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MUNDO

Na Bolívia, aqui ao lado, eleições presidenciais podem representar o fim da hegemonia da esquerda há décadas

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Samuel Doria Medina, candidato da Aliança Unidade e Jorge Quiroga, da coalizão Livre

 

Neste domingo, 17 de agosto, os bolivianos vão às urnas para escolher presidente, vice, senadores e deputados em meio à pior crise econômica das últimas décadas e ao fim da hegemonia do Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo Morales. A disputa marca uma transição de um modelo autoritário para uma proposta mais liberal e democrática, segundo analistas políticos.

Pela primeira vez, o país deve ter segundo turno, previsto para 19 de outubro. A disputa está polarizada entre Jorge “Tuto” Quiroga, da direita, e Samuel Doria Medina, da centro-direita. Ambos lideram as pesquisas, com vantagem técnica para Quiroga. A esquerda, representada por Andrónico Rodríguez, aparece enfraquecida e corre o risco de perder o registro partidário.

A crise econômica é o principal tema da campanha. O país enfrenta escassez de produtos básicos, inflação de 24,8%, reservas internacionais em queda e câmbio paralelo em alta. Os subsídios a combustíveis e alimentos consomem 4,2% do PIB, enquanto o déficit fiscal chega a 13% e a dívida pública ultrapassa 110% do PIB.

A população, em sua maioria, demonstra disposição para aceitar ajustes econômicos, desde que haja garantias de estabilidade futura. A nova classe média, formada após avanços sociais, voltou à pobreza, e o próximo governo terá o desafio de recuperar a confiança e conter possíveis protestos.

No campo político, Evo Morales está inelegível e enfrenta acusações graves. Refugiado no Chapare, incentiva o voto nulo, embora esse tipo de voto não tenha valor jurídico. Analistas apontam que, mesmo com apoio oculto, a esquerda não venceria em um eventual segundo turno.

A governabilidade também será um desafio. O Congresso será formado por forças de direita e centro-direita, exigindo diálogo e alianças. A expectativa é que, apesar da disputa, os principais candidatos possam formar um governo conjunto, dada a proximidade ideológica.

 

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