GERAL
Força Sindical do Acre denuncia distorções nas tarifas de energia e cobra audiência pública com Aneel e ONS
A Força Sindical do Acre denunciou, neste sábado (18), o que considera uma grave distorção na cobrança das tarifas de energia elétrica no país. Segundo o vice-presidente da entidade, Silvio Moura, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) estariam “enganando o povo brasileiro e acreano” com a manutenção das bandeiras tarifárias amarela e vermelhas 1 e 2, mesmo diante de um cenário de sobra de energia no sistema nacional.
Moura lembrou que, quando foram construídas as hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia, prometeram-se benefícios diretos para a região Norte, como energia mais barata e de melhor qualidade. “O que se viu, no entanto, foi um filme de terror: apagões constantes e a criação das bandeiras tarifárias, que hoje penalizam as famílias com valores abusivos”, afirmou.
O sindicalista citou reportagem do Jornal Nacional que destacou o superávit na geração de energia elétrica limpa e renovável no país, o que, segundo ele, tornaria desnecessário o acionamento de termoelétricas — principal justificativa para o aumento das tarifas. “No mês passado, a bandeira era vermelha 2, a mais cara. Agora, caiu para vermelha 1, mas ainda sem razão técnica. Há energia sobrando, e o povo continua pagando caro”, criticou.
Diante desse cenário, a Força Sindical procurou o deputado federal Eduardo Veloso, solicitando providências e o chamamento de uma audiência pública federal para debater o tema. Também buscou apoio no âmbito estadual, com o deputado Adailton Cruz, que se colocou à disposição para articular o encontro no Acre.
Silvio Moura defende que a bancada federal do estado — deputados e senadores — se mobilize em defesa da população. “É preciso que nossos representantes se atentem para as pautas que realmente interessam ao povo. Energia é um bem essencial, e o que está acontecendo é uma aberração tarifária que precisa ser explicada e corrigida”, afirmou.
A proposta da Força Sindical é que a audiência reúna representantes da Aneel, do ONS, do governo federal e de entidades civis, com o objetivo de garantir transparência nos critérios de cobrança e revisar a política tarifária vigente.