POLÍCIA
Ex-PM que ‘pregou’ suspeito em assoalho e acabou expulso tenta voltar aos quadros da Polícia Militar
Quatro anos e sete meses depois de ser excluído da Polícia Militar do Acre, o ex-cabo Ângelo Gleiwitz, Moreira, tenta retornar à corporação.
A defesa do ex-policial, ingressou com um recurso, pedindo a anulação da decisão do Conselho de Disciplina da Polícia Militar, que resultou na exclusão do réu.
O ex-cabo foi expulso das fileiras instituição militar, em 29 de março de 2019, após ser condenado em dois processos pelo crime de tortura a quase 17 anos de prisão.
Os advogados alegam, que na decisão, que resultou no desligamento do então militar, não houve o direito ao contraditório e a ampla defesa.
Além disso, segundo os defensores, não foi levado em consideração a existência de laudos psicológico e psiquiátrico que apontam a existência de doença incapacitante ao trabalho militar.
Ainda, segundo o recurso, a doença foi adquirida durante sua atividade policial.
Ao analisar o pedido a Juíza de direito Luana Campos solicitou, à 3º Vara Criminal, cópia do laudo do incidente de insanidade mental, realizado no ex-policial.
Após a chegada do documento, será dada vista ao Ministério Público e a defesa e, depois o processo estará conclusão para a decisão.
Em dois processos, o ex-policial foi condenado a 16 anos e 10 meses de prisão, ambos pelo crime de tortura.
Em um dos casos Ângelo Gleiwitz foi condenado, juntamente com outros PMs, por pregar um suspeito de furto no assoalho de uma casa.
O crime ocorreu na região do Preventório em Rio Branco. Gleiwitz foi sentenciado também, por obrigar uma vítima, baleada, pular de uma ponte no Rio Acre.
Os dois casos foram denunciados pela Promotoria de Controle Interno da Atividade Policial do Ministério Público do Acre.