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ESPORTE

FUTEBOL ACREANO: Criação da FAD, 43 títulos disputados e muitos clubes e craques

Publicado

em

MANOEL FAÇANHA

A partir do ano de 1947, o futebol acreano passou a ser administrado pela Federação Acreana de Desportos (FAD). A nova entidade esportiva foi fundada em 24 de janeiro de 1947 e coube à figura de Francisco Custódio Freire o cargo de primeiro presidente. Consta que o primeiro jogo organizado pela nova entidade esportiva registrou uma vitória do Rio Branco FC diante do Fortaleza por 3 a 1 (Campeonato Relâmpago). Conforme a peça “Futebol Acreano em Revista”, o certame estadual daquele ano reuniu cinco equipes: Rio Branco FC (campeão), Fortaleza (vice-campeão), América (3º colocado), Independência (4º colocado) e Satélite (5º colocado).

No segundo e terceiro certames organizados pela FAD (1948/1949), o América mostrou força e conquistou o bicampeonato. O primeiro título veio numa goleada histórica sobre o Fortaleza por 9 a 0, enquanto o bicampeonato, saiu de uma vitória sobre o Rio Branco pelo placar de 2 a 1, após o time alvirrubro tropeçar diante do Independência, então comandado pelo jovem Walter Félix (Té).

O América, bicampeão de 1948/1949; vice 1946/1951/1953. Em pé, da esquerda para a direita: Mossoró, Caetano, Chico Doído, Erondino e Pipira. Agachados: Carioca, Carneiro, Adalberto Pereira, Ademir, Bararu e Boá. Foto/Acervo Raimundo Peres Moura

Nas temporadas de 1950/1951, o Rio Branco voltou ao top e conquistou o bicampeonato. Na temporada de 1950, o Rio Branco ganhou seus dois últimos jogos diante do Ypiranga e  do Fortaleza por W x O, resultado que deram o título e o vice-campeonato para o Independência. Na temporada seguinte, o Rio Branco levou o primeiro turno e o returno acabou suspenso devido a preparação e participação da equipe acreana na disputa do Campeonato Brasileiro de Seleções. Numa reunião realizada após a suspensão dos jogos, os dirigentes decidiram que o campeão da temporada seria o clube com maior número de pontos, assim com o Rio Branco consolidando o bicampeonato. O América ficou na segunda posição.

Neste mesmo ano, no Stadium José de Melo, registrou-se o empate sem gols entre as equipes do Rio Branco e do Desportivo Pando, da Bolívia.

Em 1952 surge o Galo Carijó; clube é bicampeão logo de cara

Com o slogan: “Glória de um povo, orgulho de uma cidade”, surge na temporada de 1952, no Segundo Distrito de Rio Branco, a equipe do Atlético Acreano (Galo Carijó). O time, criado por comerciantes sírio-libaneses, seria chamado “Beiruth”, mas as famílias portuguesas que lá se encontravam, propuseram um outro nome, visto que não concordavam com a ideia.

Com uma diretoria atuante, o Galo Carijó conquistou de cara um bicampeonato (1952/1953). Na temporada de 1952, não consta a presença do Rio Branco na classificação geral da competição. Veja a classificação: Atlético Acreano (campeão), Rodoviário (vice-campeão), 06 de Agosto (3º colocado), Botafogo (4º colocado), Palmeiras EC (5º colocado) e Oeste Brasileiro (6º colocado). Na temporada seguinte, o Atlético Acreano chegou à decisão precisando de um simples empate contra o América para conquistar o bicampeonato. O jogo foi finalizado sem abertura de contagem e o time celeste foi bicampeão com a seguinte formação: Bruzugu; Bararu, Mozarino, Airton e Reinaldo; Lucio, Fernando e Oldemar; Rivaldo, Roberto e Moisés. Na segunda posição ficou o América. Boulevard (3º colocado), Rio Branco (4º colocado), Independência (5º colocado).

O Independência chega a sua primeira conquista de um estadual, oito anos após a sua fundação, precisamente no ano de 1954. Nesta temporada, poucas informações foram divulgadas pelo jornal O Acre, assim prejudicando mais informações do torneio. Sabe-se que o Rio Branco levou outro vice-campeonato.

O Campeonato Acreano de 1955 contou com um novo integrante: o Vasco da Gama. O clube foi fundado em 1952, mas apenas nesta temporada começou sua trajetória nos gramados. Por outro lado, desaparece o Boulevard e o América pede afastamento. Com vitórias importantes sobre as equipes dos rivais Independência (3 a 2) e Atlético (4 x 2), o Rio Branco volta ao topo do futebol local.

Rio Branco empata com o Atlético e conquista o tricampeonato de 1955/1956/1957

Nas temporadas de 1956/1957, o Rio Branco mostra supremacia e chega ao primeiro tricampeonato em competições organizadas pela FAD. O bicampeonato veio no empate sem gols contra o Independência (vice-campeão). O torneio ainda contou com outros três clubes: Atlético Acreano, Vasco da Gama e América. Já o tricampeonato estrelado saiu após dois empates contra o Atlético Acreano (1 x 1 e 0 x 0). O Independência somou mais pontos que o time celeste e ficou na segunda posição. Nesta mesma temporada surgem as equipes do Botafogo EC, União EC e Veteranos EC.

