também, que a política não é para servir aos nossos egos ou às nossas ambições. A nossa gestão está cuidando das pessoas e construindo o futuro.

O Acre News – Como o senhor avalia esses primeiros sessentas dias de trabalho?
Maxsuel Maia – Todo início de trabalho é complexo. Mas o nosso foi pior porque não houve transição administrativa. Fomos vítimas de um estelionato político, administrativo e eleitoral. A gestão publicou o decreto da transição, mas só aconteceu uma única reunião. Eles não entregaram os dados, os números e as estatísticas, ou seja, as informações sobre os atos e fatos administrativos. Recebemos o cargo às cegas. Esse foi o deserto que tivemos que atravessar. Porém, já colocamos a casa em ordem, principalmente garantindo os serviços essenciais. O que nos ajudou a cruzar esse deserto foram as parcerias, sobretudo com o governo estadual, intermediado pelo deputado Manoel Moraes, que é o nosso grande abridor de portas.

O Acre News – Como o senhor vai colocar o município na rota do desenvolvimento econômico, uma vez que Xapuri integra a região mais próspera do Acre?
Maxsuel Maia – Primeiramente, eu sou um abençoado por chegar à prefeitura neste exato momento. Os sonhos da nossa gente estão se tornando realidade: a ponte da Sibéria, a estrada da variante, o início da construção de cem casas populares; temos um convênio para construir mais cinquenta moradias e mais dez habitações, em uma parceria com a Defesa Civil. Vamos ter a construção do novo hospital, do novo quartel do PM e da nova sede do Ministério Público. Vamos ter esse boom na construção civil, que gera emprego e renda. No entanto, o desenvolvimento pleno passa pela agricultura, destacadamente a familiar. Precisamos fortalecer as culturas vocacionais como a da mandioca, da banana e das hortaliças. Além disso, precisamos fomentar as que estão se instalando como o café, o cacau, a pimenta-do-reino e o colorau. Vamos disseminar o empreendedorismo rural, fazer gestões e parcerias para a legalização fundiária para haver acesso a créditos e ajudar na destoca e gradeação. Assim, e somente dessa forma, a nossa economia pode ser alavancada. Num futuro próximo, iremos inaugurar, através de cooperativas e de uma política agrícola, as sonhadas agroindústrias.

O Acre News – Vamos mudar de assunto. Na história política do Acre, nenhuma agremiação partidária conseguiu alcançar o que o Progressista alcançou. Como e por que aconteceu esse crescimento vertiginoso?
Maxsuel Maia – Foi o caminho que o partido tomou, principalmente sob a liderança do governador Gladson Cameli, que representa uma forma exemplar de fazer política e de administrar. O povo do Acre rejeita aquele modelo extremista, crônico e autoritário, que foi exercido pelo PT e o clã dos Viana. O Gladson é humano, carismático, aglutinador e democrático. Ele conseguiu colocar o Progressistas em outro patamar. Além disso, é querido e admirado pela população. Por fim, o nosso governador é um fenômeno. E o governo dele cuida e melhora a vida das pessoas.

O Acre News – É possível fazer política com ética?
Maxsuel Maia – É necessário. Eu não precisei desconstruir ninguém para ganhar as eleições. Falei que queria reconstruir Xapuri e melhorar a vida da nossa gente. Vamos cumprir todos os nossos compromissos de campanha. Por causa disso, fizemos um plano de governo exequível. Eu sou um sujeito do bem, otimista, trabalhador e estudioso. Tenho propósitos e acredito neles. Eu acordo cedo e durmo tarde para tornar os meus objetivos em realidade. Eu gosto de pessoas, gosto de cuidar de gente. Dizem que tenho eu tenho um perfil moderado, aglutinador e conciliador. Sabedoria e humildade: é isso que eu peço a Deus todos os dias.

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