SAÚDE
Exageros nas festas: como o corpo reage ao excesso de comida e álcool, alerta nutricionista
Docente da Afya Cruzeiro do Sul explica os impactos imediatos da sobrecarga alimentar e alcoólica e orienta sobre recuperação segura, após episódios comuns no fim de ano
Excessos à mesa são quase uma tradição nas festas de fim de ano, mas o impacto dessa combinação de comida pesada e álcool em curto espaço de tempo pode ser maior do que as pessoas imaginam. A nutricionista e docente da Afya Cruzeiro do Sul, Débora Elis, explica que o organismo entra em um verdadeiro estado de esforço quando recebe um volume muito grande de alimentos ricos em gordura, açúcar e sal, somado ao álcool, que exige prioridade absoluta do fígado.
Segundo ela, o estômago precisa se dilatar além do habitual para comportar a refeição, o que desacelera a digestão e favorece refluxo, azia e sensação de peso. “Quando exageramos, o corpo tenta dar conta de várias demandas ao mesmo tempo. O estômago trabalha mais, o pâncreas aumenta a liberação de insulina e o fígado desvia energia de outras funções para metabolizar álcool e gordura”, afirma Elis.
Sintomas que indicam sobrecarga
Entre os sinais físicos mais comuns estão estufamento, dor abdominal, cansaço acentuado, dor de cabeça, aumento da sede, inchaço e alterações intestinais nas horas seguintes. O conjunto de sintomas, explica a professora, mostra que o sistema digestório está temporariamente acima do limite. “É o corpo pedindo pausa. Esses desconfortos indicam que o metabolismo está tentando restabelecer o equilíbrio o mais rápido possível”, comenta.
A recuperação costuma levar de 24 a 72 horas, podendo chegar a quatro dias quando há grande ingestão de álcool. Durante esse período, o fígado precisa reorganizar o metabolismo e eliminar toxinas acumuladas.
Além do mal-estar, episódios de exagero podem desencadear refluxo intenso, picos glicêmicos, crises de enxaqueca e até esteatorreia (diarreia causada por gordura). Pessoas com doenças crônicas, como diabetes, gastrite e síndrome do intestino irritável, tendem a sentir impactos mais severos.
As associações de alimentos típicas das festas também potencializam sintomas. Gordura seguida de açúcar, por exemplo, torna a digestão extremamente lenta. Já carboidratos simples combinados com álcool elevam o pico glicêmico e intensificam a desidratação. “Às vezes não é apenas o volume, mas a combinação. Churrasco pesado, doces e bebida formam um trio perfeito para sobrecarregar o fígado e causar desconforto prolongado”, explica a nutricionista.
Recuperação pós-exagero
Para amenizar os efeitos, Elis orienta priorizar hidratação com água, água de coco e chás de hortelã ou gengibre, além de frutas ricas em água e potássio, como melancia, melão e banana. Proteínas leves, verduras cozidas e alimentos com ação anti-inflamatória, como cúrcuma e gengibre, também auxiliam. Probióticos podem ajudar em casos de desconforto intestinal. “O foco deve ser recuperar o equilíbrio: nada de jejum extremo, nem de alimentos pesados no dia seguinte. O corpo precisa de apoio, não de mais estresse metabólico”, reforça.
O álcool é absorvido rapidamente e transformado em acetaldeído, substância que causa dor de cabeça e náuseas. Em grande quantidade, circula livremente no sangue e afeta coordenação motora, pressão arterial e respiração, quadro de intoxicação alcoólica.
Sinais de alerta, como vômitos repetidos, confusão mental, respiração lenta, palidez, convulsões ou baixa resposta a estímulos, exigem atendimento médico imediato.
Beber água ajuda, mas não impede intoxicação. “A hidratação reduz os efeitos da ressaca, mas não impede que o álcool sobrecarregue o fígado. É um apoio, não uma proteção”, esclarece Elis.
Sono adequado, caminhadas leves, refeições equilibradas e afastamento de frituras e doces por 48 horas ajudam na recuperação. “A melhor estratégia é não repetir o excesso e permitir que o corpo se reorganize”, orienta.
Detox, jejum e suplementos funcionam?
A professora da Afya explica que jejum pode piorar os sintomas. Sucos detox auxiliam na hidratação, mas não “limpam” o corpo; e suplementos só devem ser usados com orientação profissional. “Festas fazem parte da vida, o importante é evitar ciclos de exagero e compensação. Menos intervenção e mais equilíbrio é sempre o caminho mais seguro”, conclui.
Afya Amazônia
A Afya tem uma forte relação com a Amazônia, com 16 unidades de graduação e pós-graduação na Região Norte. O estado do Acre conta com uma instituição de graduação (Afya Cruzeiro do Sul). Tem ainda onze escolas de Medicina em outros estados da Região: Amazonas (2), Pará (4), Rondônia (2) e Tocantins (3). Além delas, a Afya também está presente na região com 3 unidades de pós-graduação médica nas capitais Belém (PA), Manaus (AM) e Palmas (TO).
Sobre a Afya
A Afya, maior ecossistema de educação e tecnologia em medicina no Brasil, reúne 38 Instituições de Ensino Superior em todas as regiões do país, 33 delas com cursos de medicina e 20 unidades promovendo pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde. São 3.653 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 23 mil alunos formados nos últimos 25 anos. Pioneira em práticas digitais para aprendizagem contínua e suporte ao exercício da medicina, 1 a cada 3 médicos e estudantes de medicina no país utiliza ao menos uma solução digital do portfólio, como Afya Whitebook, Afya iClinic e Afya Papers. Primeira empresa de educação médica a abrir capital na Nasdaq em 2019, a Afya recebeu prêmios do jornal Valor Econômico, incluindo “Valor Inovação” (2023) como a mais inovadora do Brasil, e “Valor 1000” (2021, 2023 e 2024) como a melhor empresa de educação. Virgílio Gibbon, CEO da Afya, foi reconhecido como o melhor CEO na área de Educação pelo prêmio “Executivo de Valor” (2023). Em 2024, a empresa passou a integrar o programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações em http://www.afya.com.br e ir.afya.com.br.
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Assessoria de Imprensa | Afya


