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Governo do Acre realiza Jornada para Prevenção da Gravidez na Adolescência e Educação Sexual

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O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesacre), promoveu nesta terça-feira, 18, a 1ª Jornada de Conscientização e Prevenção da Gravidez Não Intencional na Adolescência. A iniciativa contou com a participação de acadêmicos dos cursos de enfermagem, medicina, saúde coletiva, psicologia e direito das instituições de ensino superior de Rio Branco, além do público em geral.

O evento, realizado no Anfiteatro Garibaldi Brasil, na Universidade Federal do Acre (Ufac), na capital, teve como objetivo disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas para reduzir a incidência da gravidez na adolescência não planejada.

O secretário de Saúde, Pedro Pascoal, destacou a relevância da iniciativa: “É um momento importante para a gente. Essa jornada pode ser um divisor de águas. De 2018 para 2019, nós tínhamos um índice, uma prevalência de 19% de gestação na adolescência e chegamos a diminuí-lo em 14%, ou seja, estamos evoluindo na política pública, mas temos o entendimento também que essa política precisa ser fortalecida”, declarou.

“Nós chegamos a diminuir o índice de gravidez na adolescência de 19% para 14%”, disse o secretário de Saúde, Pedro Pascoal. Foto: Luan Martins/Sesacre

Pascoal reforçou que essa discussão não é apenas da Saúde, mas também de outros setores da sociedade. “Essa jornada não tem que parar aqui dentro da Secretaria de Saúde, tem que seguir e ser uma estratégia contínua em nossas escolas, por exemplo. Precisamos trabalhar de forma integrada com outras pastas. Fomentar a educação sexual nas escolas, fortalecer a Atenção Primária para que os municípios tenham condições de ofertar apoio, acolhimento às adolescentes que precisam de orientações”, acrescentou.

Debate relevante

Durante o evento, foram discutidos temas essenciais como a atuação da Rede Alyne, que busca reduzir a mortalidade materna no Brasil em 25%, promovendo um cuidado humanizado e integral para gestantes, parturientes, puérperas e crianças.

A coordenadora do Núcleo de Saúde do Adolescente e Jovens da Sesacre, Luciana Freire, também ressaltou os avanços do estado na prevenção da gravidez na adolescência.

Evento teve como objetivo disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas para reduzir a incidência da gravidez na adolescência. Foto: Luan Martins/Sesacre

“Temos implantado estratégias para reduzir o índice de gravidez na adolescência. Um desses marcos é o projeto Adolescência Primeiro, Gravidez Depois, no qual a gente irá distribuir o DIU Mirena e o Implanon para os adolescentes de 14 a 18 anos e também temos fomentado espaços coletivos de rodas de conversa com os adolescentes para darmos informações para que eles possam ter autonomia para decidir sobre sua sexualidade”, ressaltou.

Júlio Nogueira, estudante de Saúde Coletiva da Ufac, enfatizou a necessidade de debater o tema desde a faculdade: “É importante porque a gente já começa a pegar na prática dessas questões que, por mais que a sociedade julgue que não se deve falar sobre isso, é um tema essencial para a saúde pública”, disse.

Estudantes de Saúde Coletiva, Júlio Nogueira e Yasmin de Souza, falaram da importância do evento. Foto: Luan Martins/Sesacre

Quase finalizando o curso de Saúde Coletiva, a aluna Yasmin de Souza destacou os riscos associados à gravidez na adolescência e como a profissão pode contribuir para a causa. “A gravidez já traz bastantes riscos para a mulher, que pode desenvolver anemia, pré-eclâmpsia, ter complicações no parto. Enquanto nosso corpo é jovem, está mais propício a essas dificuldades, e, na adolescência, é pior ainda. Por isso, a importância da saúde coletiva em prevenir antes de acontecer”, explicou.

O que os dados dizem

Segundo dados do Ministério da Saúde, os adolescentes representam entre 20% e 30% da população mundial, sendo aproximadamente 23% no Brasil. A gravidez na adolescência é um dos principais desafios dessa faixa etária, especialmente em países em desenvolvimento. No Brasil, cerca de 400 mil adolescentes engravidam anualmente. Em 2014, por exemplo, nasceram 28.244 bebês de mães entre 10 e 14 anos e 534.364 de mães entre 15 e 19 anos.

Osvaldo Amorim, presidente do Conselho Estadual de Saúde. Foto: Luan Martins/Sesacre

O médico e presidente do Conselho Estadual de Saúde, Osvaldo Leal, enfatizou a necessidade de manter essa discussão ativa na sociedade: “Acho que é um evento importante para recolocar esse tema em debate, principalmente na saúde e educação pública. Sabemos que é um tema sensível, que envolve questões graves como a violência contra adolescentes e a gestação infantil. Precisamos discutir como a saúde pública e a educação estão abordando essas questões. E isso é essencial para proteger uma parcela vulnerável da população”, afirmou.

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