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Há 18 anos entrava no ar “Amazônia – De Galvez a Chico Mendes”, a grandiosa minissérie que deu visibilidade ao Acre
Por Wanglézio Braga
Créditos das fotos: Reprodução/TV Globo
Em janeiro de 2007, os brasileiros, especialmente os acreanos, testemunharam um marco na teledramaturgia: a estreia de “Amazônia – De Galvez a Chico Mendes”, uma das produções mais grandiosas e caras da TV Globo. Escrita pela acreana Glória Perez, a minissérie trouxe para as telas a emocionante trajetória da criação e emancipação do Acre, dividida em três fases repletas de conflitos, romance e história.
Com 55 capítulos, a produção foi baseada nas obras Terra Caída, de José Potyguara, e O Seringal, de Miguel Ferrante, e contou com a direção geral de Marcos Schechtman e uma equipe de peso formada por Carlo Milani, Emílio Di Biasi, Marcelo Travesso, Pedro Vasconcelos e Roberto Carminati. A autora, Glória Perez, expressou seu desejo em dar visibilidade à terra natal: “Sempre tive muita vontade de contar a história de minha terra, um lugar completamente isolado e ignorado pelos brasileiros”.
Uma obra histórica e cultural
“Amazônia” destacou a saga do Acre em três fases. A primeira abordou os conflitos entre seringueiros e bolivianos na exploração da borracha, com destaque para a resistência liderada por Luis Gálvez e a conquista liderada por Plácido de Castro.
Na segunda fase, a trama retratou a decadência dos seringais, as relações de trabalho entre seringueiros e coronéis, e destacou a história do Mestre Irineu Serra, que introduziu o Santo Daime em Rio Branco, além de mostrar a infância de Chico Mendes.
A última fase trouxe a emocionante trajetória do líder seringueiro Chico Mendes, interpretado por Cássio Gabus Mendes, e sua luta internacionalmente reconhecida contra o desmatamento, encerrando com o trágico desfecho de sua morte.
Gravações e desafios
Com 72 dias de gravação, a produção envolveu locações no Acre e Amazonas, incluindo florestas, rios e centros históricos. Cerca de 20 toneladas de equipamentos e mais de 16 mil peças de figurino foram enviados do Rio de Janeiro para compor o cenário épico.
Apesar de ser uma das minisséries mais caras da emissora, com custo de R$ 500 mil por capítulo, “Amazônia” enfrentou desafios de audiência, com média final de 22 pontos, inferior a produções anteriores. Críticos apontaram o excesso de personagens e o entrelaçamento das fases como fatores que dificultaram a retenção do público.