Ainda este ano, até 500 mil mulheres poderão colocar o contraceptivo Implanon gratuitamente — o implante hormonal, que pode custar até R$ 4 mil, passará a ser oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no segundo semestre. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (3).
O Implanon é o método mais eficaz de proteção contra a gravidez disponível no mercado. Um de seus diferenciais é o período prolongado de uso, sem necessidade de troca: ele dura três anos.
Nos próximos dias, a pasta deve publicar a portaria que oficializa a incorporação do contraceptivo no SUS. A partir da publicação, as áreas técnicas terão 180 dias para efetivar a oferta.
➡️ O implante é uma pequena haste colocada no braço da mulher. Ela libera etenogestrel, um hormônio sintético semelhante à progesterona que impede a ovulação e, consequentemente, a gestação.
Seu resultado é mais eficaz, inclusive, que a vasectomia. Veja a comparação:
- Implante: 0,5 falha em cada 1.000
- Vasectomia: 1 a 1,5 falha em cada 1.000
- DIU hormonal: 2 falhas a cada 1.000
O implante já é usado na rede privada, a um custo que varia de R$ 2 mil a R$ 4 mil.
O investimento do Ministério da Saúde será de aproximadamente R$ 245 milhões e, até 2026, é estimada a distribuição de 1,8 milhão de dispositivos.
O Ministério da Saúde disse que inicialmente começará a atender 500 mil mulheres, para que os profissionais que farão a inserção dos implantes possam ser treinados. A ampliação da oferta será acompanhada de estratégias de formação teórica e prática desses profissionais, segundo a pasta.
Quais outros métodos contraceptivos são oferecidos na rede pública?
O SUS disponibiliza atualmente os seguintes métodos contraceptivos:
- Preservativos externo e interno
- DIU de cobre
- Anticoncepcional oral combinado
- Pílula oral de progestagênio
- Injetáveis hormonais mensal e trimestral
- Laqueadura tubária bilateral
- Vasectomia