No ano do primeiro título conquistado pela seleção brasileira numa edição de Copa do Mundo, ocorrido na Suécia, em 1958, o título estadual coube ao Independência. No jogo decisivo, o Tricolor de Aço superou o Atlético Acreano por 4 a 2. Veja a escalação do time campeão de 1958: Tinôco; Alício Santos, Mozarino, Leó e Escurinho; Cidico, Carreon e Fued; Airton, Hugo e Gilito. Consta que o segundo colocado na classificação geral da competição foi o Rio Branco FC. Atlético, Vasco da Gama, América, Botafogo e União também participaram do torneio.

No ano seguinte (1959), o Independência conquistou o seu primeiro bicampeonato. O time do Marinho Monte empatou sem gols na última rodada contra o Atlético Acreano, resultado suficiente para ficar com a taça de campeão. O Rio Branco, mais uma vez, amargou o vice-campeonato. União, América e AD Vasco da Gama também marcaram presença na temporada de 1959.

Na década de 1960 tivemos dois campeões no mesmo ano

O ano de 1960 começa para o futebol local com o aparecimento das agremiações da Associação Atlética Estudantil e do Pantanal. Os dois times fizeram um duelo particular durante o transcorrer da competição, com vitória do time pantaneiro por 1 a 0. Consta ainda uma vitória do Pantanal diante do Rio Branco por 5 a 2, além de um empate (2 a 2) e uma vitória (2 a 1) contra o Vasco da Gama. No entanto, após o desfecho dos jogos do torneio, o Rio Branco conquistaria seu sétimo título na gestão da FAD, enquanto o Independência perdia a chance do inédito tricampeonato.

No ano seguinte (1961), o Rio Branco encaixou outro bicampeonato. O time alvirrubro foi beneficiado pelo empate entre Independência e Atlético Acreano (3 a 3). O| time celeste ficou em segundo e o Tricolor do Marinho Monte na terceira posição.

No dia 15 de junho de 1962, o então território do Acre passou a categoria de Estado Federativo da União. Com isso, a mentora organizou dois campeonatos na temporada de 1962. No primeiro deles, o Rio Branco conquistou o título do último torneio da era territorial, enquanto o Atlético Acreano levou o primeiro título do Acre elevado à categoria de estado.

Numa temporada surpreendente, o Vasco da Gama esteve bem perto de conquistar o seu primeiro título, em 1963. Porém, a taça de campeão acabou indo para o Marinho Monte (Independência). No ano seguinte, em 1964, registra-se a participação na competição da equipe militar do Grêmio Atlético Sampaio (GAS). O clube militar estreou com derrota para o Atlético Acreano (2 a 1), mas na última rodada do certame devolveu a derrota sofrida diante do time celeste pelo mesmo placar. O campeão daquele ano, que ficou marcado pelo golpe político, aplicado pelos militares, para tomar o poder, ficou com o Rio Branco. O Vasco da Gama fez outro bom campeonato e acabou em segundo.

No ano de 1965, enfim, a taça de campeão foi para a Fazendinha, sede campestre do Vasco da Gama. A conquista da equipe cruzmaltina foi invicta e no jogo decisivo diante do Rio Branco o placar ficou no 1 a 1. Danilo Galo furou a meta do goleiro estrelado José Augusto a favor do Vasco da Gama, enquanto Pedro Feitosa deixou tudo igual. O Vasco da Gama foi campeão com a seguinte formação: Bruzugu; Luís Cunha, Alberto, Paulo e Babá; Dim, Aderson, Zé Maria, Danilo Galo, Souto e Damásio. Técnico: Almada Brito.

Rio Branco – vice-campeão de 1965. Em pé, da esquerda para a direita: Campos Pereira, Dinaldo, Zé Augusto, Rômulo, Dadá, Stélio e Romeu. Agachados: Rui Macaco, Klerman, Ernani Petroleiro, Babá e Elízio. Foto/Acervo Francisco Dandão.

Em 1966 nasce o Juventus, 2º maior vencedor do Acreanão

Colégio dos Padres (embrião do Juventus) – 1965. Em pé, da esquerda para a direita: Elias Mansour, Zé Maria, Romeu, João Carneiro, Nostradamus, Elísio e Antônio Anelli. Agachados: Campos Pereira, José Augusto “Passada Larga”, Estevão, Zé Augusto Faria, Hélio Pinho e Fernando Garcia. Foto/Acervo Francisco Dandão.

