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ESPORTE

Nilton (de todos os) Santos

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De vez em quando vejo nas redes sociais a galera escalando a melhor seleção brasileira de todos os tempos. Pelé e Garrincha costumam figurar em todas as escalações. Zico, Romário, Ronaldo, Kaká, Rivaldo, Taffarel, Roberto Carlos e Cafu, entre outros, também são frequentemente citados.

A ausência de um nome, porém, tem chamado a minha atenção. No caso, o de Nilton Santos, jogador que fez história em defesa do Botafogo-RJ, bicampeão mundial em 1958 e 1962, eleito pelos entendidos de futebol da Fifa, no ano 2000, como o melhor lateral-esquerdo de todos os tempos.

No meu entendimento, a ausência de Nilton Santos nas listas mais atuais se dá por conta do apagamento que os ídolos sofrem com o passar dos dias. A velocidade da informação na contemporaneidade faz com que a gente se mantenha aprisionado numa espécie de presente contínuo e perpétuo.

Diante disso é que eu me proponho a relembrar, nesse texto de hoje, determinado aspecto da carreira desse gênio do futebol que, por saber tratar tão bem a bola, foi o primeiro jogador da posição a abandonar a defesa para se aventurar no ataque, sob os gritos e protestos do treinador da ocasião.

A propósito, esse fato aconteceu na Copa de 1958, no jogo contra a Áustria, quando Nilton, lá pelas tantas, resolveu correr com a bola dominada rumo à meta do adversário. Conta-se que o treinador dos canarinhos, Vicente Feola, desesperado, passou a gritar: “Volta, Nilton. Não vai não, Nilton!”

O lateral, se ouviu, fez que não ouviu. Continuou na sua corrida em projeção vertical. Perto da área inimiga ele passou a bola para o atacante Mazzola e a recebeu de volta na frente, deslocando o goleiro com um toque de extrema classe e fazendo o segundo gol do Brasil na referida partida.

Segundo espectadores da época, depois do gol o treinador Vicente Feola, que quase enfarta quando Nilton se mandou para a frente, passou a gritar: “Boa, Nilton. Valeu, meu craque!”. E dizem que foi a partir daí que os laterais passaram a ser usados pelos treinadores como armas de ataque.

E os esquemas táticos evoluíram tanto depois disso que chegou um tempo em que os laterais passaram até a ser chamados de “alas”. Quando o esquema começa com quatro zagueiros (4-4-2, 4-3-3 etc.), esses defensores continuam sendo laterais. Mas quando se joga no 3-5-2, aí eles viram “alas”.

E se pode valer o meu testemunho, que cheguei a vê-lo em ação no ano de 1968, em pleno Stadium José de Melo, num jogo festivo promovido pelo Juventus, eu posso garantir que o cara era um gênio. Fazia quatro anos que ele havia pendurado as chuteiras. Mas ainda jogava demais. Fantástico!

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