Jorge diz que não é “profissional da política” e que aliados viraram as costas para o PT

Por Letícia Vale e Wanglézio Braga / Foto: Reprodução rede social

O Partido dos Trabalhadores (PT) esperou para a última hora do prazo eleitoral e oficializou hoje (05) o ex-senador Jorge Viana como candidato ao governo, o ex-prefeito Marcus Alexandre como vice e Nazaré Lambert como candidata ao Senado. Além do PT, a convenção estadual foi acompanhada pelo PCdoB.

A sigla realizou as atividades da convenção na capital, Rio Branco, e retransmite para as redes sociais o ato que é obrigatório de acordo com as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pois oficializa então os candidatos.  

A chapa é composta ainda por suplentes. O geógrafo e ex-senador Sibá Machado ficou com a primeira suplência de Nazaré. O fisioterapeuta Tião Bruzugu ficou com a segunda suplência.

Durante o ato, os petistas falaram de uma “libertação do Acre” e referenciam o atual candidato à presidência, Lula da Silva, como uma alternativa de mudança do país, de salvação.

O último a falar na convenção foi Jorge Viana que enfatizou que se sentia orgulhoso na composição de uma chapa puro sangue com Marcus e Nazaré. Na ocasião, falou do processo de fortalecimento do PT nas eleições do Acre. O ponto alto do discurso foi Jorge Viana afirmar que a candidatura dele teria um “peso imenso nas suas costas”.

“Essa é uma responsabilidade imensa que colocaram nas minhas costas (…) Com todas as dificuldades que passamos nessas eleições, a gente ainda tá aqui. São pessoas que se beneficiaram nos nossos governos e recentemente viraram as costas (…) Eu tinha candidatura para o Senado. Todas as pesquisas feitas desde quando comecei a cogitar as eleições, meu nome tava em primeiro lugar (…) Um mandato de senador é importante (…) É lá no senado que o Acre pode ficar do tamanho de São Paulo (…) Eu entrei nessa não por vaidade, pois já ocupei todos os cargos”, justificou.

Em seguida, Jorge Viana relata como foi o processo de construção da escolha do Vice. Segundo ele, em inúmeras conversas com Alexandre. De relato a relato, Viana chegou a dizer que “o nosso propósito não era buscar mandato” e afirmou “nós não somos profissionais da política. Toda vez que eu exerci um mandato, eu fiquei em seguida sem. Eu não tenho 40 anos de mandato como muitos têm por aí”.

Por fim, Jorge Viana mirou sua fala para o público e questionou: “Vocês não queriam um governador? Pois arrumaram dois! Se o povo do Acre nos ajudar, nós vamos trabalhar com dois governadores”.