Na temporada de 1966, nascia pelas mãos de Elias Mansour Simão Filho, José Aníbal Tinôco, padres Antônio Anelli e Mário, Dinah Gadelha Dias, Valter Félix de Souza (Té), Iolanda Souza e Silva, Dona Hilda e jogador Touca, o Juventus. O clube nasceu dentro do Instituto Nossa Senhora das Dores, popularmente conhecido como Colégio dos Padres. O objetivo era aproveitar o potencial dos garotos estudantes da escola. No primeiro ano de fundação, o Juventus mostrou muita qualidade e levou o troféu de campeão. Na estreia, empate com o campeão Vasco da Gama (1 a 1). No primeiro clássico “Pai e Filho”, vitória do Juventus sobre o Rio Branco por 2 a 0, com gols de Touca e Airton. Neste mesmo ano, o Juventus foi surpreendido pelo Andirá e perdeu por 3 a 0. Outros resultados do time juventino: (6 x 0 Atlético), (1 x 0 Vasco da Gama, gol de Nemetala), (2 x 1 GAS), (1 x 3 Rio Branco) e (2 x 2 Independência). Neste ano, o vice-campeonato foi para o Tricolor do Marinho Monte.

 

Atlético Clube Juventus – campeão de 1966. Em pé, da esquerda para a direita: Tinoco, Pedro Louro, Carreon, Carlos Mendes, Campos Pereira, Zé Augusto e Antonio Anelli. Agachados: Escurinho, Nemetala, João Carneiro, Zé Melo e Elias. Foto/Acervo Manoel Façanha
Rio Branco – 1966. Em pé, da esquerda para a direita: Tião, Lustosa, Nabor, Benevides, Escurinho, Pedro Pereira e Zé Palito. Agachados: Dadão, Hélio Amaral, Jangito, Dadinho e Madureira. Acervo Benevides.
Vasco da Gama – 1966. Em pé, da esquerda para a direita: Pional, Flávio, Alberto, Paulo, Teotônio e Sérgio Beiruth. Agachados: Bico-Bico, Milton Esteves, Danilo Galo, Luís Melo e e Gutemberg. Foto/Acervo FFAC.

 

No ano de 1967, o GAS conquista seu primeiro e único título de sua história. Na decisão contra o Vasco da Gama, a equipe militar venceu por 3 a 2. Rui Macaco, Mário Silva e Babá fizeram os gols do GAS. Os jogadores Monteiro (GAS) e Danilo Galo (Vasco da Gama), após o apito final do árbitro Adalberto Ferreira, travaram uma luta corporal. O GAS foi campeão com a seguinte formação: Monteiro; Chico Alab, Palheta, Viana e Terceira; Mário Silva, Babá e Jangito; Amílcar, Rui Macaco e Ailton.

GAS – campeão de 1967 – Em pé, da esquerda para a direita: Toinho, Viana, Palheta, Pional, Chico Alab e Rocha. Agachados: Amílcar, José Augusto, Babá, Rui Macaco e Ailton. Foto/Acervo Francisco Dandão

Numa reação quase impossível, após começo ruim na disputa do Campeonato Acreano de 1968, o Atlético Acreano reagiu e conseguiu levar mais uma taça para a sua galeria de troféus. O jogo que garantiu o título veio no empate diante do Independência por 1 a 1. O gol do time celeste foi anotado por Maurício Bacurau. Na somatória dos números na tabela de classificação, o Juventus fecha a temporada na segunda posição.

Atlético-AC – campeão estadual de 1968. Café, Pincel, Zé Alab, Vitor, Lelê, Bebé, Maurício Bacurau, Oliveira, Fernando Diógenes, Nanico e Euzébio. Foto/Acervo JWA

A disputa do certame de 1969 registrou dois fatos bem interessantes. O primeiro foi a paralisação do certame na sua terceira rodada por conta da ausência de árbitros. Logo depois, a diretoria do Atlético Acreano, equipe candidatíssima ao bicampeonato, pediu afastamento da competição, onde a alegação seria uma crise interna instalada na mentora.

O campeonato de 1969 foi disputado em três turnos e sem a presença do extinto GAS. O Vasco da Gama levou o primeiro turno, enquanto o returno acabou indo para o Juventus. Já o terceiro turno do torneio foi conquistado pelo Independência. Com isso, houve um triangular. O Vasco abriu a fase decisiva vencendo o Independência por 3 a 0, mas perdeu para o campeão Juventus por 4 a 1, no jogo decisivo. O Juventus foi campeão com a seguinte formação: Pope; Carlos Mendes, Deca, Escurinho e Antônio Maria; Pedro Feitosa, Zé Carlos e Dandão; Nilson, Airton e Elísio (Nemetala).

Juventus – campeão de 1969 – Deca, Carlos Mendes, Dadão, Escurinho, Rômulo e Pope. Agachados: Pingo Zaire, Eliézio, Nemetala, Zé Carlos e Nilson – Acervo Eduardo Rodrigues

Após seis anos sem levantar a taça de campeão, o Independência volta a fazer o gesto e conquista o Campeonato Acreano de 1970, após finais extras contra o Juventus. No primeiro duelo, o time juventino venceu por 1 a 0, mas o Independência reagiu bem e conseguiu duas vitórias seguidas (2 a 1 e 1 a 0). O time campeão do Independência: Illimani, Chico Alab, Palheta, Flávio e Otávio; Jorge, Aldemir Lopes Bebé (Escapulário) e Jangito; João Carneiro e Aciraldo.

