POLÍTICA
“Faltam muitas peças”, escreve Calixto sobre a Ptolomeu, para jogar água fria sobre apressados
O secretário adjunto da Segov, ex-deputado Luiz Calixto, tratou de jogar água no chopp de uma plêiade de apressadinhos, que veem o fim do mundo na Operação Ptolomeu. “O relatório apresenta sempre as mesmas coisas”, diz.
Veja o que diz mais o ex-deputado:
Não se trata de reduzir o trabalho de investigação da Polícia Federal.
Ao contrário. O objetivo é sempre cobrar uma definição para um procedimento que se arrasta há 18 meses, sem denúncia formulada pelo Ministério Público Federal ou sequer o indiciamento de um dos alvos.
Todas as vezes que se anuncia mais um pedido de prorrogação de prazos, seja de cautelares ou da própria investigação, alguns poucos anunciam o fato como se o fim do mundo estivesse finalmente chegado.
Depois da leitura da quilométrica peça, sendo boa parte desta recheada de gráficos e fotografias, minha opinião é convicção continuam sendo as mesmas: o relatório apenas repete as mesmas alegações, suposições e ilações mencionadas deste a primeira fase da operação, sem a inclusão de novos fatos que justifiquem uma investigação dolorosa e sem fim.
Já não se fala mais nos tais 800 ou 120 milhões de reais.
Aliás, não se fala mais em valores.
Na verdade, a investigação pode ser comparada a um quebra-cabeça do qual os condutores do inquérito não encontram as peças necessárias para finalizar a montagem dele , o que faz correrem para todos os lados movidos pela obsessão de encontrá-los.
Em linguagem simples: estão atirando de chumbo espalhado tentando acertar.
Ou seja: o fim do mundo para quem tenta tirar uma “casquinha” ainda está muito distante.
Enquanto isso o governo continua funcionando regularmente, o pagamento é creditado em dia antecipado, centenas de concursados convocados e outros concursos em andamento.