Fecomércio vê avanço consistente do emprego no Acre, que cresce 4,3% e tem segundo melhor resultado do Norte, aponta Caged

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio) avalia que o mercado de trabalho formal do estado mantém trajetória de crescimento sólido e sustentado, com alta de 4,32% entre janeiro e agosto — o segundo melhor desempenho da Região Norte, atrás apenas do Amapá. A análise tem como base os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Em agosto, o Acre registrou 4.963 admissões e 4.124 desligamentos, o que resultou em saldo positivo de 839 novos postos de trabalho. No acumulado do ano, o saldo chega a 4.774 vagas formais criadas, refletindo a retomada gradual do emprego após oscilações no primeiro semestre.

De acordo com a Fecomércio, o destaque do mês foi o setor de serviços, responsável por 454 novas vagas, seguido pela construção civil (209), comércio (121), agricultura (33) e indústria (21). A federação observa que o desempenho positivo reforça o papel do setor terciário como principal motor da geração de empregos formais no estado.

A capital Rio Branco concentrou a maior parte das contratações, com 3.236 admissões e saldo positivo de 625 vagas, seguida por Sena Madureira (+246), Cruzeiro do Sul (+102), Epitaciolândia (+44) e Brasiléia (+32). Entre os municípios com desempenho negativo, Bujari (-265) e Xapuri (-28) apresentaram redução no número de postos formais.

No cenário nacional, o Brasil registrou 147.358 novas vagas formais em agosto, resultado de 2,23 milhões de admissões e 2,09 milhões de desligamentos. Os setores de serviços e comércio lideraram a criação de empregos, somando mais de 113 mil novas oportunidades.
A Fecomércio ressalta, porém, que o aumento da informalidade e a alta rotatividade de mão de obra ainda preocupam o setor, refletindo o desalento de parte dos trabalhadores e a busca por ocupações informais.

“O saldo positivo mostra que o Acre segue recuperando empregos e fortalecendo seu mercado interno. Mas o desafio é transformar esse movimento em estabilidade, reduzindo a rotatividade e ampliando a formalização”, avaliou a entidade.