Independência – campeão de 1970. Em pé, da esquerda para a direita: Nogueira (diretor), Chico Alab, Jorge Floresta, Manoel, Illimani, Otávio e Darci Pastor (diretor). Agachados: Ayrton Ibyanez, Ociraldo, Bebé, Nostradamus, Ademir Lopes, Bico-Bico e Escapulário. Foto/Acervo Francisco Dandão.

Como não houve nada fora do normal, o campeonato de 1971 terminaria somente em 1972. O torneio contou com dois novos integrantes: Floresta e Internacional. Rio Branco, Independência, Juventus, Atlético Acreano, Vasco da Gama e Andirá eram os demais participantes.

Rio Branco FC, campeão de 1971. Em pé, da esquerda para a direita: Lourival Marques (presidente), Nelson Gouveia (atrás), Pedro Louro, Ivo Neves, Stlélio, Espanhol, Elden Cunha, Joel, Araújo (torcedor), Viana, Danilo, Janes e Raimundinho Quintino (massagista). Ely, Evandro, Lelê, Bruno, Fernandinho, Roberval e Grassy. Foto/Acervo Revista do Estrelão

A finalíssima de 1971 ocorreu somente em março de 1972, numa melhor de três partidas entre Rio Branco e Independência. No primeiro e no segundo jogo foram registrados dois empates sem gols. No último e decisivo duelo, vitória, de virada, do Estrelão por 2 a 1, com o gol do título anotado jogador estrelado Evandro.

Nesta temporada, uma vitória do Juventus sobre o Rio Branco por 1 a 0, gerou o seguinte título numa edição da página esportiva do jornal O Rio Branco: “Filho dá no Pai no último jogo do returno”.

A famosa quarta partida e o título do Tricolor de Aço

Uma das maiores polêmicas da história do futebol acreano diz respeito à quarta partida, válida pelo título do Campeonato Acreano de 1972, mas ocorrida somente em dezembro de 1973, após um grande imbróglio judicial.

Naquela época, a Federação Acreana de Desportos (FAD) era presidida pelo dirigente Carlos Simão e as equipes do Juventus e Independência eram presididas pelos irmãos Elias e Eugênio Mansour, respectivamente.

Na final do primeiro turno da competição, o Juventus venceu o Internacional por 2 a 0, enquanto no returno, o Independência conquistou o título de forma invicta e sem sofrer gols. Um cenário propicio de adrenalina para as duas torcidas. Os dois primeiros jogos das finais registraram dois empates (2 a 2 e 0 a 0) e bastaria mais um empate para a torcida tricolor soltar o grito de campeão, algo ocorrido, mas no entendimento dos juventinos, não era bem assim, pois o Clube do Povo reivindicava os gols da partida extra do primeiro turno contra o Internacional-AC.

 

Internacional – 1972. Em pé, da esquerda para a direita: Serjão, Zé do Elpídio, César Forma, Santiago, Lero e Zezinho Melo. Agachados: Guto, ,Zelito, Norberto, Ilaércio, Chicana e Darci. Foto/Acervo Norberto.
Independência – campeão de 1972 – Em pé, da esquerda para a direita: Illimani, Chico Alab, Jorge Floresta, Palheta, Melquiades, Zé Augusto, Flávio e Moura. Agachados: Manoel Pezão,Bico-Bico, Bebé, Aldemir Lopes, Escapulário e Tonho. Mascotes: Yokanan (de branco) e Klowsbey (com a camisa tricolor). Foto/Acervo: Zequinha Moura.

 

Conforme a peça “Futebol Acreano em Revista”, a Federação Acreana de Desportos (FAD), preocupada com o desfecho da competição, teria importado o árbitro paulista Oscar Scolfaro, e marcando a grande final para o dia 13 de janeiro de 1973, mas um acordo entre os dirigentes teria adiado a partida. Uma semana depois, não ocorrendo consenso entre os dirigentes, o presidente Carlos Simão baixou uma portaria proclamando o Independência campeão. Foi um estopim para o início da maior batalha judicial jamais vista por um título do futebol local.

Juventus – vice-camepão de 1972. Em pé, da esquerda para a direita: Mustafa, Cabeça, Xepa, Zé Maria, Pingo, Ari, Bina, Artur, Carlos Mendes e Antônio Maria. Agachados: Valter Prado, Pitola, João Laureano, Hermínio, Nilson, Chico Muniz, Jair e Nego Mansour. Foto/Acervo Luiz Cleber

A decisão da FAD, porém, não durou muito, isso pelo fato de a Confederação Brasileira de Desportos (CBD), hoje CBF, baixar uma resolução ordenando uma quarta partida. Chateado com a situação, o presidente Carlos Simão (FAD) pede licença do cargo por 90 dias e deixa o pepino na mão do vice-presidente Adel Derze, esse baixando uma portaria e marcando a quarta e decisiva partida para o dia 03 de maio de 1973, mas acontece que o Independência não apareceu para o duelo, assim com a FAD declarando o Juventus campeão.

