ARTIGO
Imprensa não está conseguindo entreter bem nos intervalos da Copa, diz professor em artigo
FUTEBOL SEM TABUS
Após o dia 20/11foi inteiriço igual a cantiga de grilo – futebol no café da manhã, no almoço, na merenda à tarde e no jantar. Para quem é viciado não tem do que reclamar, para quem apenas aprecia algumas partidas de maior interesse e está com tempo disponível, está tendo a chance de escolher e torcer no melhor estilo pelo país de sua preferência. Não podemos avaliar a cobertura pelos meios de comunicação dos outros países, no caso do Brasil, escalaram um time de narradores, comentaristas e criaram uns núcleos de diversão sobre o evento que, apesar de existir alguém que deve estar gostando e achando sensacional, mas, na nossa avaliação, poderia ser uma equipe de melhor qualidade, com profissionais mais criativos e também mais inteligentes. Por exemplo, fazer chacota e humor para divertir os telespectadores, além de requerer talento dos atores, requer também algum conhecimento sobre a temática em questão, do contrário, o diálogo fica solto, recheado de bobagens e os componentes envolvidos, rindo por obrigação, feito um bando de bobos. Quanto aos narradores, considerados por eles próprios como sendo os melhores, além de narrar os jogos precisam parar de criar suspense onde não existe, inventar tabus por condições inventadas por eles e ficar passando curiosidades sobre os times e também alguns jogadores sem qualquer importância, por exemplo, falando que time tal, nunca tomou gol no primeiro tempo de jogo; que está com vinte ou trinta anos que tal time não perde, quando na verdade, só se encontraram duas ou três vezes; que tal time nunca perdeu na fase de grupo; que tal time nunca deixou de participar das copas etc., e agora criaram o último tabu, declarando que o Brasil precisa quebrar essa escrita de sempre ser eliminado por times europeus. Vamos seguir torcendo com fé e sem nos preocupar com os tabus e superstições.
Professor Raimundo Ferreira