Falar de comida no Acre? A Larissa sabe: “Morreu de que? De delivery!”

Olá rio-branquense médio, já gastou dinheiro com comida ruim hoje? Rs

Não consigo entender como uma cidade no coração da Amazônia que possui tantas opções fantásticas de temperos, verduras e legumes frescos e bons restaurantes (sim, os restaurantes são bons, o cerne aqui é outro) consegue ser tão ruim quando o assunto é delivery.

Há lugares onde simplesmente é inacreditável que saiam experiências tão diferentes da mesma cozinha. Quem nunca adormeceu pensando: devia ter comprado uma “brusinha” no lugar dessa pizza lazarenta – e cara.

Sim, sabemos que não é parte da nossa cultura, pelo menos não há tanto tempo, de pedir de tudo para comer no conforto de casa. Sim, sou contra quem reclama da demora de 15 minutos a mais da entrega. Também sou contra quem choraminga porque as vezes a azeitona sai do lugar, ou derrama-se um pouco o milho do x-tudo pelo balanceio do trânsito. Isso é folga. Quer intacto? Levante, vista as calças e vá comer no local.

Na verdade eu detesto o fato de ter que criticar essa cadeia de serviço, porque se trata de muitos trabalhadores envolvidos no processo. E não é como se essa fosse uma classe valorizada, reconhecida e bem remunerada. Não deve-se esquecer que Rio Branco é lugar que faz 35 graus na sombra. É fogo, de verdade.

Tanto cozinhar, quanto montar e entregar, é extremamente delicado, cansativo. Mas não é por isso que tu vai entregar uma carne melada no creme de leite e me dizer que é estrogonofe de filé, vamo com calma nessa goma né?

Tudo bem que é quase ingenuidade acreditar que um prato que custe 25 reais vai ser feito com filé mignon, mas, compreendam restaurantes, vocês até podem dar aquela “engalobada” no filé, porém nós sabemos que arroz com umas tiras de carne não identificáveis passadas no creme de leite mais safado do Atacadão não vale 25 reais.

Não bastasse isso, somente essa que vos escreve já foi reembolsada mais de três vezes por receber, nada mais nada menos, que comidas estragadas em algum nível. De frango assado podre, a charuto azedo. Já recebi marmita de um suposto frango frito, em que não apenas o frango não era frito como quase já não era frango. Resto de churrasqueira, de muitos dias. Certeza. Ê vontade de virar vegana depois desse finzinho de texto, mas aí lascou, porque aqui opção vegana só deve existir uma, no máximo duas.

Não quero reembolso, quero comida de qualidade, comível (não vir estragada passou a ser critério). Não precisa ser mais barato, mas eu preciso receber algo que não vá parar no lixo (rapaz é esse mesmo o critério?) rs

Enfim, hoje ninguém fica com fome pós-coluna. Muita fé quando apertar o “pagar pelo pedido” rapaziada, porque você pode terminar a refeição odiando seu restaurante favorito. Ou lá pelo Pronto Socorro.