Ocorre que o Independência, através do advogado do clube, Adherbal Maximiano Caetano Corrêa, não satisfeito com a decisão, baixou nota de protesto, onde alegou que a FAD havia desrespeitado o inciso ‘g’ do artigo 18 do estatuto da entidade, isso fundamentado no fato que o Independência havia participado do Torneio Início e, para disputar a quarta partida, seriam necessárias 72 horas de intervalo, como preceituava a portaria 13, de 30 de abril de 1973. No entanto, o presidente da mentora Adel Derze, mesmo sendo declarado torcedor do Independência, não aceitou os argumentos dos cartolas tricolores e manteve o título para o Juventus.

Quase seis meses depois, o Conselho Nacional de Desporto-CND, decidiu pela realização de uma quarta partida. O presidente Adel Derze cumpriu com a determinação e marcou o jogo para o dia 2 de dezembro de 1973, no Stadium José de Melo, com arbitragem de José Ribamar Pinheiro de Almeida, assistido por Antonio Soares e Sebastião Pedrosa.

Escalações

O Juventus foi escalado com: Milton; Zé Maria, Mauro, Mustafa e Antônio Maria; Roberto Pitola, Pingo Zaire e Hermínio; Edson Carneiro, Eliézio e Elísio. Já o Independência foi a campo com: José Augusto; Uchoa, Palheta, Jorge e Flávio; Eró, Manoel e Escapulário; Aldemir, Bebé e Tonho. O time tricolor não pôde contar com o atacante lendário Bico-Bico, lesionado.

Como foi a decisão

Com a bola rolando, as equipes empataram por 1 a 1. Tonho abriu o placar para o Independência, enquanto Palheta (contra) deixou tudo igual. O jogo seguiu muito igual com o dupla de defensores Flávio e Palheta sobrando no jogo e segurando o ataque juventino. O resultado que provocou uma prorrogação de meia hora. Um novo empate, mas agora sem gols, levou a decisão do título para as cobranças de penalidades, dando, assim, ares de dramaticidade àquela inesquecível partida, onde o Tricolor de Aço, mostrando mais eficiência e sangue frio, derrotou o Clube do Povo por 4 a 3. Eró, Aldemir, Palheta e Escapulário marcaram para o Independência, enquanto, Mauro, Hermínio e Zé Maria fizeram os gols juventinos. Erraram as penalidades os atletas Flávio (Independência) e Mustafa e Antônio Maria (Juventus).

Novamente um edição de Campeonato Acreano voltou a ser decidida no ano seguinte. Refiro-me a decisão da temporada de 1973, competição encerrada somente em 1974. Nesta edição, houve um triangular entre Rio Branco FC, Internacional-AC e AD Vasco da Gama-AC. O Rio Branco venceu seus dois confrontos por 2 a 1. No primeiro jogo, vitória estrelada sobre o Vasco da Gama por 2 a 1, gols de Bruno Couro Velho e Eli. No jogo seguinte, o alvirrubro superou o Saci do Ipase (2 x 1) e garantiu a taça de campeão. No outro jogo do triangular, as equipes do Vasco da Gama e do Internacional empataram sem abertura de contagem, resultado que garantiu o vice-campeonato para o Saci.

Rio Branco – campeão de 1973. Em pé, da esquerda para a direita: Grassi, Vale, Assis, Picasso, Stélio e Antônio Leó (técnico). Agachados: Evandro, Ely, Airton, Fernandinho, Bruno Couro Velho e Roberval. Foto/Acervo Francisco Dandão.

Com apenas uma derrota, um empate e 17 vitórias em 19 partidas, o Independência conquistou o título da temporada de 1974. Na grande decisão, o Tricolor do Marinho Monte derrotou o Rio Branco por 2 a 1. Antônio Carlos abriu a contagem para o Estrelão, mas Rui e Tião fizeram os gols do triunfo do Independência.

A máquina juventina é bicampeã acreana de 1975/1976

Com gol do volante Emilson, no jogo decisivo contra o arquirrival Rio Branco, o Juventus conquistou o título invicto da temporada de 1975. Foram 12 vitórias e seis empates, além de 32 gols marcados e apenas seis gols sofridos pelo time juventino naquele ano. A final teve no apito árbitro carioca José Roberto Wrigth.

Juventus – campeão estadual de 1975. Em pé, da esquerda para a direita: Tinoco, Mustafa, Emílson, Elias Mansour, Maurício, Zé Maria, Assis, Pingo Zaire, Abraão, Marcos, Otávio, Xepa e Milton. Agachados: Carlinhos Bonamigo, Carlitinho, Walter Prado, Dadão, Hermínio, Julião, Cirênio e Antônio Maria. Foto/Acervo Manoel Façanha

Com o Vasco da Gama fora da disputa do certame de 1976, a competição contou com dois novos integrantes na disputa do Torneio Início: São Francisco, Alvorada e Cruzeiro.

Floresta – 1976. Em pé, da esquerda para a direita: Dinda, Ary, Erasmo, Bodó, Orivaldo e Mário. Agachados: Abacate, Audicélio, Paulo, Carlinhos Chita e Geraldo. Foto/Acervo Francisco Dandão.

