Marina sobre o último “Bolsa Família”: “Burocracia do novo programa vai produzir Natal com fome”

Por Wanglézio Braga / Foto: Reprodução

A ex-senadora do Acre, Marina Silva (Rede), comentou sobre o último pagamento do programa “Bolsa Família” que ocorreu nessa sexta-feira (29) após 18 anos de existência e amparo social. A data é marcada pela liberação do último lote de pagamento da 7ª parcela do auxílio emergencial para beneficiários do programa social.

Com o fim do mecanismo de transferência de renda e em meio à incerteza do pagamento do “Auxílio Brasil”, cerca de 13,9 milhões de famílias podem ficar desassistidas. A situação chamou atenção da ex-candidata à presidência em 2018, Marina Silva.

“Hoje o governo paga pela última vez o benefício mensal do Bolsa Família. Temos pela frente um apagão social por falta de planejamento e até que se resolvam todas as questões burocráticas o novo programa de transferência de renda vai produzir um Natal com Fome”, comentou hoje via Twitter.

Com a saída do Bolsa Família, vem o Auxílio Brasil que foi criado diante do plano do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), de reformular o programa social e mesclar a iniciativa criada pelo ex-presidente Lula (PT) ainda em 2003 com outros seis benefícios para criar o auxílio.

A promessa de Bolsonaro é de que o pagamento do Auxílio Brasil será feito para todos os inscritos no “Bolsa Família” e também para as famílias que estão na fila de espera, aguardando aprovação para receberem o benefício. Todas as famílias classificadas em situação de pobreza e de pobreza extrema, vinculadas ao Cadastro Único dos Programas Sociais (CadÚnico) e ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS), deverão receber um valor mínimo de R$ 400 dentro do novo programa.

O valor deve ser pago a famílias em situação de pobreza, desde que essa família tenha jovens com idade abaixo de 21 anos ou gestantes, e de extrema pobreza. Ou seja: famílias que têm renda de até R$ 89 por pessoa (pobreza extrema) e até R$ 178 por pessoa (pobreza).