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Ex-governador Edson Cadaxo é, também, uma personalidade do Juruá; Ere Hidson conta a história

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Filho de Zeferino Simões Cadaxo e Maria Ezalta Cadaxo, de Aracati, Ceará, nascido em 23 de janeiro de 1920 em Boca do Acre, Amazonas, Edson Simões Cadaxo casou-se com Luiza de Lima Cadaxo, conhecida como dona Lily, acreana de Cruzeiro do Sul.

Edson Simões Cadaxo, personagem do Juruá e do Acre, na foto tomando posse como governador do Acre, ladeado pelo presidente da Aleac, Raimundo Sales, e pelo presidente do TJ-Ac, desembargador Feliciano Vasconcelos

Da união entre Edson Cadaxo e Lili nasceram Edson Simões Cadaxo Filho (in memorian), que era concludente do curso de Medicina em Portugal, estava de férias no Acre, em 1973 quando de maneira prematura, brutal covarde e gratuita, sua vida foi ceifada, quando se confirmava que ocuparia o lugar do pai na política em 1974.

Durante a posse, recebe os cumprimentos do então senador eleito Nabor Júnior

Vieram também Joiceli Cadaxo Feitosa Lima, professora e funcionária aposentado da Assembleia Legislativa do Acre, ex-secretária de Estado de Assistência Social do Acre no governo Jorge Viana, além de Joicemeire (in memorian); Joicelene Cadaxo Nazario, nutrologa aposentada, Edilson Simões Cadaxo Sobrinho, graduado em Engenharia Química pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1981), e mestre em Geoquímica pela Universidade Federal Fluminense (1994), doutor em Geociências (Geoquímica) pela Universidade Federal Fluminense (1999), com pós-doutorado em Geoquímica Ambiental pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto – Portugal (2013). Foi Secretário da Casa Civil e secretário de de Infraestrutura (SEINFRA), secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (SEDUMA), secretário de Planejamento e Coordenação (SEPLAN) r exerceu ainda os cargos de presidente da Companhia de Saneamento do Estado do Acre (SANACRE) e da Companhia de Eletricidade do Estado do Acre (ELETROACRE). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Acre. Tem experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em balanços globais de matéria e energia e química ambiental.

Nosso personagem, Edson Cadaxo, pai dessa turma boa, sentou praça na Polícia Militar do então Território do Acre, em 1938, com 18 anos idade.

Destacado para Brasileia, marco da fronteira Brasil com a Bolívia, tornou-se cabo e sargento.

Cometeu uma imprudência nesse período, mas, nada que desabonasse a sua integridade. Mas, como forma de punição, foi transferido para Cruzeiro do Sul, pelo coronel Fontenele de Castro, comandante da época.

Chegando em Cruzeiro do Sul, sendo um tipo galã, conheceu a enfermeira Lili Cadaxo, com quem casou-se e formaram essa grande família.

Com os rendimentos de Sargento dele e os rendimentos dela de enfermeira, davam um valor considerável na época e começaram na atividade comercial, com armazéns de borracha e aviamentos em Cruzeiro do Sul.

Passagem interessante desse período dessa atividade comercial, em 1962, uma comitiva de empresários de Cruzeiro do Sul, foram a Belém-PA, entregar as borrachas, destaca-se os empresários dessa comitiva Antônio Parente, Gabriel Arcanjo e Antônio Quirino.

Era época de Copa do Mundo no Chile, exatamente na semifinal contra a Tchecolosváquia. Transmitida para Cruzeiro do Sul, por rádio a pilha, quando entra um plantão do Reporter Esso dando conta que o vôo da PANAIR que vinha de Belém e Manaus para Cruzeiro do Sul, tinha caído e não havia sobreviventes.

Um clima de muita tristeza e desolação tomou conta de Cruzeiro do Sul.

No dia seguinte, chega Edson Sidour, telegrafista em Cruzeiro do Sul, aos gritos de felicidade: Lili o Cadaxo está vivo.

Ou seja, ele fez bons negócios com a borracha e foi festejar, perdendo o referido vôo.

Por trás de um grande homem sempre há uma grande mulher. No caso dele, dona Lily Cadaxo, amiga de infância de José Augusto de Araújo, primeiro governador eleito do Acre Estado.

José Augusto estimula Cadaxo a entrar na política, tendo sido vereador em Cruzeiro do Sul terminando como o mais votado, na primeira legislatura em 1963, juntamente com Euclides Queiroz, Ibrahim Murad, Osvaldo Lima e Geraldo Maia.

Já em 1966, foi eleito para o primeiro mandato de deputado estadual.

Destaca-se que todas as eleições do mandato que teve de deputado estadual, ele sempre já vinha eleito de Cruzeiro do Sul, mesmo tendo boas votações em Rio Branco e também em Brasileia.

Era do PTB de José Augusto de Araújo, mais tarde, já na fase de deputado, foi para o MDB.