Pela disputa da taça da elite, o Juventus acabou conquistando o bicampeonato, após finais extras diante do Atlético Acreano. No primeiro jogo, arbitrado por Luiz Carlos Félix, vitória do Clube do Povo por 3 a 1. No segundo e decisivo duelo, a partida foi dirigente pelo árbitro José Roberto Wrigth. O jogo terminou sem abertura de contagem e garantiu o bicampeonato para o AC Juventus.

Juventus – campeão de 1976. Em pé, da esquerda para a direita: Mustafa, Mauro, Xepa, Emilson, Maurício e Antônio Maria. Agachados: Julião,, Carlinhos Bonamigo, Antônio da Loteca, Anísio e Pitola. Foto/Acervo Carlinhos Bonamigo.

O tapetão esteve presente novamente numa decisão de Campeonato Acreano. Na temporada de 1977, o Rio Branco após perder o título para o Juventus, resolveu questionar a inscrição do zagueiro juventino Neórico. O atleta tinha atuado no futebol de Mato Grosso e de Rondônia, mas a sua transferência, segundo entendimento do Tribunal de Justiça Desportivo, deveria ter saído da entidade mato-grossense, não da rondoniense, como ocorreu. Com a decisão da justiça desportiva, o Rio Branco foi homologado campeão de 1977.

 

Rio Branco –  campeão de 1977. Em pé, da esquerda para a direita: Grassi, Duda, Morais, Neórico, Cleiber e Vilson. Agachados: Ely, Mário Vieira, Airton, Said e Caíca. Foto/Acervo Francisco Dandão.
Juventus – vice-campeão de 1977. Em pé, da esquerda para a direita: Mustafa, Xepa, Emilson, Maurício, Antônio Maria e Otávio. Agachados: Anísio,, Carlinhos Bonamigo, Julião, Valter Prado e Pitola. Foto/Acervo FFAC.

 

O troco juventino ocorreu no ano seguinte (1978). O Clube do Povo voltou a decidir um título diante do arquirrival Estrelão. Cada clube havia vencido um turno. Na grande decisão, com um futebol elegante e ofensivo, o time juventino sobrou em campo e venceu o Rio Branco por 5 a 1. A maior goleada registada na competição: AC Juventus 13 x 0 Internacional. O artilheiro do certame foi o meia juventino Mariceudo, 9 gols, um gol a mais que o estrelado Irineu. Registra-se ainda que na temporada a participação do Amapá na disputa do Torneio Início, e ausência do Vasco da Gama na disputa do Campeonato Acreano/1978.

Amapá – 1978. Em pé, da esquerda para a direita: Zé da Gorda, Toniquim, Azeitona, Buda, Lúcio, Ronaldo e João. Agachados: Regino, Maguim, Bira, Tavares, Chicana e Pintinho. Foto/Acervo Francisco Dandão.

Numa decisão ocorrida somente nas cobranças pênaltis, após empate de 1 a 1, envolvendo as equipes do Rio Branco e do Independência, o título da temporada de 1979, que foi decidido somente em janeiro de 1980, ficou com o Estrelão, vitória nos tiros livres por 5 a 4.

Nesta temporada, houve uma partida extra envolvendo Independência e Juventus para apontar o vice-campeão e o segundo representante acreano no Copão da Amazônia de 1980. Com um gol de Emilson, o Clube do Povo derrotou o Tricolor de Aço.

Rio Branco – campeão de 1979. Em pé, da esquerda para a direita: Tião, Cleiber, Vilson, Zezito, Seu Chiquinho (torcedor), Chicão e Sebastião Alencar (presidente). Agachados: Paulo Roberto, Ely, Mário Vieira, Adalberto, Irineu e Nino. Foto/Acervo Chicão Araújo.

Juventus é tricampeão na década de 1980

O Campeonato Acreano de 1980 contou pelo segundo ano seguido com a ausência do Vasco da Gama. Com a bola rolando, o título de campeão ficou com o Juventus, após empate sem gols contra o Independência, no Fla-Flu do futebol local, realizado em fevereiro de 1981. O artilheiro da competição foi atacante juventino Paulinho, 15 gols na temporada. Registra-se nesta temporada a transferência do atacante Nino (profissional que fez história no futebol acreano e falecido dia 20/01/2020) para o Juventus.

Em 1981, a temporada começou com o Torneio Início, com a presença das equipes convidadas do Flamenguinho e do Bangu. São Francisco, Internacional, Atlético, Juventus, Rio Branco, Amapá, Floresta, Vasco da Gama e Independência marcaram presença. O campeão foi o Amapá.

Logo depois, a FAD iniciou a disputa da primeira divisão de 1981, com o Juventus levando mais uma taça para a sua galeria de troféus. No jogo decisivo do quadrangular que ainda contou com as equipes do Independência e Rio Branco, o Clube do Povo superou o Galo Carijó por 3 a 1. Os juventinos campeões: Xepa, Mauro, Neórico, Paulão e Paulo Roberto; Emilson Brasil, Carlinhos Bonamigo e Tom; Paulinho (Pingonça), Irineu e Antônio da Loteca (Mariceudo). O Galo Carijó perdeu o título com a seguinte formação: Tidal (Ilzomar Pontes), Pintão, Lércio, Chiquinho e Pitú, Gilmar (Socó), Paulinho Pontes e Eduardo; Manoelzinho, Valdir e Nirval.

