ACRE
EXCLUSIVO | Bloqueio na BR-364 provoca fila de 3 km: movimento pede segurança na região
Por Wanglézio Braga / fotos e vídeos de Wanglézio Braga
A BR-364 está bloqueada para o tráfego desde o final da manhã de hoje (11) na região do Distrito de Extrema, em Porto Velho (RO).
O bloqueio acontece após os frequentes roubos de veículos tipo caminhonetes e assaltos a moradores da região. Eles se dizem cansados da falta de segurança na localidade e da falta de iniciativa do poder público.
Segundo os manifestantes, só neste mês, mais de 12 veículos foram levados durante assaltos. Nenhum automóvel, até o momento, teria sido restituído ao proprietário.
Eles apontam a existência de uma quadrilha especializada que age na região e que tem como características o uso da agressividade ao cometer os crimes, não poupando idosos e até mulheres grávidas.
Geralmente, os carros roubados entre os estados do Acre e Rondônia são levados para a Bolívia. Sem nenhuma fiscalização nas fronteiras, os criminosos atuam sem perturbações.
O bloqueio de hoje acontece nas imediações da zona urbana do distrito. Os manifestantes que são entre moradores e fazendeiros prometeram só liberar a pista após a presença de um representante do Governo do Estado de Rondônia.
“Nós estamos preparados para ficar uma semana, se preciso for. Não aguentamos mais essa insegura. É assalto a toda hora, de dia ou de noite. A gente vive preso, com medo”, disse um morador.
Até a nossa permanência no bloqueio, apenas ônibus escolares, ambulâncias e veículos de passeio com idosos e doentes foram autorizados a seguir viagem.
Uma viatura da Polícia Militar de Rondônia (PMRO) esteve no local, mas os agentes nada puderam fazer para evitar a manifestação. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi acionada. No entanto, até a nossa permanência não havia comparecido para contornar a situação. O trânsito ficou caótico e o clima bastante pesado, nebuloso entre caminhoneiros e a população que fazia o ato de forma pacífica.
Com exclusividade do AcreNews, conversamos com uma das lideranças do movimento, Victor Hugo, que reafirmou a falta de políticas de segurança por parte do Estado bem como da Prefeitura de Porto Velho.
Assista a entrevista: