GOSPEL
Nicodemus questiona investigação contra Malafaia: “Crime de opinião não existe”
O pastor presbiteriano Augustus Nicodemus Lopes, considerado uma das principais referências teológicas do meio evangélico no Brasil, se pronunciou nesta semana sobre a investigação que envolve o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec).
Em vídeo publicado no Instagram, Nicodemus destacou que, apesar de ter divergências com Malafaia em aspectos doutrinários e no estilo de linguagem que o pastor utiliza, considera injusta a forma como a investigação tem sido conduzida.
O reverendo classificou as medidas contra Malafaia como abusivas. “Trata-se de assédio contra um líder religioso. Não há fundamento para ser parado pela Polícia Federal, ter passaporte e celular apreendidos e áudios vazados, sem que tenha havido crime — a não ser crime de opinião, que não existe”, declarou.
Nicodemus também ressaltou que o Brasil continua sendo um país com garantias constitucionais de liberdade de expressão, opinião e religião, e alertou que magistrados “haverão de prestar contas” caso emitam sentenças injustas.
O líder presbiteriano incentivou a sociedade a se manifestar diante de possíveis abusos. “Quando até mesmo direitos civis fundamentais, como liberdade de expressão, fé, crença e opinião, são garantidos pela Constituição, mas parecem relegados ao desprezo ou tornados irrelevantes com uma canetada, cabe a nós nos manifestarmos”, afirmou.
Ao final, pediu orações pelo país. “Que essa liberdade que nos foi dada não seja retirada, para que não nos tornemos como países onde é proibido dizer o que se pensa”, completou.
Silas Malafaia é alvo de um inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023. Na última semana, em operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) apreendeu o passaporte, celular e cadernos do pastor, que retornava ao Brasil após viagem a Portugal.
Apesar de figurar como alvo, Malafaia não foi indiciado e afirma ser inocente. Ele nega qualquer participação em atos ilegais e classifica a investigação como uma perseguição injusta contra sua liderança.
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