POLÍCIA
Justiça mantém tornozeleiras eletrônicas para membros da “Quadrilha do Pix”
Os 13 integrantes da chamada “Quadrilha do Pix” continuarão sendo monitorados por tornozeleiras eletrônicas, conforme decisão do juiz Marcus Rafael, da Vara das Garantias do Estado do Acre. A medida foi mantida após o magistrado negar o pedido da defesa dos acusados, que solicitava a revogação da monitoração ou a substituição por outras medidas cautelares, alegando excesso de prazo nas investigações.
A solicitação foi contestada pelo Ministério Público, que emitiu parecer contrário à liberação. Ao justificar sua decisão, o juiz destacou a complexidade do caso e o número elevado de envolvidos, o que exige mais tempo para a conclusão das apurações.
Os acusados foram presos em flagrante no dia 3 de abril deste ano, durante uma operação conjunta entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Acre e o Batalhão de Operações Especiais (BOPE). A ação ocorreu em uma residência de luxo que funcionava como verdadeiro “escritório do crime”, onde eram aplicados golpes financeiros por meio de transferências via Pix.
Segundo as investigações, o grupo criminoso chegava a lucrar até R$ 250 mil por dia. Os golpistas se passavam por funcionários de instituições bancárias e entravam em contato com vítimas, em sua maioria idosos, para obter dados pessoais e bancários. Com acesso às contas, realizavam saques e transferências, esvaziando os saldos das vítimas.
Cada integrante da quadrilha tinha metas diárias a cumprir, evidenciando o nível de organização do grupo. Durante a operação, os policiais apreenderam 30 celulares, 200 chips, diversos carregadores e anotações que detalhavam a contabilidade interna da quadrilha.
O líder do grupo foi identificado como Bruno Ricardo Pires Carioca. As investigações seguem em andamento, e os acusados permanecem sob vigilância eletrônica enquanto o processo judicial avança.