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POLÍTICA

Líder da oposição, Edvaldo Magalhães elogia investimentos de R$ 14 mi em projeto para compra de café

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Durante a sessão desta quarta-feira (10), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) destacou o avanço da cadeia produtiva do café no Acre e anunciou a apresentação de um projeto de lei que inclui o café torrado e processado produzido no estado no programa de compras governamentais. O parlamentar relatou que participou, no dia anterior, de uma agenda na sede da Cooperativa dos Extrativista do Acre (Cooperacre), acompanhado pelo presidente da Aleac e governador em exercício, Nicolau Júnior (Progressistas). No encontro, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) firmou um convênio de 14 milhões de reais para a construção de dois novos complexos industriais de café.

Segundo o oposicionista, um dos complexos será construído em Capixaba, por meio da cooperativa local, e o outro ficará na região da Bonal, atendendo diretamente Acrelândia. O deputado destacou que este último município “foi o primeiro a apostar na cultura do café no Acre” e agora colhe os frutos de um trabalho coletivo de incentivo à produção.

Magalhães explicou que o novo projeto de lei acrescenta à legislação estadual a garantia de que o Estado possa comprar café torrado e processado produzido pela indústria acreana. Para ele, essa medida corrige uma incoerência histórica. “Se todas as repartições públicas consomem café diariamente, desde secretarias e escolas até órgãos nas regiões mais distantes, é mais do que justo que o recurso público seja direcionado para fortalecer a nossa indústria local”, afirmou.

Edvaldo também ressaltou que o café compõe o cardápio da merenda escolar em diversos municípios. Ele defendeu que o Acre precisa transformar o discurso de incentivo ao setor em ação imediata. “Às vezes a gente tem que transformar o discurso em uma atitude prática. Se o Estado investe tanto na compra de café, não faz sentido deixar de comprar o produto que é industrializado aqui, que usa o café que nós produzimos”, declarou.

O deputado explicou que, no modelo tradicional de licitação, empresas de fora do estado acabam vencendo com preços mais baixos, entregando um produto que não é da indústria acreana. Para evitar isso, o projeto estabelece um sistema de credenciamento regional. Dessa forma, indústrias do Baixo Acre, Alto Acre, Purus, Juruá e demais polos poderão se habilitar para fornecer café diretamente às secretarias estaduais, sempre pelo preço de mercado.

“Com esse credenciamento, garantimos que o dinheiro público circule dentro do Acre e que a nossa indústria não seja prejudicada por disputas que eu chamo de ‘kamikazes’, em que o mais barato leva, mesmo que não valorize o produtor local”, explicou.

O deputado afirmou ainda que o fortalecimento da cadeia produtiva do café não tem um único responsável, mas é resultado do esforço de inúmeras lideranças. “Essa cadeia não tem pai nem padrinho. É uma construção de muitos parlamentares, dos nossos secretários, de produtores e da bancada federal”, destacou. Ele lembrou ainda que a Aleac aprovou recentemente a compra de mudas para ampliar a produção. “Agora precisamos ir da muda à xícara, fortalecendo toda a cadeia. E as compras governamentais são a chave dessa transformação”, completou.

A proposta já foi lida em plenário e seguirá para análise das comissões, com expectativa de votação ainda este mês antes do recesso de fim de ano.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Foto: Sérgio Vale

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