Em recente entrevista ao Portal Acre Mais, o pesquisador e professor Dr. Rafael Satrapa destacou a necessidade de melhorias na genética do gado leiteiro no Acre. Ele ressaltou que, embora as fazendas voltadas para a produção de carne no estado já tenham atingido um bom nível de adaptação e avanço, o setor leiteiro ainda carece de desenvolvimento genético.
Segundo Satrapa, é fundamental que o gado leiteiro receba o mesmo investimento e atenção para que o setor alcance patamares semelhantes ao da pecuária de corte.
De acordo com o professor, melhorar a genética do gado leiteiro no Acre é um processo que pode ser viável e acessível para pequenos e médios produtores, desde que com o suporte adequado de técnicos, médicos veterinários e instituições acadêmicas. Ele reforçou a importância da atuação da universidade e de profissionais qualificados para orientar esses produtores, visando alcançar bons resultados com menor custo.
“A nossa função é mostrar que é possível, sim, com um baixo custo, implementar biotecnologias reprodutivas, produtivas e sanitárias no gado leiteiro do nosso estado”, afirmou.
O clima do Acre, ainda que quente, possui algumas particularidades favoráveis, com estações bem definidas, o que, segundo Satrapa, contribui para a implementação dessas biotecnologias. Em especial, as estações mais secas facilitam a adoção de técnicas que podem incrementar a produtividade do gado. “Com o aprimoramento genético do gado leiteiro e o uso de tecnologias adequadas, o Acre tem potencial para tornar-se um estado de referência na produção leiteira”, confira a entrevista na íntegra.