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ESPORTE

Historinha de uma agressão

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Pesquisador incansável, o meu afilhado e editor Manoel Façanha vive mergulhado em documentos antigos das mais variadas procedências, principalmente aqueles contidos no que se convencionou chamar fontes hemerográficas. E de vez em quando ele volta com pérolas desses mergulhos.

Pois a última dessas pérolas o Façanha me mandou, via correio eletrônico, no começo dessa semana que ora está a findar: uma página amarelecida do jornal O Rio Branco de 1983, contando a história de um jogo entre Independência e Rio Branco, com vitória apertada deste último.

De acordo com o repórter que fez a cobertura do confronto, no caso o já falecido cronista Albertino Chaves, o clássico foi jogado sob tensão desde o apito inicial, tendo como primeira escaramuça uma troca de sopapos entre o ponteiro esquerdo Anízio, do Tricolor, e o zagueiro Roberto, do Estrelão.

Mas o fato mais dramático não foi esse primeiro round entre os dois jogadores. O pior de tudo foi a agressão perpetrada pelo volante Aníbal, do Independência, ao ser expulso de campo, contra o árbitro da partida, José Élson Santiago de Melo. Aníbal deu um gancho bem na cara do mediador.

Santiago, de acordo com o relato do repórter, só não foi massacrado porque, ao perceber as intenções do agressor, deu alguns passos para trás, na direção de uma patrulha da Polícia Militar, que estava postada próximo ao alambrado, bem ao lado daquela trave na entrada do Estádio José de Melo.

A mesma patrulha que, reforçada por membros do contingente que estavam do outro lado do gramado, no muro que dava para o bairro da Capoeira, impediu o desencadear de uma verdadeira batalha campal, uma vez que depois da agressão ao árbitro os ânimos se exaltaram ainda mais.

E como se tudo isso não bastasse, leio na reportagem que alguns instantes antes das cenas de pugilato, os refletores do estádio deram uma falhada, fazendo com que a partida ficasse paralisada por alguns minutos, o que induziu vários torcedores a saírem mais cedo para o aconchego dos seus lares.

Como o Façanha só me mandou a página com a matéria sobre o jogo, acabei ficando sem saber se o volante cangaceiro levou uma suspensão exemplar e se o árbitro agredido levou treze pontos no local golpeado. Ou se, muito pelo contrário, depois de tudo os personagens foram saborear uma pizza.

O que eu sei, por ouvir dizer (e não pelo jornal), é que a pane nos refletores foi causada por uma mucura que havia alugado um quarto na antiga usina de luz da capital acreana. Animal esse que, assim como a cobra da Gameleira, jamais alguém viu, embora todos saibam que eles existem sim.

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