Na temporada de 1982, uma outra briga na esfera da Justiça Desportiva determinou o campeão daquele ano, isso pelo fato do Juventus reivindicar os pontos perdidos no empate diante do Atlético Acreano. O Clube do Povo acusou o time celeste de escalar indevidamente o jogador Montóia. Naquela época, os jornais batizaram a briga judicial de “Caso Montóia”. Verificado a questão, os auditores do TJD decidiram pelo ganho de caso a favor do Clube do Povo e o torcedor juventino pôde comemorar mais um título.

Atlético Acreano – vice-campeãpo de 1982. Em pé, da esquerda para a direita: Zezito, Manoelzinho, Jaime, Gilmar, Chicão e Dóris. Agachados: Zé Gilberto, Socó, Carioca, Eduardo e Anísio. Foto/Acervo Manoelzinho.

Novamente numa disputa de Torneio Início/1983, organizado pela Federação Acreana de Desporto (FAD) e da Associação dos Cronistas Esportivo do Acre (ACEA), o Amapá conquistou a competição. Na decisão, o “Diabo Laranja” derrotou o Atlético Acreano por 4 a 2.

Na disputa do Campeonato Acreano de 1983, o Rio Branco voltou ao topo, após três anos de jejum. O gol da conquista estrelada foi anotado pelo atacante Gil, na penúltima rodada do returno. O Estrelão ainda venceria o Atlético Acreano por 4 a 2, na última rodada, assim fechando a competição de forma invicta. O vice-campeonato ficou com o Juventus, após vitória, de virada, sobre o Independência por 2 a 1. Nesta temporada, o Rio Branco aplicou a maior goleada do torneio, ao superar o Andirá por 12 a 0.

Rio Branco – campeão acreano de 1983. Em pé, da esquerda para a direita: Chicão, Marcos, Mário Sales, Paulo Roberto, Tonho e Neórico. Agachados: Roberto Ferraz, Carioca, Gil, Mariceudo e Neivo. Foto/Acervo Chicão Araújo.

Em 1984, nove equipes divididas em duas chaves disputaram o Campeonato Acreano: Rio Branco, Juventus, Vasco da Gama, São Francisco e Andirá (A); Independência, Atlético Acreano, Internacional, Floresta e Amapá (B). O torneio foi disputado em três turnos. As equipes do Independência e Juventus fizeram a grande final daquele ano. O árbitro da partida foi o carioca José Roberto Wright e o placar final do jogo apresentou uma vitória apertada do Juventus por 1 a 0, gol do atacante Antônio Júlio, aos 34 minutos do primeiro tempo. O jogo ocorreu numa tarde de domingo chuvosa, de casa cheia, nas dependências do lendário Stadium José de Melo.

 

Juventus – campeão de 1984. Em pé, da esquerda para a direita: Lécio, Milton, Mauro, Sabino, Aníbal e Roberto. Agachados: Venícius, Antônio Júlio, Guga, Gerson e Dadão. Foto/Acervo Francisco Dandão.
Independência – vice-campeão de 1984. Em pé, da esquerda para a direita: Klowsbey, Paulo Roberto, Paulão, Jaime, Emilson e Erivaldo. Agachados: Paulinho, Gilmar, Julinho, Carlinhos Bonamigo e Medeirinho. Foto/Acervo Gilmar Sales.

 

Sem a presença das equipes do Internacional e Florestão,  ocorreu na temporada de 1985, o Torneio da Imprensa, com a presença de quatro equipes: Amapá, Andirá, São Francisco e Vasco da Gama. O time cruzmaltino levou o troféu de campeão. Por outro lado, as quatro grandes equipes de nosso futebol: Rio Branco, Juventus, Independência e Atlético Acreano disputaram o Torneio do Povo. O Rio Branco ficou com o troféu de campeão denominado deputado “Raimundo Melo”.

Tricolor de Aço volta a vencer um título após jejum de uma década

Com um time competitivo, o Independência conquistou o primeiro turno do Campeonato Acreano/1985 diante do Juventus. O gol da conquista foi marcado pelo meia Mariceudo.

Independência – 1985. Em pé, da esquerda para a direita: Paulo Roberto, Klowsbey, Jaime, Paulão, Erivaldo e Merica. Agachados: Agachados: Carlos, Erivaldo, Mariceudo, Isaac, Merica. Agachados: Isaac, Cardosinho, Carlinho Bonamigo, Mariceudo e Paulinho Rosas. Foto/Acervo Manoel Façanha

O título tricolor poderia ter sido invicto, mas a equipe perdeu de forma supreendente para o Rio Branco por 2 a 0. No entanto, no quadrangular final, o time tricolor voltou aos trilhos, apesar do empate contra o Rio Branco por 1 a 1. No entanto, no jogo decisivo contra o Juventus, o Independência venceu por 1 a 0.

