SAÚDE
Mudanças simples no dia a dia podem reduzir em até 30% o risco de câncer de intestino, aponta estudo
Foto: Reprodução Rede Globo
Um estudo conduzido pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), em parceria com outras entidades médicas, revelou que mudanças simples no cotidiano podem reduzir em até 30% o risco de desenvolver câncer de intestino — o segundo tipo mais frequente no Brasil e o terceiro que mais mata.
Segundo os especialistas, seis pilares são fundamentais para a prevenção da doença:
- Alimentação balanceada: pratos equilibrados com arroz, feijão, carnes magras, verduras e legumes.
- Controle do peso: a obesidade é um dos principais fatores de risco.
- Atividade física: caminhadas diárias de 40 minutos a 1 hora já fazem diferença.
- Evitar cigarro e álcool: substâncias químicas presentes nesses produtos favorecem mutações celulares.
- Hidratação adequada: até 3 litros de líquidos por dia, dependendo do clima e da atividade física.
- Evacuação regular: o ideal é não ultrapassar 48 horas sem evacuar, evitando o contato prolongado da mucosa intestinal com substâncias cancerígenas.
Dados preocupante
Em uma campanha de rastreamento com 425 pessoas, foram encontrados 224 pólipos intestinais — 59,5% deles com potencial de se tornarem câncer. Além disso, foram detectados cinco casos de câncer e dois tumores neuroendócrinos.
A maior incidência de pólipos foi observada em pessoas entre 55 e 64 anos, mas os médicos alertam para o crescimento da doença em jovens com menos de 50 anos. Entre 60% e 70% dos casos ainda são diagnosticados em estágio avançado, o que reduz as chances de cura.
Chamado por políticas públicas
Diante do cenário, especialistas defendem a ampliação de políticas públicas voltadas à prevenção e ao rastreamento precoce. “Se conseguirmos transformar essas ações em políticas nacionais, teremos impacto real na redução dos casos e das mortes por câncer de intestino”, afirmou Sergio Alonso Araújo, presidente da SBCP.