EXPOACRE 2024
Na Expoacre, Eloy de Castro leva música e reflexão sobre as queimadas: “O cenário se repete”
Por Wanglézio Braga
O cantor radicado no Acre, Eloy de Castro, se apresentou neste sábado (31) num palco alternativo da “Expoacre 2024” e foi bastante prestigiado.
O ambiente serviu não somente para entreter o público, mas principalmente para deixar uma mensagem reflexiva sobre os cuidados com o meio ambiente.
Ele lembrou que o cenário atual do estado em relação às queimadas prejudica a saúde da população devido às cortinas de fumaças ocasionadas pela queima das florestas e dos pastos.
Mesmo presente numa festa para exaltar o agronegócio, Castro disse que é possível fortalecer o agronegócio sem “ferir” as florestas.
“Tudo pode viver em harmonia. O que não pode ter são excessos e a ganância. A floresta e os bichos sofrem por causa disso. A gente canta isso há mais de 30 anos, e o cenário se repete. É muita ignorância dos homens”, disse.
Por meio de um repertório clássico, com composições de artistas locais, ele chamou a atenção do público sobre a preservação do meio ambiente. Uma das músicas que o público teve o deleite de ouvir foi “Seringueiro” lançada em 1995.
“Ecoou pela mata afora, cai a flor e a seringueira chora. De Xapuri chora o mundo inteiro, morre o Chico, o Chico-Rei seringueiro. Mas essa mata que mata esse povo infeliz, um dia há de fazer o Chico-Rei. Seringueiro feliz”, cita a música.