ESPORTE
Manoel Façanha conta a história dos 100 anos do Náuas, clube de futebol de Cruzeiro do Sul
MANOEL FAÇANHA
Sem grandes alardes e sem muito para comemorar, o Náuas Esporte Clube completa, nesta quinta-feira (19), um século de existência. Fundado no longínquo ano de 1923, na cidade de Cruzeiro do Sul-AC (município localizado a 648 quilômetros de Rio Branco), o clube secular é o segundo mais velho do estado, mas a profissionalização somente ocorreu na temporada de 2008.
Com 13 campeonatos profissionais disputados, o Náuas possui este nome numa homenagem a uma tribo indígena existente em Cruzeiro do Sul na época de sua fundação. O melhor resultado conquistado pelo clube numa edição de estadual ocorreu na temporada de 2009, quando fechou a competição na segunda posição, após derrota nos pênaltis para o Juventus. O Cacique do Juruá coleciona três rebaixamentos e um vice-campeonato em três edições disputadas na série B.
Em competições nacionais, o Cacique do Juruá, que adotou as cores verde, amarelo e o branco, coleciona apenas uma participação na disputa do Campeonato Brasileiro da Série D/2010, onde fechou o torneio na 39ª colocação (penúltima posição), com seis jogos realizados – cinco derrotas e um empate.
O Cacique do Juruá tem como presidente a esposa do ex-presidente e técnico Zacarias Lopes, Janete Lopes, que foi eleita por unanimidade para comandar o clube pelo quadriênio 2023/2027.
Garrincha vestiu a camisa do Náuas
Há pouco mais de 50 anos, precisamente no mês de maio de 1973, uma das maiores lendas do futebol mundial, o então já aposentado Mané Garrincha, resolveu fazer três jogos de apresentação no Acre, dois deles no Stadium José de Melo, vestindo por cada meia hora as camisas de Juventus 5 x 0 Rio Branco e Independência 1 x 1 Atlético Acreano, em jogos disputados em dias diferentes. Um terceiro jogo ocorreu dias depois no estádio Cruzeirão, na cidade de Cruzeiro do Sul, quando Náuas e São Cristóvão empataram por 1 a 1. Nesta partida, Mané Garrincha jogou 20 minutos por cada equipe e marcou o gol do São Cristóvão após fazer fila na defesa do Cacique do Juruá diante de dois mil pagantes.
Hino do Náuas EC
Entre as tranças da mata altaneira
Cai a luz se induz dos festões
Empolgante brasileira
Nossa equipe se diz dos nossos brasões
É do Náuas a bela corte
E na rena se dispõe a lutar
Sempre altiva, sempre forte
Para o laurel conquistar
Sempre altiva, sempre forte
Para o laurel conquistar
Avante nobres lutadores
Sem temer, sem fugir
Defender as nossas cores
Nossa glória imortal no porvir
Avante nobres lutadores
Sem temer, sem fugir
Defender as nossas cores
Nossa glória imortal no porvir
Desfraldando o índio verde estandarte
O teu emblema de amor fraternal
Nós os filhos, filhos fortes
Temos o prazer triunfal
O inimigo temos o valor a vida
A conquista de um belo de um troféu
EM uma luta destemida
Longe de ti nos tristes ao léu
Avante nobres lutadores
Sem temer, sem fugir
Defender as nossas cores
Nossa glória imortal no porvir
Avante nobres lutadores
Sem temer, sem fugir
Defender as nossas cores
Nossa glória imortal no porvir
Defender as nossas cores
Nossa glória imortal no porvir