Juntos pelo Acre chega em Santa Rosa do Purus e alcança todo o Estado sob a coordenação de Mailza Assis

Após dias de barco pelas águas do rio Purus, a equipe do Programa Juntos pelo Acre, que é coordenado pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), que tem como titular a vice-governadora Mailza Assis, realizou, em um dos municípios mais isolados do Estado, Santa Rosa, mais uma edição do programa, em parceria com o Projeto Cidadão. A Ação foi realizada na quinta e sexta-feira, 4 e 5, na Escola Padre Paolino Maria Baldassari.

A iniciativa levou às mulheres e comunidades locais 500 kits de vestuário social, além da oferta de diversos serviços do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC).

Representando a titular da SEASDH, Mailza Assis, a coordenadora do programa no município, Francinete Barros, destacou a relevância de alcançar populações que vivem distantes dos centros urbanos.

“O programa Juntos pelo Acre não entrega apenas serviços essenciais; entrega cuidado, escuta e acolhimento. Cada ação realizada é um gesto de compromisso com a dignidade humana, um abraço social que alcança quem mais precisa. Em Santa Rosa, o Juntos Pelo Acre reafirmou que políticas públicas ganham sentido quando chegam com sensibilidade, respeito e presença, transformando realidades no berço esplêndido de um povo que merece ser visto e valorizado”, destacou.

A população da região é formada majoritariamente por povos indígenas, com aldeias que reúnem principalmente as etnias Huni Kuin e Kulina. Para Francinete, o percurso até Santa Rosa e o atendimento aos moradores carregam um simbolismo que vai além da oferta de serviços básicos.

“Foram dias intensos de atendimento, marcados por histórias que revelam a grandeza de um povo que, mesmo diante de tantas dificuldades, carrega no olhar a esperança de dias melhores. As crianças, muitas com necessidades diversas, mostraram força e determinação ao superar obstáculos para conquistar algo tão simples e simbólico quanto um pequeno brinquedo e, com isso, nos ensinaram sobre coragem e resistência”, avaliou.

As atividades contaram com o apoio essencial da prefeitura municipal e do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC). Além disso, o Projeto Cidadão, junto a outros parceiros, ofertou serviços de emissão de documentos, como certidões de nascimento, título de eleitor e carteira de identidade (exclusiva para produtores e produtoras rurais).

Também foram oferecidos atendimentos de regularização fundiária, CadÚnico, doação de vestuário, benefícios previdenciários, além de ações jurídicas e de saúde, incluindo vacinação, testes rápidos, atendimento odontológico, consultas médicas, avaliações nutricionais e apoio psicológico.

Diálogo com quem vive a realidade

Fortemente marcada pela presença dos povos originários, a cultura local preserva saberes, tradições e uma identidade que resiste ao tempo. Durante rodas de conversa, mulheres e jovens compartilharam necessidades, desafios e reivindicações da comunidade.

“As mulheres, brilhantes em sua essência e trajetória, vieram de diferentes realidades da zona rural: donas de casa, professoras, gestoras, coordenadoras de políticas públicas. Todas elas, com suas lutas silenciosas e diárias, representam a espinha dorsal da comunidade. Mulheres de fibra que, mesmo com poucos recursos, seguem plantando futuro”, afirmou Francinete.

Participaram das atividades professoras, lideranças indígenas, vereadoras, psicólogas, assistentes sociais, pedagogas, biomédica, enfermeira, conselheira tutelar, coordenadoras educacionais, coordenadora de políticas para mulheres e representantes das igrejas Assembleia de Deus, Quadrangular e Católica.

A programação incluiu ainda atividades voltadas à juventude, como o Festival de Vozes Juvenil, que proporcionou aprendizado, troca de experiências e fortalecimento cultural.

Atendimentos chegam a 100% do estado

Com mais esta ação, o Juntos pelo Acre segue cumprindo o papel para o qual foi criado: alcançar a população em diferentes realidades e territórios do Acre. O programa já percorreu todo o estado, passando por comunidades ribeirinhas, povos indígenas, cidades isoladas, centros urbanos, bairros periféricos e áreas em situação de vulnerabilidade social.

A iniciativa mantém o compromisso de garantir direitos básicos, como acesso à documentação, serviços de saúde, atendimento social e ações voltadas ao bem-estar, assegurando que esses serviços cheguem a quem deles necessita.