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Lívio Veras, o ‘bruxo’ dos bastidores do PP, é nosso entrevistado deste domingo: “Sou um soldado do projeto”

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Jorge Natal, especial para o Acrenews

Fundada em 4 de abril de 1966, a Aliança Renovadora Nacional (Arena) era um partido político predominantemente conservador. A sua criação se deu em decorrência do Ato Institucional nº 2, de 27 de outubro de 1965, e do Ato Complementar nº 4, de 20 de novembro de 1965.

Ambos os atos foram baixados pelo Regime Militar e terminaram com o pluripartidarismo existente no Brasil. Assim, foram extintos os 13 partidos políticos legalizados no País e foi determinada a implantação do bipartidarismo. À época, o Brasil e o mundo viviam sob a polarização geopolítica, portanto, as nações ou eram aliadas dos EUA ou da URSS.

Com a abertura política (1979) e a volta do pluripartidarismo, passou a se chamar PDS, depois PPR, PPB, Partido Progressista e agora é apenas Progressistas. Nessas quase seis décadas, é um dos partidos mais consolidados no Brasil, integrando o chamado “centrão”, um bloco formado por oito partidos, que tem cerca de 250 parlamentares no Congresso Nacional.

O Acre, que fora elevado à condição de Estado havia pouquíssimo tempo, foi governado por essa agremiação até 1982. Apesar de alguns equívocos, é inegável a contribuição dos gestores, notadamente na questão infraestrutural do Estado. Não foi por acaso que a integração terrestre (nacional e estadual) se deu com os governos de Edmundo Pinto e Orleir Cameli. Acrescente-se a isso a Ponte do Abunã, inaugurada no primeiro mandato de Gladson Cameli.

Entre tantas realizações progressistas, destacam-se ainda a criação da Universidade Federal do Acre (Ufac), a introdução da pecuária no estado e a criação dos Núcleos Rurais Integrados (Nari’s), nos governos de Jorge Kalume, Wanderley Dantas e Geraldo Mesquita, respectivamente.

A soma de inúmeros fatores, principalmente após o advento Gladson Cameli, fez o Progressistas se tornar o maior partido da história do Acre. Se não, vejamos: possui 14 prefeituras, incluídas as principais cidades; tem deputados estaduais e federais, tem a presidência da Assembleia Legislativa e provavelmente elegerá os presidentes das Câmaras Municipais de Rio Branco e Cruzeiro do Sul; elegeu 63 vereadores; tem quatro vice-prefeitos; e é o favorito para eleger o governador e um senador nas eleições vindouras.

E para falar dessa trajetória, do presente e das estratégias futuras, a reportagem foi até a sede do partido e conversou com o vice-presidente regional, Lívio Veras, de 62 anos, que tem o aspecto de um grão-vizir. Progressista praticamente desde o nascimento, é um dos principais artífices desse novo momento, seja fazendo articulações no governo, seja atuando como dirigente. “Tirando o governador, nada é mérito individual de ninguém”, declarou o ”bruxo dos bastidores”. Veja os principais trechos da entrevista:

AcreNews – O que é ser progressista?

Lívio Veras – É ser um soldado de um projeto que busca eleger representantes para melhorar a vida da nossa gente. Muito do que o estado possui hoje é fruto de um legado do nosso partido. A nossa integração terrestre com o restante do País foi concluída no governo de Edmundo Pinto. Recentemente, concluímos isso com a Ponte sobre o Rio Madeira, no governo de Gladson Cameli. Como acreano é uma honra e uma enorme alegria ser integrante do Progressistas.

AcreNews – O senhor pode apontar algumas realizações do governo estadual?

Lívio Veras – A duplicação da rodovia AC-405, em Cruzeiro do Sul; a variante e a ponte da Sibéria, em Xapuri; a ponte de Sena Madureira; a ponte e o Anel Viário de Brasiléia; e o Viaduto da Corrente, aqui em Rio Branco.

AcreNews – Por que o Progressista é o maior partido da história do Acre?

Lívio Veras – Graças ao trabalho do nosso governador, sobretudo pela sua postura de estadista, sempre mantendo o diálogo e as parcerias com os prefeitos, independentemente de cor partidária. Ele é um democrata por excelência. Isso foi decisivo e o povo apenas retribuiu, ou seja, nos deu expressivas votações na maioria dos municípios. Lógico que houve um trabalho partidário, uma vez que, além da quantidade, temos quadros altamente qualificados em praticamente todas as esferas da vida pública.

AcreNews – Como é a política nos bastidores?

Lívio Veras – Ela requer muita dedicação. Além do governador, da vice-governadora e dos nossos deputados, temos sempre um grupo de filiados e dirigentes muito presente aqui no partido. Inclui-se aí a juventude, as mulheres e os afrodescendentes. Todo esse conjunto tem contribuído para sermos um partido unido, democrático e forte. Bastidores, a meu ver, é muito trabalho, compromisso e a defesa das causas republicanas. Temos o apoio e a confiança do diretório nacional. Isso nos orgulha muito.

AcreNews – Em março de 2026, o governador vai ter que renunciar para ser candidato ao Senado. Em seu lugar, assumirá a atual vice-governadora, Mailza Gomes, que deverá ser candidata ao governo. Comente sobre isso.

Lívio Veras – Existem espaços para todas as forças políticas. Temos duas vagas para o Senado, uma vaga de vice-governador e quatro vagas de suplentes de senador. Pelo tamanho que temos, é natural que o nosso partido seja protagonista. Isso, no entanto, não impede a formação de um amplo arco de alianças, uma vez que temos uma cultura democrática e de coalizão. Política é construção, diálogo e a formação de consensos. Nas últimas eleições, o nosso candidato a prefeito era o Alysson e poucos acreditavam na aliança que se formou.

AcreNews – Mesmo tendo resgatado o atual prefeito do derrotismo e do ostracismo, o Progressista praticamente não participou da atual gestão. Desta vez a história será diferente?

Lívio Veras – Quem vai administrar a cidade será o prefeito reeleito Tião Bocalom. Vamos continuar contribuindo com a gestão, principalmente na formatação de parcerias com a prefeitura. Dessa forma, mais serviços e oportunidades de trabalho surgirão.

AcreNews – E um suposto acordo de que o prefeito vai renunciar e deixar a prefeitura com o vice?

Lívio Veras – Eu desconheço. Nunca existiu esse acordo. Só o tempo e a desenvoltura da administração poderão criar novos horizontes. E, se isso acontecer, será uma decisão do fórum íntimo do prefeito.


AcreNews – O partido já indicou o candidato à presidência da Câmara de Vereadores de Rio Branco?

Lívio Veras – Essa discussão ainda está acontecendo. Por termos eleito seis vereadores, é natural que a gente pleiteie o cargo. Mas esse assunto deve levar em consideração as forças políticas do nosso campo bem como os demais partidos. É importante ressaltar que defendemos a independência e o fortalecimento do Poder. Até agora o único vereador que manifestou essa vontade foi o Samir Bestene.

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