Foi duas vezes presidente da Assembléia Legislativa. Alias, foi o primeiro presidente da casa a fazer oposição ao regime militar no Acre.

Destaca-se que Edson Cadaxo candidatou-se em 1966 em Cruzeiro do Sul, para fazer uma frente e dar sustentação a candidatura de Adalberto Sena para o Senado, porque ele iria concorrer com Edgard Cerqueira, que foi o interventor, depois que depuseram José Augusto de Araújo.

Já em 1986, venceu uma convocação extremamente acirrada dentro do PMDB, para ser vice-governador na chapa de Flaviano Melo.
Venceu por um voto na disputa com Osmir Lima.

Cadaxo 47×46 Osmir Lima.
Tornou-se vice-governador e depois ficou como governador por 11 meses e 11 dias, por força da legislação da época.

Feitos do Governo Cadaxo em 11 meses e 11 dias: Foi o primeiro governador a fazer avenidas de mão-dupla no Acre, saindo da AABB até a ponte do São do São Francisco, próximo a Ufac.

Gastava-se cerca de 40 minutos do Aviário a Ufac por exemplo.

Também fez a primeira parte da BR até Sena Madureira, que deu condição de tráfego o ano inteiro de inverno a verão.

Também havia problemas nas pontes pra Brasileia, que eram em madeira e no inverno, caiam.

Cadaxo fez as pontes em Alvenaria que estão até hoje.

Outra grande coisa que fez foi não deixar o BANACRE ir a falência em seu Governo.
Ainda fez o conjunto Universitário, etapa três.

Também levou o Corpo de Bombeiros Militar para Cruzeiro do Sul e tantas outras obras sociais, sobretudo nas ações de Dona Lily Cadaxo, que tinha louvor em servir as pessoas, sobretudo aqueles que mais precisavam.
Lily foi uma conhecida enfermeira, filha, esposa, amiga, mãe de cinco filhos e mãe de uma legião de agregados que, de maneira muito solicita e altruísta, sempre encontrava nela um acolhimento. Também foi muito amiga de Dona Beatriz Cameli, outra grande mulher do Acre, viúva de Orleir Cameli.

Portanto, ela foi o esteio dessa grande construção, para o sucesso de seu esposo, Edson Simões Cadaxo e toda sua família.

Jorge Viana o definia como “experiente, leal confiável e, sobretudo, aglutinador”

“Meu vice foi um conselheiro e um sábio que orientou na direção das boas decisões governamentais”, disse o ex-governador.

Portanto, estamos homenageando um ícone da vida pública do Estado, um cidadão cuja história incorpora o melhor de nossa identidade.

Essa entrevista foi concedida pelos filhos Edilson e Joiceli Cadaxo, que nos contaram, entre outras, ser a família Cadaxo no Brasil, se deu origem no Ceará, mas que as coincidência da vida, foi possível ter contato com outras ramificações da família.
Joiceli Cadaxo, estudou em colégio interno de freira, no Rio de Janeiro. Certa feita, a Freira desse colégio cruzou o nome/sobrenome com de outra aluna. Por coincidência, chegaram a conclusão que eram da mesma família e a moça chama-se Vera Cadaxo.

Ainda tiveram contato os primos bem sucedidos no Rio de Janeiro, Osvaldo Cadaxo, Otacilio Cadaxo e Joaquim Cadaxo, primos em Primeiro Grau do Governador Cadaxo.
Depois que Osvaldo Cadaxo faleceu, perderam contato novamente com essa parte da família.

Anos mais tarde quando Edilson Cadaxo foi presidente da SANACRE, fez amizade com Edson Molina Bello, que era presidente da companhia de saneamento do Rio Grande do Sul.

Um dia no Rio de Janeiro, Bello foi jantar em um restaurante, gostou tanto da comida, que pediu um cartão pra indicar a amigos.

Nesse cartão veio o nome Cadaxo; ele mandou a Edilson Cadaxo, que quando foi fazer o mestrado e doutorado no Rio de Janeiro, foi lá no restaurante e conheceu a outra parte da família.

Isso em 1993, ainda tinha o primo em primeiro grau de seu pai vivo, Otacilio, que informou que tinha mandado fazer a Árvore Genealógica da família Cadaxo, e constatou que a família tinha aquela época, 527 anos, da Grécia, portanto o Cadaxo é um nome Grego.

O bisavô do Governador Cadaxo aportou no Ceará, e foram construindo a família.

O Zeferino que era da parte da Grécia, Casou-se com a Maria Ezalta Cadaxo, e tiveram 3 filhos; Edson Cadaxo, Francisco Cadaxo e Edilson Cadaxo.

Portanto, essa família de qrmadores gregos tem cerca de 550 anos.

Cadaxo com o grupo de secretários que escolheu para sua gestão
Cadaxo com dona Lily e os filhos Edilson, Joiceli e Jocilene
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