Independência – campeão estadual de 1985. Da esquerda para a direita: Merica, Carlinhos Bonamigo, Paulão, Paulinho Rosas, Erivaldo, Emilson Brasil, Mariceudo, Paulo Roberto Oliveira, Cardosinho, César e Klowsbey. Foto: Acervo Manoel Façanha

A temporada de 1986 contou com quatro competições: Torneio da Imprensa, com a presença de nove equipes (São Francisco, Vasco da Gama, Independência, Atlético,  Juventus, Rio Branco, Andirá, Amapá e a equipe debutante do Tarauacá. O São Francisco levou o primeiro turno, enquanto o Amapá garantiu o título returno. Na grande finalíssima, vitória do time amapaense, após empate sem gols no tempo normal e prorrogação, por 4 a 3. Com isso, o time levo para casa o troféu “Adalberto Viana de Souza, o Escurinho”.

Por outro lado, a conquista do Torneio Início ficou com a equipe do Rio Branco Football Club, após vitória sobre o Independência por 1 a 0, gol de Carlinhos Louzada.

Na terceira competição, o Torneio do Povo, com a presença dos quatro times grandes da cidade, o Independência (campeão do returno) venceu na grande final o Atlético Acreano (campeão do primeiro turno) por 2 a 1.

Finalizando a temporada, a FAD realizou o Campeonato Acreano de 1986. Na finalíssima, o Rio Branco abriu dois gols de vantagens no primeiro tempo, anotados pelos jogadores Valmir e Gil. Na etapa seguinte, o time estrelado segurou o resultado e a taça de campeão foi para galeria de troféu do clube.

Na temporada de 1987, o Vasco da Gama conquistou o título do Torneio da Imprensa, ao superar, numa melhor de três partidas o Amapá. Na competição seguinte: Torneio do Povo, o Rio Branco superou o Juventus por 2 a 0, com gols de Ivo e Venicius.

Vasco da Gama –  campeão do Torneio da Imprensa 1987. Em pé, da esquerda para a direita: Roberto Araújo (técnico), Calhambeque, Zé Gilberto, Boroco, Carlinhos, Som, Neves e Paulo Maia (presidente). Agachados: Ericson, Valtinho, Raimundinho, Sérgio, César e Boró (massagista). Foto/Acervo Paulo Maia.

Pelo Torneio Início de 1987, o Galo Carijó levou para casa o troféu “Delmiro Xavier”, ao superar o São Francisco por 1 a 0.

Na competição mais importante da temporada de 1987, o Atlético Acreano (campeão do primeiro turno) e o Juventus (campeão do returno) decidiram o título na melhor de três pontos. O Galo Carijó venceu a primeira, com gol de Carlinhos Bonamigo. No jogo seguinte, registrou-se um empate por 1 a 1. O gol dos atleticanos saiu de uma cobrança de pênalti marcado pelo árbitro José Ribamar. Tinda cobrou bem e deixou tudo igual. O jogo seguiu com o Juventus pressionando e numa bola parada, quase venceu o jogo e levou a decisão para as cobranças de pênaltis, mas o goleiro Tidal, segundo ele, teria feito a defesa da sua vida, e gravando um ponto final num jejum de títulos por parte do time celeste de 19 anos.

No último Campeonato Acreano da era do amadorismo, ocorrido no ano de 1988, o Rio Branco largou na frente e venceu o primeiro turno, ao superar o Independência por 1 a 0, gol do zagueiro Anderson. O Timão reagiu e venceu o returno e provocou finais extras. No primeiro jogo das finais, empate por 1 a 1. No jogo decisivo, vitória do Tricolor do Marinho Monte sobre o Estrelão por 2 a 0, gols de Paulinho e Vinícius. Oito equipes participaram do torneio: Independência, Rio Branco, Juventus, Atlético, Vasco da Gama, Andirá, São Francisco e Amapá.

 

Independência – 1988. Em pé, da esquerda para a direita: Paulo Roberto (repórter), Sabino, Paulão, Wilson, Chinha, César e Klowsbey. Agachados: Antônio Júlio, Venícius, Siqueira, Mariceudo e Paulinho. Foto/Acervo Francisco Dandão.
Na temporada de 1988, jogadores e torcedores do Independência comemoram o último título da era amador do futebol acreano. Foto/Acervo: Manoel Façanha.

 

Nesta mesma temporada, o Torneio Início foi conquistado pelo Juventus, numa vitória nas cobranças de penalidades sobre o Independência por 4 a 1. Já pela “Taça Cidade de Rio Branco”, o clube vitorioso foi novamente o Juventus. A conquista do Clube do Povo veio de forma invicta.

Neste período de futebol amador (1947-1988), a FAD organizou 43 estaduais, sendo que na temporada de 1962 ocorreram dois deles e com campeões diferentes, isso justificado pela emancipação política do então território do Acre a categoria de Estado. O Rio Branco dominou a corrida por troféus, conquistando 16 taças, seguido por Independência e Juventus, cada deles com nove títulos. Atlético Acreano (5), América (2), Vasco da Gama e GAS, tiveram uma conquista cada.

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